Morena Baile
Era inverno e nada melhor num sábado na noite do que dançar e se divertir pra esquecer a correria da semana de trabalho, como de costume ir a um baile de dança gaúcha. Geralmente saia sozinha e encontrava as pessoas quando chegava, mas o que mais gostava era de fazer novas amizades conhecer novas pessoas como um solteirão convicto que era na ocasião. Assim que entrei no baile parecia uma noite como todas as outras peguei minha cervejinha eu fui dar uma volta pelo salão tentando encontrar alguém conhecido ou uma mulher pra puxar pra dançar, acabei ficando escorado perto do balcão do bar curtindo a musica e esperando alguém interessante pra paquerar.
Após algumas cervejas quando já estava ficando desanimado e com vontade de ir embora notei uma bela morena sorridente, de blusinha branca, saia Jeans olhando firmemente pra mim quase um olhar hipnótico que me chamava ate ela. Segui ate seu encontro e ela com aquele sorriso gostoso, fez alguns gestos com sua mãe me convidando pra dançar e quase que li seus lábios falando “vamos dançar” mesmo não escutando nada. Ela tinha um belo cheiro de rosas, dançava muito bem, as musicas foram passando e nos ali no meio da pista enquanto a noite passava, passava pela minha cabeça como alguém não havia notado e porque agora quando estava com ela me olhavam estranho, será que bebi demais e estava dançando estranhamente? Não conseguia lembrar seu nome, então perguntei:
- Desculpe, você e linda dança muito bem, mas não entendi seu nome.
Ela me olhou mexeu seus lábios, mas não consegui ouvir, a música alta também não ajudava e acho que tinha bebido bastante então deixei assim e continue dançando ela não parava nunca.
Quase uma hora ela me olhou segurou minha mão e foi me levando ate a saída acompanhei-a enquanto caminhávamos na calcada em direção a esquina daquela rua, ela muito quieta, já estava achando que ela era muda ou eu estava escutando mal apenas a acompanhei por mais algumas quadras achando que estava indo ate sua casa e continuei a acompanhando porque algo muito forte me ligava a ela.
Passado alguns minutos ela me olhou e me abraçou e quando esperava dar um beijo de boa noite ela se virou e caminhou em frente, apenas sorriu abanou sumindo na escuridão daquela rua mal iluminada foi quando algo me despertou e voltando em direção ao baile notei que estava em frente ao cemitério municipal. Foi nesse momento que meu coração disparou e pensei: será que dancei todo esse tempo com um fantasma ou era algo da minha cabeça inebriada de álcool? Com essa duvidei voltei para casa dormir esperando que quando se acorda aquela confusão se resolvia na minha cabeça.
Nem sempre as coisas são como parecem e às vezes o que mais desejamos esta alem de nossa compreensão, tome muito cuidado ao beber muito e de uma boa olhada no que esta a sua frente.