Causo de terror!?
Noite escura o silêncio anuncia o medo! O baile na roça termina a meia noite em ponto! Os cinco amigos voltam falantes para casa. A estrada poeirenta pela falta da chuva, sem dúvida, parece mais longa e sinuosa na escuridão.
Uma coruja pia agourando e assombrando os jovens. O sinal da cruz é feito e refeito para afastar o mal. Pé ante pé vão andando sem fazer barulho, assustados!
A lua aparece iluminando a estrada. O luar deixa a noite com ares de filme de terror. Um morcego passa voando rente a cabeça de Celso. Assustado, ele aperta o braço do Toninho.
Um uivo desafinado faz arrepiar os cabelos da moçada...
“Lobisomem! Noite de lua cheia, ele fica a espreita. Juvenal, o sétimo filho do casal Silva é lobisomem. Eles moram aqui perto.”
“Como você sabe de tudo isto, Celso?!”
“Rita foi pendurar roupa no quintal em uma sexta-feira 13, a lua, como um farol no céu ilumina tudo, de repente, perto da cerca de arame farpado..., um cachorrão negro rosna para ela. O medo toma conta dos seus ossos. Treme dos pés a cabeça!
_Nossa! E o que ela faz?”
“Sabe, Ricardo, ela conversa com o bichão, oferece um pedaço de bofe de boi. Pede para que ele, o venha buscar no dia seguinte.”
“Fico arrepiado com o rumo desta prosa!”
“E não é que na manhã seguinte; o moço foi buscar o pedaço do miúdo bovino!”
E, uma sombra esbranquiçada voa por sobre a estrada a duzentos metros de distância do grupo.
“Bem! Que tal todos andarmos ao mesmo tempo até lá e descobrir esse tal fantasma?!”
Seguindo o conselho do Celso, eles andam até a mancha branca, temerosos! Cada passo parecia durar uma vida eterna!
Um riso histérico movimenta o grupo ao descobrir o tal fantasma do lençol branco-prateado. Ali, bem á frente, ao lado da estrada, uma imbaiba-de-folha-prateada, balança as folhas de um lado para o outro ao sabor do vento!
****Causo contado pelo Celso de Oliveira (meu pai) para os seus sobrinhos, quando estava internado na Santa Casa no dia 06 de Fevereiro de 2011.