Espelho do Medo - Parte 6 - Coincidência? Acho que não.

Os seis se conheceram em circunstâncias incomuns. Todos haviam feito algo para ficarem na sala de detenção depois da hora. E foi lá que se conheceram. Apenas os seis. Na sala a professora Michele folheava uma revista, olhando de vez em quando, por sobre os óculos, para o desordeiros que estavam sentados a sua frente, “malditas crianças, plena sexta-feira e eu aqui servido de babá” pensava com irritação, quando houve uma batida na porta, “quem pode ser ? deve ser o abestalhado do zelador” pensou se levantando para atender. Da porta informou que teria que dar uma saída e já voltava. Começou a chover forte. E segundos depois os galhos das árvores batiam forte contra as janelas. Dara se levantou e foi dá uma espiada pela janelinha da porta, observou que a luz do corredor piscou e apagou. Porém antes que a luz apagasse teve a impressão de ter visto um vulto.

-Menina! – chamou um garoto alto com cabelos negros e lindo olhos cor d,água.

É melhor você sentar a professora Michele é muito rígida se pega você em pé lhe dá o dia de amanhã também. Dara olhou para o menino e respondeu.

- Gente, já que vamos passar 1 hora aqui, que tal nos apresentarmos enquanto a Michele não vem? – propôs.

Após as apresentações começaram a conversar, quando uma menina chamada Maia expressou sua preocupação.

-Pessoal já se passaram 1h e meia. Cadê a Michele? - Nicolas que estava perto de Dara se levantou e foi em direção a porta. Tentou abrir.

-Tá trancada – disse olhando para os outros. Samuel se levantou e foi tentar.

Nick o olhou – Eu já disse que está trancada – disse áspero.

-Desculpa cara. Só que eu precisava ter certeza por mim mesmo.

Olhou pela janelinha.

-Tá tudo escuro – comentou com os outros.

-Esqueci de comentar está sem luz há um tempinho – disse Dara.

-Vamos forçar a porta – quem deu a idéia foi Henrique.

-Que tal se agente chamar, se ninguém atender agente força – falou Maia esperando aprovação. Concordaram e após gritarem por uns 10 minutos resolveram forçar. Na quinta tentativa decidiram descansar um pouco para tentarem de novo. Não foi preciso. Laís viu a maçaneta girar.

-O que foi isso? – assustou-se.

-Isso o quê? – perguntou Samuel levantando-se da cadeira.

-A maçaneta. Alguém girou a maçaneta. A porta está aberta.

-Como? Estamos tentando abrir a porta há um tempão – interrogou Maia.

Dara empurrou a porta.

-Está aberta – disse seriamente – Alguém a destrancou. Quem?

-Não quero ir lá fora – Laís se afastou com medo.

Ouviram barulho de passos apressados como se alguém estivesse correndo. Grito.

-Meu Deus o que foi isso! Se afastem da porta! – ordenou Henrique com a voz exaltada pelo nervosismo.

-Do que é que vocês tem medo? – perguntou uma voz rouca vinda do corredor – Estão marcados. Serão sacrificados.

A porta de desvencilhou das dobradiças e foi atirada longe. O dono da voz se aproximou e todos puderam ver. Correram para a outra extremidade da sala se espremendo na janela. O ser se aproximou. Na mão em forma de foice estava o cadáver estripado de Michele e em sua outra mão se via seu coração. O ser devia ter uns 2m de altura estava coberto com um capuz negro. Exalava um cheiro de fétido. Repetiu.

-Vocês estão marcados para... – não concluiu algo o havia atingido. O ser largou o corpo de Michele e se virou para a porta. Uma voz gritou: - SE ATIREM PELA JANELA, AGORA! AHHHHH.

-EU VOU MORRER DESGRAÇADO, MAS VOCÊ NÃO VAI FICAR LIVRE –

Houve um estrondo, uma luz intensa. O lugar tremeu. O teto começou a desabar.

-GENTE VAMOS SAIR DAQUI! – Nick abriu a janela e se atirou. Foi seguido pelos outros.

Acordaram após 3 meses em coma. Não se machucaram, mas também não se lembravam de nada. Na escola houve uma reforma apenas na sala de detenção. A direção abafou o caso e disse que os jovens foram encontrados a 100m da escola desmaiados. Quem os encontrou foi o diretor Cleber que imediatamente tratou de pegá-los e colocá-los longe. Depois ligou para a polícia e para a emergência. O corpo de Michele e do zelador nunca foram encontrados. Desde então o fato ficou esquecido por todos ou quase todos.

Continua...

Lana Fey
Enviado por Lana Fey em 27/01/2011
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