Boliche com zumbis
Pedro enfiou o pé no freio na tentativa vã de parar o carro, como já era esperado, não obteve êxito, chocou-se contra um grupo de infectados, fazendo um verdadeiro strike. Ele escutou um barulho surdo, quando os zumbis rolaram sobre seu capô, logo antes de caírem inertes. Ele olhou para o retrovisor, um rastro de sangue negro ficava para trás. Sorriu maliciosamente.
Novamente começou a acelerar, precisava sair dali, o barulho atrairia mais monstros.
Pouco depois, quando o marcador já havia passado de cem novamente, ele viu outro grupo de criaturas, rapidamente, deu uma guinada no carro e foi em direção a elas. Foi algo tão rápido que não deu chance delas escaparem, pegou o grupo em cheio, arremessando zumbis para todas as direções.
Depois disso, ele perdeu o controle do carro, se chocou contra a estrada de um restaurante e entrou com tudo. Foi jogando cadeira, mesa e zumbis para tudo que era lado.
Quando o carro parou, Pedro foi jogado para frente, estava com o cinto, mas isso não o impediu de levar uma pancada. Furioso, ele saiu do carro. A poeira levantada pelo impacto ainda estava suspensa, não deixando que se enxergasse claramente, contudo ele sabia onde as criaturas estavam. Ele podia sentir o cheiro fétido daqueles demônios.
Pegou a pistola e atirou, ele se deliciava quando ouviu o grito das bestas, atirou ate que a munição de sua pistola acabasse. Então assim que a poeira baixou, ele foi examinar os corpos que ele havia alvejado.
Logo após examinar o ultimo infectado, Pedro ouviu um gruído estranho, uma mistura de dor e raiva. Foi em direção ao som, ele vinha do seu carro. Pé ante pé, Pedro se aproximou, até que ele descobriu o dono desse som.
O carro havia entrado no restaurante, atravessado todo o salão e parado na parede oposta. Um zumbi havia ficado preso entre a frente do carro e a parede. A parte de baixo da criatura havia sido esmagada, mesmo assim, ela se manteve viva, e ao ver Pedro se aproximando, ela começou a se debater tentando ataca-lo, ela aranhava violentamente o capô tentando escapar.
Como sua arma não tinha mais bala, ele foi ate o porta malas do carro e pegou um machado, depois voltou ate a criatura, que novamente ficou frenética somente ao vê-lo.
– Seu demônio duma figa! – Pedro pós o machado apoiado no chão, depois tirou um crucifixo que estava num colar em seu pescoço e beijou. – que Deus receba a alma dessa podre pessoa, a qual foi dominada por forças do mal, e com a morte eu te darei a salvação.
Pedro guardou o crucifixo e segurou firme o machado.
– Que tenhas seu descanso, amem! – Exclamou olhando-a.
Então com um golpe certeiro ele acertou o topo da cabeça do monstro, o machado desceu em linha reta ate atravessar toda a extensão do rosto do zumbi, partindo a cabeça dele em duas partes. O sangue jorrou, se espalhando, como se tivesse estourado uma bexiga de sangue no capô do carro. Deitada sobre o próprio sangue, a criatura parou de tentar ataca-lo, estava purificada.
Pedro fez o sinal da cruz e saiu.