A epidemia Parte 6 -penultima parte.
Josh estava sonhando. Susie e seus filhos estavam na praia. Rick ajudando Luna, que aparentava ter três anos, a fazer um castelo de areia. De repente sua mulher olhou para ele. Estava em pânico. Ele viu o porquê. Aquele barulho ensurdecedor estava ecoando nos ouvidos da família; que se deformava. Ele acordou e viu que o barulho continuava. Se levantou e foi até o corredor, ver o que era. A enfermeira de plantão não estava em sua sala. Ele sentia que seus tímpanos iam explodir. Ouviu um choro. Voltou ao quarto e pegou Luna no colo.
-Xii! Já vai passar.
Josh não ouviu o telefone da enfermaria tocar.
Dana desistiu e desligou o telefone. Precisava informar Josh sobre o que estava acontecendo.
-Droga!
Ela voltou a olhar para a janela de vidro. Não via mais nenhum infectado. Sacou sua arma e foi até a porta. Hesitante, abriu. O corredor estava vazio. Apenas uma poça de sangue se formava no chão. Não pensou duas vezes; correu até o elevador. Apertou o botão. Olhou para trás. Uns cinco infectados vinham correndo em sua direção. Ela não iria conseguir matar todos eles.
-ABRE! – gritou em pânico.
O elevador abriu e Dana se atirou lá dentro. Um infectado conseguiu estender o braço, - tentando pegá-la, mas a porta se fechou. O braço dele se partiu e caiu no piso do elevador. Dana não sentiu nojo, pois queria mesmo era ver como estava Josh e Luna.
Jefferson estava em sua sala, arrumando os papéis para partir quando ouviu a sirene.
-Era só o que faltava – murmurou.
Abriu a porta, mas não via movimento nenhum. Resolveu ir até a sala de segurança para ver pelas câmeras o que esta acontecendo. Chegando lá, pelo monitor, viu um guarda sendo mordido. Em seguida mais outro.
-MERDA! – gritou. – É, Jefferson – falou consigo mesmo. – Está na hora de se mandar daqui.
Ele estava puto. Se alguém de dentro fez uma cagada, eles tem que se foder mesmo.
-VÃO SE FODER, COM SEUS ERROS! – gritou nas câmeras. – EU VOU ME MANDAR ENQUANTO É TEMPO.
Dana chegou à enfermaria. Entrou no quarto de Josh e Luna. Um homem esta caído no chão. Sua cabeça estava uma poça de sangue.
-Meu Deus – balbuciou.
Olhou para frente e viu Josh com um pedaço de ferro na mão.
-Ele tentou me atacar. O que está acontecendo?
-Eu não sei. Acho que o vírus foi liberado. – ela olhou para Luna; que estava no berço.
-Ela está bem?
-Sim.
-Precisamos dar o fora daqui. Vou tentar contatar Jefferson. Perguntar se ele sabe o que houve.
-Tudo bem. Vamos.
Josh pegou Luna e os três saíram. Dana entrou na enfermaria, que estava vazia, e discou o ramal do cientista.
-Ele não atende.
-Será que ele foi atacado?
-Eu não sei. Mas não vamos ficar aqui para ver. Temos que dar o fora daqui. Tem um helicóptero que iria nos transportar para o Chile.
-Nos transportar?
-È. Nós e todo o resto do pessoal.
-Então temos que ir logo.
Os dois entraram no elevador e foram para o primeiro andar. Mal eles sabiam que lá, o caos estava pior.
Jefferson saiu para a rua. Estava de carro.
-Essa hora o helicóptero já está à espera. Preciso sair desse pandemônio o mais rápido possível.
Dana, Josh e Luna saíram do elevador. O corredor estava minado de infectados. E tinha aquele cheiro...
-RÁPIDO, TAPE O NARIZ! ARESÊNICO! CORRA!
Josh cobriu com uma manta o nariz de Luna.
Os dois correram para a direita. Os infectados viram e foram atrás. Luna se chacoalhava toda no colo do pai. Até que estava gostando.
-RÁPIDO! Estamos chegando à garagem. – Dana falou.
Quando avistaram a porta, pararam de correr. Cinco infectados estavam ali.
-VOLTE!
Olharam para trás e viram o resto dos infectados. Estavam encurralados!
-AH NÃO – Dana choramingou.
Ela viu uma porta em sua frente.
-POR AQUI!
Os três entraram no aposento. Ela fechou a porta a tempo.
-Estamos a salvo!
Era uma sala de espera. Três sofás de cor verde, uma mesa no centro, uma estante de livros atrás e uma mesa de anotações e uma televisão.
-O único problema é como iremos sair daqui. Afinal, só existe essa porta - ele disse.
Rodrigues era o piloto. Ele não sabia o verdadeiro motivo de ir buscar as pessoas. Era uma missão secreta. Fazia uma meia hora que ele estava dentro do helicóptero. Estava com vontade de mijar. Desceu do helicóptero, que tinha pousado em um estacionamento de shopping e foi atrás de um carro abandonado. Sentiu uma coisa passando atrás dele. Olhou para trás.
-Hombre, é falta de educação.
Então, foi agarrado por trás. Seu pescoço foi mordido. Quinze minutos depois, Jefferson chegou. Saiu do carro e foi até o helicóptero. Abriu a porta da aeronave. Não viu ninguém. Olhou para trás.
-Rodrigues, ai está você.
Jefferson notou que o pênis do piloto estava de fora.
-RODRIGUES! O que é isso? – ele começou a rir.
Sua risada durou pouco, pois o ex-piloto se atirou sobre Jefferson.
Dana e Josh tinha perdido a noção do tempo. Não sabiam quanto tempo estavam lá.
-Dana, é melhor sairmos daqui. Faz muitas horas que entramos nessa sala. Até já dormimos bastante. – ele estava sentado em uma cadeira.
-Josh, eu sei. – falou deitada no sofá - Mas eles ainda estão aí fora.
-Temos que enfrenta-los
-Vamos ficar mais um pouco.
Duas horas depois.
Em um sobressalto, Dana se levantou do sofá.
-PRECISAMOS SAIR!
-Eu estou dizendo...
-O MISSIL!
Ele olhou para ela.
-Que míssil?
-O míssil nuclear. O governo da coreia vai lança-lo a fim de dizimar os infectados. É a única solução.
-POR QUE VOCÊ NÃO DISSE ANTES? – pela primeira vez ele gritava com ela
-Eu me esqueci completamente.
-Quanto tempo falta? Para o míssil chegar?
-Eu não sei.
Jefferson tinha cronometrado em seu relógio o tempo. Faltava 60 minutos.
CONTINUA...