Más Companhias- Parte 1

Esse texto, eu e a Scarlet Pisces escrevemos, em parceria... nos apaixonando mutuamente. Esse é nosso primerio aborto, espero que de muitos, estamos aprendendo a moldar as idéias juntos.Forte abraço a todos.

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Desde cedo que conversávamos, a noite entrou e parecia que nos conhecíamos há muitos anos. Falamos sobre muitas, muitas coisas, desde quem tínhamos votado até nossos filmes preferidos. A madrugada chegou e não faltava conversa, podia sentir que meu computador já estava até quente, felizmente, no outro dia não tinha obrigação de acordar cedo

O papo ia gostoso, com a webcam ligada, eu podia ver suas reações e ela via minhas reações. A internet nos proporciona isso hoje, ela em São Paulo e eu no Ceará, nascia uma forte amizade ali. Contávamos piadas, quando de repente, aqui em casa, eu ouvi um barulho, pedi licença para ir ver o que era aquilo.

Saí do quarto, andei o corredor inteiro sem ouvir nada, mas quando passei em frente à mesinha da sala, uma pequena bordoada lá dentro me chamou a atenção, fui ver o que era. Da cozinha eu pude ver, um homem vestido de preto e uma mascara do Mister M, na mão dele pude ver algo branco a brilhar.

Colei as costas na parede, ele não podia me ver dali.

Ele veio andando passou na minha frente sem me ver, pois estava muito escuro, entrou no corredor e eu o perdi de vista.

Corri para a cozinha e peguei uma faca de cortar carne. Voltei vagarosamente para o quarto, ele estava lá, procurando alguma coisa em meu guarda-roupa, entrei de uma vez no quarto com a faca em punho, tentei pega-lo de surpresa, mas ele estava preparado.

Com um rodopio rápido do corpo, ele se defendeu do meu golpe, seu antebraço, defendeu seu corpo, tocando no meu antebraço.

Ele me acertou um soco no queixo e o mundo girou para mim, cai no chão tonto por um segundo.

O homem ia pular para cravar a faca em meu peito, felizmente, consegui rolar para a direita, a faca foi cravada na madeira do chão.

Levantei e deu um chute certeiro na mão dele, achei que tinha quebrado o punho dele, mas ele não era humano.

Pulou sobre meu corpo e começou a me estrangular, com pouco ar ainda consegui dar uma joelhada nos testículos dele.

Tossindo muito, pois tinha sido quase que estrangulado, fui andando em direção ao computador. Pude ver na imagem da câmera, a minha amiga, ela estava desesperada.

De repente, ela começou apontar para eu me virar, virei rapidamente, e pude ver o homem avançando, peguei a luminária de estudos e joguei nele, ele parecia inabalado, deu um soco na minha barriga que me fez perder o fôlego. Cai no chão, ele puxou outra faca da cintura e cravou em meu peito.

Aquela dor, a dor da morte, tão comentada na nossa filosofia e nos filmes, finalmente, eu a conhecia. Acho que passei um ou no máximo dois minutos antes de morrer. Pude o ver mexendo novamente no guarda roupas, será que estava atrás do livro? Olhei para a tela do computador, a menina do outro lado estava desesperada, então finalmente, achei meu destino, fechei os olhos e não lutei mais contra aquilo.

João Murillo
Enviado por João Murillo em 05/12/2010
Reeditado em 23/01/2011
Código do texto: T2654044
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