SOMBRAS OCULTAS
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“Sombras Ocultas”
01- Os noivos;
Sim! Eles iriam se casar. “Mas tão rápido?” “Eles nem se conhecem!” –Diziam os falastrões de plantão-. A verdade era: com, ou sem especulação; a inesperada união ocorreria.
Os noivos irradiavam alegria. Flora exalava felicidade e Aldo, repleto de timidez jovial; expressava a situação com alguns sorrisos carismáticos.
O namoro fora curto e dois meses bastaram para que optassem pelo matrimônio.
A simples família de Aldo e a abastada família de Flora somente contrastavam neste sentido, pois em relação à união: não havia nenhuma objeção de ambos os lados.
Sendo a família de Flora muito rica, o fato gerou certa desconfiança num circulo de amigos mais próximos, estes conheciam as determinações e os antigos desejos aristocráticos daquela família, estranhando categoricamente a posição que haviam tomado. Deste modo, o noivo, tornara-se assunto principal nas opulentas mesas do clube preconceituoso que freqüentavam. Afirmavam que Aldo apresentava-se como uma indefinida figura altamente pendente ao reprovável; um possível erro. Determinavam ainda sua conduta silenciosa e tímida como uma crível omissão de caráter, senão isto: Uma falsa apresentação de princípios, ou seja, definiam-no como um golpista, e não dos melhores. Claro que tais especulações não deixavam aquele odioso clube oligárquico.
A realidade era: com, ou sem desconfiança a núpcias ocorreria. O jantar que concretizaria aquela união já estava marcado e, seria naquela fresca noite de sábado na suntuosa residência de Flora.
02- O Jantar;
Familiar! Como Aldo solicitara. Não havia qualquer pessoa que não pertencesse a uma das famílias. Não havia amigos, tão menos os desconfiados.
Certamente se alguns daqueles desconfiados ali estivessem, notariam em Aldo uma incomoda e subversiva apreensão duelando incessantemente com a pretendida serenidade do noivo.
A noiva fora a última a aparecer. Trajava um lindo vestido com vermelhas rosas estampadas; exalava alegria e jovem cordialidade.
O ambiente apresentava-se ameno. Tudo transcorria perfeitamente. Falava-se pouco e não havia qualquer alvoroço. Os petiscos foram bem escolhidos e a bebida não apresentava álcool. Uma suave melodia de violinos originária de escondidas caixas de som, passeava lírica pelo aposento.
Aldo interrompendo o silêncio, em tom chamativo; pronuncia-se.
03- A cura;
Aldo conduz delicadamente Flora ao centro da grande sala de estar e pede que formem um circulo para melhor visualizarem aquele inesquecível momento. Ajoelha-se frente à sorridente Flora e, após uma demorada troca de olhares, diz benevolente:
- É chegada a hora.
Todos no recinto dão as mãos. Uma oração inicia-se repetitiva. Flora não esconde a surpresa diante a inusitada situação.
-É hora de partir. Disse Aldo caridosamente.
Flora tenta se mover, mas só transmite gemidos e espasmos. Os violinos calam-se. As luzes piscam. Muitos objetos caem espatifando-se no chão. Portas e janelas abrem e fecham incessantemente. A jovem gritando palavras de incompreensão tenta sem êxito algum movimento.
Aldo, ainda ajoelhado, segue sussurrando uma interminável oração. Flora lhe clama socorro e indaga-lhe desesperada o porquê de tudo aquilo.
-Tudo será explicado, mas primeiro a deixe.
Um imenso e desesperado grito ecoou pela sala. Flora contorcendo e gemendo despencou sobre o grosso tapete.
Tudo se normalizara, agora o som delicado e suave dos violinos novamente harmonizava os homens e o local.
A jovem desperta assustada vendo que Aldo lhe segura as mãos. Tenta fugir, mas logo se sente tranquilizada pelo carinhoso abraço dos pais.
Aldo conversa baixo e sozinho durante alguns minutos demonstrando bastante felicidade e gratidão ao invisível. Solicita a retirada da jovem para um merecido descanso, pedido este prontamente atendido pelos atenciosos pais.
Todos os convidados retiram-se felizes, confraternizando muito mais do que durante todo o jantar. O noivo fora o último, mas não sem antes fazer uma última solicitação aos pais de Flora:
-Peço-lhes que seja eu a esclarecer o ocorrido para Flora. Prometo retornar dentro de alguns dias, por hora deixemos ela se recuperar. Aldo olhou fixamente para os ouvintes e prosseguiu. –Peço-lhes ainda que se fixem no trabalho de acalmar e pacificar o espírito da sua filha, para que os futuros esclarecimentos sejam menos dolorosos.
Depois de repetidos agradecimentos Aldo retira-se.
4- O esclarecimento;
Pessoal sei que é chato, mas peço a vocês que vejam o final deste conto lá no meu Blog ! Fico grato pelo apoio. Aqueles que puderem me ajudar; desde já agradeço. Mandem e-mail. Fiquem a vontade. Valeu pessoal. O endereço é : http://contosjvictor.blogspot.com/