A Experiência, Mutação Genética - Capítulo V - Visita Estranha

De repente, entre as nuvens cinzentas, eis que surge uma nave estranha com planadores nas laterais. Tinha a forma esférica, e luzes nos planadores, que foram ativados após a nave entrar na Terra. Antenor e Jéssica mal podiam ver de fato, tal fenômeno que sobrevoava aquela região. A nave pousou no mesmo terraço, e dela, surgem dois seres esverdeados na porta e com pedras azuis coladas ao corpo exótico, olhos vermelhos bem miúdos e barrigudos. Ambos tinham duas pequenas caldas venenosas nos mamilos, algo então até bizarro, porém, altamente perigosas. Pernas estranhas, pouco parecidas com a nossa, porém, os joelhos dobravam para trás. Desceram planando, sem encostarem os pés de três dedos no solo, porque se desintegrariam. Parando diante de Antenor e Jéssica:

-Venham conosco, vocês precisam da nossa ajuda! Somos do Planeta Flaporiano, vizinhos de Plutão – disse um dos extraterrestres.

-Vocês... Vocês falam a nossa língua? – perguntou Jéssica.

-Na verdade não Jéssica.

-Mas como você sabe o nome dela? – perguntou enfim Antenor.

-Estão vendo este circulo dourado que nos cerca? É através dele que nos comunicamos no mesmo idioma. Isso nos permite identificar todos os seres – disse o outro ser que, portava uma capa branca – Falamos todas as línguas.

-Incrível! – disse Jéssica se aproximando de um deles.

-Parada aí – disse um deles levantando uma das caldas.

-Nem pensem em tocar nela – disse Antenor apontando-lhes a metralhadora.

-Côil, comporte-se! Baixe as caldas – disse enfim o ser de capa branca, provavelmente seu superior – Temos que ir agora. Outras pessoas precisam da nossa ajuda.

-Qual o seu nome? – perguntou Antenor.

-Eu me chamo Clivimok, e o meu filho Côil. Antenor e Jéssica se cuidem.

Voltaram para nave, e seguiram em direção a Vila Tiradentes.

Repentinamente, ouviram-se explosões de granadas, era o Tenente Cesar e seus homens; todos com marcas de sangue nas roupas:

-Vocês estão bem? – perguntou Cesar.

Responderam positivamente. Quando contaram o que presenciaram:

-Quê? Tem certeza que não foi apenas um pesadelo?

-Não – disse Antenor ajeitando a cinta – não foi pesadelo. Eles queriam nos ajudar, mas nós recusamos.

-Antenor, você está bem? Isso me preocupa, pode ser princípio de loucura...

-Não é não Tenente Cesar, eu presenciei – Jéssica soltando os longos cabelos da piranha.

-Tudo bem, tudo bem. Vamos procurar um local seguro. Perdemos muitas vidas aqui meu amigo, o Governo nos abandonou. Reuni trinta homens para combater às criaturas, agora, temos lamentavelmente quinze.

Cesar chorou, e Antenor foi até ele disse:

-Vamos sair ilesos amigos. Vamos conseguir.

Mais tarde, nos noticiários internacionais, o mundo já sabia do terrível acidente ocorrido no Centro de pesquisas Dr. Agostinho Porto, em São João de Meriti, Rio de Janeiro. E o mundo cobrou explicações do Brasil, já que jornais Britânicos publicavam o envolvimento dos americanos no projeto "A Experiência, Mutação Genética", que tinham como objetivo, fortalecer os soldados nas guerras contra o Iraque e Afeganistão. O presidente Iraniano, fez duras críticas aos experimentos científicos dos americanos, e questionou por que eles podem produzir armas nucleares e os outros não? Este comentário causou um enorme impacto mundial, calando os americanos.

Enquanto isso, no local acidentado, as coisas pioravam: faltava comida, água, energia elétrica e armas. As pessoas saiam desesperadas, por falta de opção, e eram devoradas ali mesmo: no meio da praça.

Sanderson Vaz Dutra
Enviado por Sanderson Vaz Dutra em 28/11/2010
Código do texto: T2641129
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