A Experiência, Mutação Genética - Capítulo III - "Bloqueio Municipal"

A notícia espalhara-se rapidamente. O Governo Federal liberou de imediato as Tropas Federais; para combater as criaturas existentes na região caótica da Baixada Fluminense. Dr. Waldir Dutra de Souza, alertou do perigo eminente o qual toda população correria, se apenas inalasse o ar tóxico da região acidentada. Já sabia que a substância proibida foi usada por alguém com fins maléficos.

A primeira pessoa que veio a cabeça foi seu desafeto: Dr. Edgar, companheiro acadêmico, porém, não obtivera o mesmo êxito. Fazia parte da equipe do Dr. Dutra, todavia, não aceitava trabalhar como um estagiário.

Na mesma noite, Dr. Dutra recebera a informação de Jamilson, funcionário do Centro de Pesquisas Dr. Agostinho Porto, que o projeto “A Experiência, Mutação Genética” foi violado. Jamilson explicou ao Dr. Dutra, que o Dr. Edgar aplicou um líquido azul junto à substância do projeto, e que isso causou uma enorme explosão, arremessando-o da janela do terceiro andar, causando o óbito ao cientista desastrado. Jamilson finalizou apenas que abandonara o local às pressas, porque tudo explodia, e era o único ser existente naquele prédio além de Edgar.

Em Vilar dos Teles, Antenor já estava com a neta Jéssica, e se preparava para deixar o município. Jéssica mora num antigo apartamento herdado pelo avô, bem próximo a prefeitura, no 6° andar. A menina ainda estava apavorada, porque nunca tinha visto carnificina.

Ambos descem pelas escadas, porque a energia elétrica do prédio foi cortada. O dia ainda não havia nascido. A noite ainda predominava; e o que se via além das luzes de mercúrio, era pequenas poças de sangue.

Antenor caminhava na frente, com a carabina na mão direita e com a esquerda segurando a mão de Jéssica. Mesmo estando distante do local da tragédia, pusera as mascaras na neta e nele mesmo por precaução; e caminharam num curto espaço da praça.

Jéssica passou mal por várias vezes ao ver corpos mutilados, e muitos outros ainda se rastejando sedentos de sangue. Entraram no carro, e seguiram em direção ao centro do Rio de Janeiro, com o objetivo de deixar São João de Meriti.

Após cinco minutos de estrada, ouviam o badalar dos sinos da igreja de Agostinho Porto, era o sinal da chegada da aurora, e o amanhecer era pavoroso: o local estava tomado por uma massa nebulosa verde. Jéssica ligou o GPS do celular para se localizar e ver todo o mapeamento das estradas. Porém, ao atualizar o aparelho, recebera inúmeras informações de “Bloqueios Municipais”.

Apavorada, Jéssica pediu ao avô que ligasse o rádio, e ambos ouviram atentos: “o município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense está cercado. Pedimos à população que não saiam de suas casas, e tranquem todas as saídas”. Ao termino do noticiário, Antenor da um murro no volante, lamentando o abandono do Governo aos moradores de São João de Meriti.

Ao se aproximarem da Pavuna, batem de frente com soldados do Exército, que já tinham cercado todo município. Numa pequena base improvisada, estava Dr. Dutra, cercado por militares. Viu Antenor descer do carro com Jéssica, e do outro lado da "fronteira", disse que nenhum cidadão meritiense poderia passar por ordem do Presidente da República.

Sanderson Vaz Dutra
Enviado por Sanderson Vaz Dutra em 23/11/2010
Código do texto: T2633070
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