A Experiência, Mutação Genética - Capítulo II - "A Noite Sangrenta"

Antenor tremulava ao ver o estado critico em que o local se encontrara. Suas mãos gelavam de maneira muito expressiva, vendo as pessoas saírem apavoradas. Correu para os fundos da mansão com a intenção de desligar os disjuntores, num pequeno corredor de janelas pelas laterais. Carregava consigo uma velha carabina, porque todo cuidado é pouco. Quando estava a três metros de distância da porta, vê a última janela explodir com a invasão de um dos monstros humanos. Dera dois passos para trás, apontou a arma para o lustre, e esperou a criatura friamente. Puxou o gatilho, derrubando o pesadíssimo lustre do século XIX, ainda existente em pleno século XXI sobre a criatura que se debatia no chão. Retirou de uma estátua medieval uma espada, caminhou de encontro ao morto vivo, cravou-lhe no crânio aponta afiada. Para aliviar sua ação, solta um impropério:

-Já estou no final vida, mas não será você que irá me matar filho da puta!

Chutou o cadáver como o demônio judia das almas penadas, seguindo adiante para desligar os disjuntores. Pronto, “missão cumprida”.

Tinha ainda que pedir ajuda aos antigos companheiros de farda, em especial Dr. Dutra, autor do projeto À Experiência, Mutação Genética. Dutra é formado em Química, e atualmente leciona numa faculdade em Duque de Caxias. É responsável pelo Centro de Pesquisas Dr. Agostinho Porto, e nada é feito sem a sua avaliação.

Antenor caminhava na escuridão, era naquele momento a melhor atitude a ser tomada, já que os monstros só atacavam locais com maior luminosidade. Pegou o telefone sem fio na mesa de centro, cuja mesma estava forrada com tecido marroquino, com cores chamativas e desenhos pouco exóticos. Digitaste rapidamente, e no segundo “tu”:

-Alô?

-Dr. Dutra?

-Sim. Antenor! Diga amigo...

-Não tenho muito tempo para explicar a situação. Só o que posso dizer-te é: o Centro de Pesquisas Dr. Agostinho Porto, acabou de explodir a uns trinta minutos.

-Meu Deus! Antenor! Não saia daí. Ou será contaminado pelo teor da substância...

-Não me peça isso caro amigo. Minha neta está em perigo! Tenho que ir agora...

-Espere Antenor. Use pelo menos mascara. E leve o maior número possível. Estou a caminho. Levarei toda a equipe da Segurança Nacional. Tenha cuidado.

-Pode deixar.

A esperança agora está nas mãos da Segurança Nacional. Graças aos êxitos do Dr. Dutra, tudo poderá ser resolvido no mais curto prazo. Porém, de uma coisa Antenor não sabe: Dr. Dutra aprovou esse teste trágico.

Do lado de fora, tudo que se via, era apenas pessoas devorando pessoas, como a lei da selva, onde só os mais fortes sobrevivem.

Do lado de fora, tudo que se via, era apenas pessoas devorando pessoas, como a lei da selva, onde só os mais fortes sobrevivem. Em um ponto de ônibus, uma situação apavorante: uma gestante tentava fugir das criaturas, porém, já estava bastante ferida. Fora arremessada ao chão, pintando-o de vermelho com o sangre que escorria já sem vida pelo ralo de esgoto. Havia três malditas criaturas devorando a pobre moça, de mais ou menos 25 anos de idade. Quanto ao seu bebe, nascera a força, para morrer antes mesmo de ver a luz.

Aquela cena feriu o velho coração do Antenor que, antes de entrar no Fiat Uno, matou mais três criaturas. Quando olhou para trás, percebera que era necessário partir, para economizar munição.

Ao partir com o carro, viu um cenário de guerra: algumas pessoas desesperadas pedindo por socorro, muitas procurando um local seguro. Não havia mais condução, devido a vários acidentes sequenciais em circunstância da tragédia. O que restava agora para toda população, era apenas encontrar locais seguros e esperar a Segurança Nacional. Já para Antenor, seu pensamento é único: reencontrar com a neta Jéssica.

"quem foi o Maldito que causou todo esse caos?"

Sanderson Vaz Dutra
Enviado por Sanderson Vaz Dutra em 22/11/2010
Código do texto: T2629463
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