A Primeira Vez Nunca Esquecemos

Eu estava voltando de mais uma típica visita minha ao cemitério da cidade, o lugar perfeito para mim aonde eu pensava na minha vida e em mais todo o resto do mundo. Meia-noite, já estava tarde então eu resolvi volta para minha casa. Peguei o meu caminho pelas ruas escuras da cidade iluminadas apenas por pequenos feixes de luz da lua que estava tapada pelas nuvens. Na metade de minha caminhada para casa começo a senti fortes dores na cabeça e no resto do meu corpo como se tudo estivesse mudando de forma.

Olhei pro céu as nuvens começaram a se movimentar descobrindo a enorme Lua Cheia de hoje que iluminou mais ainda a cidade então olhei fixamente para a lua eu me senti pior que antes eu entrei na viela a minha direita para chegar mais rápido de minha casa, mas tive que encostar-me na parede minha respiração agora estava acelerada, meu coração acelerou eu olhei pra poça de água no chão e vi o reflexo da lua e pensei “Não, não pode ser, não hoje” e tornei a olhar a viela. A lua iluminava metade dela foi então que ouvi vozes, dois homens andavam em minha direção eles tinham duas facas nas mãos.

__Ei moçinha venha cá não vou machucar você. __O loiro magrelo disse e depois os dois riram.

Eu sei que são encrenca então corri em direção a eles os fazendo acreditar que fui enganada por eles, mas eu passei por eles querendo correr mais... Não consegui ir tão longe, eu cai e senti uma enorme dor no corpo, um grito de dor e ódio escapou por meus lábios. Eu comecei a levantar de vagar me apoiando nos tijolos da parede, fiquei encostada nela, meu coração estava mais acelerado do que antes, meus olhos ardem como nunca haviam ardido antes e meu maxilar parecia esta indo pra frente.

__Calma gatinha __O magrelo de toca preta disse e depois os dois riram novamente.

Só metade do meu corpo era visível pela luz da lua, então eu fui mais para o fundo da escuridão da viela e senti o meu corpo começar a mudar, ele doía muito.

Aos poucos meus ossos começaram a se deslocar e estalar, minha pele a se estender, pelos brancos cresceram e cobriram meu corpo inteiro, meus músculos cresceram e meus olhos dilataram a íris tornou-se dourada. Cresceram enormes orelhas, meus dentes cresceram afinados e sinistros, garras surgiram e uma cauda se formou. Um uivo alto e claro escapou por minha boca, batendo em meus dentes sinistros e minha nova forma foi terminada.

Esses dois miseráveis homens iriam presenciar a primeira aparição de uma criatura noturna, um lobo com quatro vezes o tamanho normal “pena que será a ultima coisa que vão fazer nas suas vidinhas miseráveis, mas também quem daria falta de seres imundos como eles? ”.

__Ei moça você está bem?__ Um deles disse mais o dois estavam assustados, eu sentia o cheiro de medo neles.

Eu rosnei e deixei visível na luz da lua metade do meu rosto e uma das minhas patas.

__Eita!... vam bora da qui cara, vam bora meu__ O loiro disse mais o de toca estava imobilizado e muito assustado com os olhos arregalados.

O loiro começou a correr pela viela loucamente enquanto seu parceiro foi tolo. Não saiu correndo, ficou ali parado esperando pela morte, era o que parecia. “Mas que droga minha primeira refeição como lobo são dois inúteis que não devem ter tomado banho a pelo menos três dias mais fazer o que estou com fome e quero meu café da manha”.

Eu corri na direção ao primeiro. Em direção ao idiota que estava parado e em apenas uma mordida no pescoço acabou com a vida dele, dilacerando sua cabeça, separando-a de seu corpo imundo. Em seguida corri em direção ao loiro que pensava esta afastado o suficiente. Corri até alcançá-lo e dei um pulo sobre ele dilacerando sua pele podre e ouvindo seus gritos de agonia e dor... Era muito prazeroso.

E assim foi a minha primeira de muitas noites que viram como uma Loba.

Luna Lycan
Enviado por Luna Lycan em 19/11/2010
Reeditado em 06/12/2010
Código do texto: T2625545
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