TRANSA MACABRA
Ele olhou-a deitada na grama com as pernas abertas.
Aquilo o excitava. Quanto mais olhava mais seu pau endurecia.
Despiu-se e começou a despi-la.
Passiva seus olhos o fitavam com um ar de espanto.
Ajeitou-a e foi entrando por entre suas coxas e penetrou-lhe.
Ela não reagia.
Quanto mais enfiava mais gemia, a boca abria e os olhos dilatavam.
Tal era sua excitação que ele começou a babar.
Sua baba escorria e pingava até nos olhos estatelados dela.
Aquilo incomodava-o.
Passou seus dedos nos olhos e fechou-os.
Tinha visto isso num filme.
Continuou em seu transe até gozar.
E exausto atirou-se para o lado e relaxou.
Deitado de costas olhava as estrelas.
Eram lindas.
Começou a se alisar e aquele desejo profundo e profano lhe veio de novo.
Montou nela mais uma vez. E ela de novo deixou.
Mas nem chegou a gozar.
Cansado já, vestiu-se, jogou-a de volta no caixão, atirou as roupas por cima (quem ia saber?), fechou e colocou de volta na cova.
Cobriu novamente com a terra.
Suado, sujo e cansado, saiu dali.
Olhou para o relógio da igreja e já passava da meia-noite.
Precisava ir para casa dormir pois 6hs despertaria para o trabalho.
Entrou no carro e antes de ir embora seus olhos percorreram o cemitério imaginando quantos corpos estavam ali, desprotegidos até de alma para reclamar.
Eram todos seu.