Inferno em Interlagos
Havia lendas e estórias sobre vultos nas noites de Interlagos, sempre depois que os ruídos dos motores silenciavam, eram ouvidos ruídos estranhos vindos dos fundos dos boxes e pelos becos vultos furtivos observavam tudo até o dia em que tudo se deu...
A manhã mostrou ao mundo uma alvorada monumental, por todos os corredores que levavam ao circuito milhares de pessoas acotovelavam-se para chegar até as arquibancadas para observar os bólidos da formula1, sob um sol escaldante.
Às 11 horas da manhã no céu podiam ser vistos cirros na estratosfera num prenuncio de futuro temporal, o que não é novidade na cidade de São Paulo e redondezas, intensificou-se o mormaço na medida em que o dia avançava e os bólidos movimentavam-se na manhã sem vento e calor escaldante.
No ultimo minuto do treino da parte da manhã, dois carros se tocaram na curva aberta que antecede a chegada e cada um deles voou para um dos lados envoltos em chamas para o meio do público proporcionando um espetáculo de horror em meio a um banho de sangue, gritos de horror, e pânico assustador transmitido para todo o mundo, num prenúncio nefasto do que estava por vir.
35 mortos, e o Grand Prix mantido para as 14 horas apesar da matança, e da omissão dos promotores que tudo achavam ser fruto da fatalidade.
Acumulavam-se nuvens no céu pouco antes do almoço, e no silencio da hora do almoço, as nuvens negras formavam uma aquarela assustadora no horizonte, e ameaçadoras vinham lentamente sobre o circuito.
Faltavam 5 minutos para as 13 horas quanto um vento forte trouxe uma grossa chuva, enxurradas vazavam para dentro dos lagos que estão distribuídos dentro do circuito.
100 mil pessoas estavam distribuídas nas arquibancadas, e a 2 kilometros no subsolo uma antiga ameaça em forma de rochas frágeis sempre menosprezada acordava com um faminto desejo de subtrair vidas...
Torrencialmente choveu durante 40 minutos, aproximadamente 200 milímetros foram derramados sobre o circuito e absorvidos pelos lagos.
15 minutos antes do inicio da corrida, o céu fechou-se novamente, com a chuva houve tremores de terra, pânico e lentamente a partir dos lagos a terra foi afundando, e o sobre peso das arquibancadas ajudou tudo a ser engolido em direção ao infinito da terra, houve quem se salvasse escalando barrancos formados pelos deslizamentos, diminuindo a tragédia que mesmo assim levou pelo menos metade das pessoas num verdadeiro festim diabólico.
10 minutos depois do deslizamento, para quem olhasse de longe, apenas um longo e redondo aclive marrom em forma de bacia podia se observar, e quando toda a cidade se movimentava para a ajuda das vítimas, nos restos que ficaram ao fundo onde desciam os helicópteros que vinham do centro, uma sombra saudou aquele dia com uma diabólica gargalhada...
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Malgaxe