Lúcifer, meu amor!
 
Em tempos longínquos, no limiar de todas as eras, quando a terra tinha um odor terrível de enxofre, a carnificina era uma religião, pois de guerras se vivia, e para guerras se vivia.
Verdadeiras civilizações debatiam-se sobre o antigo planeta terra, com armas vindas do céu e de lugares estranhos nos confins das galáxias, de onde também vinham guerreiros, ora combatendo de um lado, ora de outro.
Ao norte de onde é hoje a áfrica, uma tribo de mulheres canibais, prestes a cruzar o grande mar, observavam as vestais deste império ancestral em rituais de sacrifício, onde retalhavam os inimigos e serviam os pedaços as guerreiras, que os repartiam com os guerreiros do universo.
Dentre todos os inimigos capturados e mortos um negava-se a extinguir-se como ser feito de carne, recompunha-se assustadoramente cada vez que era retalhado, mas estranhamente não se evadia, tinha algo que o retinha naquele lugar.
Era um ser imortal, um guerreiro do céu.
Um ser criado para ser a imagem de seu criador, que sonhou em não só ser igual a ele, mas tomar seu trono e comandar seu universo.
Descoberta sua índole, o poder maior de seu criador foi imposto aos seus dias transformando-o num anjo maligno, amante da guerra, do sangue jorrado, das maledicências e cuja ira recaiu sobre toda a civilização, mas devido as suas origens para o bem, era capaz de em certas partes de sua existência, amar e ser amado, pois tomava a forma que lhe conviesse.
Da rainha das guerreiras canibais obteve a proteção, a profunda afeição, e viveram milhares de anos sob a terra, sem jamais serem derrotados pelo senhor do bem, porque será?
Será possível um pai, cujo filho se rebelou contra seu poder, adquirir por este filho um ódio mortal a ponto de aniquilá-lo?
Será possível um combate entre estas duas forças até a extinção de um deles?
Lúcifer, anjo de luz, um anjo caído, criado por Deus e conhecido como estrela da manhã.
 
Malgaxe
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 05/11/2010
Reeditado em 05/11/2010
Código do texto: T2598793
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