O RESGATE DO ANJO DA GUARDA
Era um homem de sorte. Trinta e dois anos de idade. A vida sempre lhe dera todas as bençãos cabíveis e possíveis, tanto materialmente, como espiritualmente. Conquanto, sentia-se apenas como um mero pecador igual a todos os outros. Sempre possuiu um grande coração altruísta. Místico, quando poderia não o ser. Foi agraciado com todos os dons: beleza, inteligência, habilidades especiais. Já que Deus o havia fornecido tanto, dedicava suas horas livres a trabalhos voluntários.
Um dia, seu mundo começou a virar de cabeça para baixo. Em um ano perdera tudo o que havia conquistado. Viu a ruína ocupar o espaço da opulência, mas não se desanimou, nem se perguntou o porquê de tudo aquilo.
Num domingo, andando pensativo e solitário pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro, foi abordado por um morador de rua que aparentava sinais de insanidade dizendo:
- Prenderam ele!
Quis sair, sem dar muita importância, mas o outro atirou-se em sua frente:
-Prenderam seu anjo da guarda. O senhor sempre despertou muita inveja das pessoas e um grupo delas pagou uma fortuna para um bruxo prender seu anjo da guarda.
- Foi ele quem mandou eu dizer isso ao senhor.
- Mas quem fez isso para mim?
- Seus melhores amigos, aqueles que viviam na casa do senhor, quando o senhor era rico. Mas seu anjo pediu para não nutrir nenhuma espécie de raiva deles.
- E onde ele está?
- Ele está no mundo espiritual. O senhor só poderá ir até lá em espírito. Guarde esta chave. Venha até a minha casa e atravesse o portal.
Seguiu, com certo medo, o mendigo até um casarão abandonado. Estava tudo muito escuro naquela tarde. Abafado, um prenúncio de tempestade. Entrou na casa sem enxergar nada e, de repente, viu a sua frente um enorme clarão. Sentiu uma grande vertigem e fechou os olhos. Quando os abriu estava numa floresta escura e silenciosa. Foi andando apressadamente a esmo, seguindo sua intuição. Caminhou por
dias seguidos, sem encontrar viva alma, até avistar uma luz, extraordinariamente bela. Aproximou-se dela e reconheceu, com emoção inefável, o prisioneiro atrás da cela, com suas asas magníficas.
- Não te preocupes, meu anjo, eu vim te libertar.
CONTINUA
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Escutem, colegas, meus áudios musicais aqui no Recanto. Beijos.
Era um homem de sorte. Trinta e dois anos de idade. A vida sempre lhe dera todas as bençãos cabíveis e possíveis, tanto materialmente, como espiritualmente. Conquanto, sentia-se apenas como um mero pecador igual a todos os outros. Sempre possuiu um grande coração altruísta. Místico, quando poderia não o ser. Foi agraciado com todos os dons: beleza, inteligência, habilidades especiais. Já que Deus o havia fornecido tanto, dedicava suas horas livres a trabalhos voluntários.
Um dia, seu mundo começou a virar de cabeça para baixo. Em um ano perdera tudo o que havia conquistado. Viu a ruína ocupar o espaço da opulência, mas não se desanimou, nem se perguntou o porquê de tudo aquilo.
Num domingo, andando pensativo e solitário pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro, foi abordado por um morador de rua que aparentava sinais de insanidade dizendo:
- Prenderam ele!
Quis sair, sem dar muita importância, mas o outro atirou-se em sua frente:
-Prenderam seu anjo da guarda. O senhor sempre despertou muita inveja das pessoas e um grupo delas pagou uma fortuna para um bruxo prender seu anjo da guarda.
- Foi ele quem mandou eu dizer isso ao senhor.
- Mas quem fez isso para mim?
- Seus melhores amigos, aqueles que viviam na casa do senhor, quando o senhor era rico. Mas seu anjo pediu para não nutrir nenhuma espécie de raiva deles.
- E onde ele está?
- Ele está no mundo espiritual. O senhor só poderá ir até lá em espírito. Guarde esta chave. Venha até a minha casa e atravesse o portal.
Seguiu, com certo medo, o mendigo até um casarão abandonado. Estava tudo muito escuro naquela tarde. Abafado, um prenúncio de tempestade. Entrou na casa sem enxergar nada e, de repente, viu a sua frente um enorme clarão. Sentiu uma grande vertigem e fechou os olhos. Quando os abriu estava numa floresta escura e silenciosa. Foi andando apressadamente a esmo, seguindo sua intuição. Caminhou por
dias seguidos, sem encontrar viva alma, até avistar uma luz, extraordinariamente bela. Aproximou-se dela e reconheceu, com emoção inefável, o prisioneiro atrás da cela, com suas asas magníficas.
- Não te preocupes, meu anjo, eu vim te libertar.
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