Uma História Real

Primeiro gostaria de dizer que esse conto é baseado em mais uma história real, os personagens citados sao todos meus amigos, menos o sr gonçalves q eu resolvi mudar o nome do original por motios pessoais, essa historia se passou no meu interiorzim... alías o nome dessa história era pra ser aristides e a porca ,forte abraço a todos.

Aristídes vinha de uma festa na casa do Zé Pereira, festinha de interior, tinha tomado umas cachaças, entre outras coisas, a festa tinha sido boa, dançou, bebeu, conversou, abraçou meninas, fumou alguns cigarros, festa entre amigos. Aristídes ou Tidão como é mais conhecido, resolveu sair um pouquinho mais cedo que os amigos, afinal ia deixar uma menina em casa, aproveitou e deu aqueles beijos atrasados em sua paquera, na época, ele ainda não sabia mas, aquela paquera, ia ser a mãe de seus filhos. Deixou a menina em casa, e rumou para sua própria casa.

Passou em frente o campo de futebol da vila, seguiu direto pela rodagem do canto e finalmente, passou em frente a velha casa do senhor João, seguiu em frente, passou pela casa de velhos conhecidos, senhor Pixiringa, que havia sido seu patrão, ele sempre brincava com os filhos dele, dizendo que queria uma parte da herança pois, o velho havia pulado a cerca e ele também era filho dele. Tidão vinha pedalando tranquilamente, sua magrela estava velha, era uma daquelas Caloi antigas, precisava passar uma graxa na corrente, e trocar o rolamento da roda dianteira. Ia pensando como era sortudo, viva em um lugar longe de todas aquelas guerras violentas, podia andar tranquilamente, que não seria assaltado, já havia pensado em ir para a capital mas, não achava mais a idéia interessante.

Passou em frente a encruzilhada que ia para o açude, e subiu o alto em frente a casa do Senhor Gonçalves, diziam que o senhor Gonçalves virava lobisomem e que sua mulher, também o acompanhava nas transmutações, diziam que as vezes, quando eles corriam a noite, transformados, e encontravam alguém corajoso o bastante para enfrenta-los, e feria-os, no outro dia eles apareciam machucados, eu mesmo já ouvi uma história que um homem, deu um tiro na cabeça de um lobisomem em uma noite, ele não tinha acertado pois, o tiro pegara de raspão, no outro dia a mulher do senhor Gonçalves aparecera com uns panos enrolados na cabeça, ela alegava que tinha sofrido um pancada durante a noite, até hoje não sabemos o que aconteceu com ela. Naquele momento, Tidão percebeu que no meio da pista, deitado havia um jumento, ele passou o pneu da bicicleta bem perto da cabeça do animal que deu uma bufada bem alta, ele xingou o animal, que levantou e entrou no mato. Aristídes continuou sua pequena viagem, já estava se imaginando deitado em sua rede, dormindo tranquilo, estava cansado, meio ressacado também, entrou na primeira vereda a direita, e seguiu em frente, notou um fungado atrás dele, olhou por cima dos ombros e viu que uma porca preta enorme o seguia, um arrepio percorreu sua espinha, o animal ia estradando bem atrás do pneu traseiro de sua bicicleta, Tidão resolvel pedalar mais rápido e deixar o animal para trás, aumentou a velocidade e viu que o animal continuava no seu encalce, o medo começou a aparecer, virou a esquerda em uma pequena grotinha, e rumou para sua casa, quando ele chegou na entrada de sua casa, para seu espanto e terror, a porca já estava esperando por ele na entrada do caminho, ele passou direto foi para a outra entrada, a porca novamente, já estava posicionada no caminho, ele passou direto, já ia com a adrenalina a mil, entrou em um campo, onde a tarde as crianças jogavam bola, olhou para trás e viu que a porca o seguia, já estava desesperado, virou a direita no meio do campo e a porca o seguiu, ele deu uma espécie de cavalo de pau na bicicleta e rumou por onde tinha vindo, quando já estava completamente fora de si, o medo deu um tempo e ele finalmente, entedeu que não era uma porca mas, um lobisomem, um bicho como o pessoal do interior chama, deixou a bicicleta no chão e subiu em uma planta alta que estava na sua frente, o bicho ficou em baixo da planta, começou a morder o tronco do pau, eu mesmo vi a marca dos dentes no outro dia. Tidão completamente desesperado, começou a gritar por sua mãe:

- Mãe, acorda, acorda, chame o Expedito, que um bicho quer me comer.

Na casa de Aristides, sua mãe ouviu os clamores dele, e correu no vizinho, o senhor Expedito, que é meu tio, então, Tio Expedito correu com a espingarda nas mãos, chegando lá, junto com a mãe do Tidão, ele disse que viu uma enorme porca mordendo a planta com o

Arístides em cima, olhou para a mulher, fazendo a mira da espinguarda, perguntou:

-Dona Livô, a senhora paga a porca alheia, que eu atiro.

Dona Livô, com receio de alguma coisa pior acontecer disse:

- Não rapaz, vai que da confusão.

Tio Expedito então, pegou uma pedra e jogou no meio das costelas da porca com toda a força que tinha, o animal deu um grito e saiu correndo numa estradinha de terra batida que tinha, ao longe todos disseram que ouviram os cachorros latindo e avançando em alguma coisa.

João Murillo
Enviado por João Murillo em 27/08/2010
Reeditado em 16/11/2010
Código do texto: T2463173
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