Escuridão.
No rosto de Karen estampou-se primeiro a incredulidade, depois o susto e enfim, o desespero.Se via sozinha a noite numa das ruas mais movimentadas do centro de Porto Alegre. A um segundo atrás esta mesma rua estava cheia de trabalhadores apé,de carro e ônibus voltando para casa.
Karen não acreditando no que estava acontecendo fechou os olhos, contou até dez, respirou fundo e voltou a olhar a sua volta,as luzes dos postes estavam apagadas, o céu nublado não deixava a lua iluminar seu caminho.
Tentou se controlar e seguir seu caminho, com as pernas tremendo caminhava o mais rápido que podia, só o que se houvia eram os saltos de sua bota preta, a medida que andava teve a sensação de estar sendo seguida.Como num passe de mágica havistou luz a uns cem metros de distância,quando chegou perto viu que era um bar, ouviu vozes alegres, gargalhadas, o tintilar de copos. Seu coração ficou leve e eufórico.
Karen fez o sinal da cruz e abriu a pesada porta de madeira escura,não viu ninguém na pequena sala,nas mesas muitos copos com bebida pela metade, cigarros ainda queimavam, sentia o cheiro de perfume barato.Cheiros que a deixaram enjoada,viu o banheiro, correu até lá, vomitou, foi para a pia se lavar, seu rosto bonito e jovem etava pálido, no grande espelho porém estava com um lindo vestido curto e prateado, se olhou,tocou-se, não sabia onde estavam suas roupas, como foi parar neste vestido,saiu transtornada,na pequena sala viu outra porta e dela vinha o coro gritando enlouquecidamente seu nome Karen,Karen,Karen... .
Entrou pela estreita porta, mais escuridão, via apenas um pequeno palco iluminado, não viu ninguém, correu até lá.No momento que pisou no palco, as luzes se acenderam. Karen viu quinze mesas com toalhas vermelhas e cadeiras pretas vazias, uma música sensual começou a tocar,Karen começou inexplicavelmente a ficar exitada, devagar iniciou uma dança em volta do fino poste de ferro enferrujado,baixou a parte de cima do vestido e mostrou seus grandes peitos empinados, em seguida tirou tudo se mostrando inteiramente depilada. Engatinhava quando uma pequena sombra apareceu por trás,seu loiro e escorrido cabelo até a cintura foi puxado com força, em seguida seu pescoço foi cortado por uma faca dourada.
Karen acordou apavorada em sua cama macia, estava nua,com o vestido prateado entre as coxas.