SEXTA-FEIRA 13.

SEXTA-FEIRA 13.

Um grupo de jovens, antecipadamente, foi convidado para uma festa à fantasia que estava marcada para uma quinta-feira pois na sexta-feira seria feriado e foi aproveitada a véspera do dia de folga de todos.

No hora e dia marcados, todos, aproximadamente, seis pessoas, sendo quatro rapazes e duas moças, vestiram diversos tipos de fantasias, tais como, caveira, lobizomem, vampiro, fantasma, etc.

Seguiram para a festa à pé, pois o evento ocorreria em um quarteirão próximo à residencia deles. Chegando lá, depararam-se com uma verdadeira multidão de jovens, também fantasiados.

Mas, ao fundo do salão, se destacava um menino, de aproximadamente, dez anos, por se encontrar desacompanhado, sem trocar palavras com ninguém, com o rosto pálido, roupas maltratadas, tênis rasgado, unhas grandes e sujas, cabelos despenteados, olhos avermelhados, dentes amarelados, exalando hálito fétido.

A animação da moçada fez com que os seis jovens esquecessem daquele menino maltrapilho, seguindo a euforia que reinava naquele lugar. Todos se divertiam muito com as brincadeiras e as músicas que ora Rock, ora Funk, ora música fúnebre, realizavam a alegria geral.

Já eram quatro horas da manhã de sexta-feira, quando o pequeno grupo resolveu voltar para casa pois já se encontravam exaustos, face à agitação ocorrida no entretenimento.

Sairam, e se dirigiram de volta para casa da mesma forma que foram. Quando passavam por uma rua mal iluminada, quase na penumbra, pois havia apenas um poste de luz em uma extensão de oitocentos metros. Meio que de repente, avistaram, por trás de uma árvore frondosa, aquele garoto que haviam observado na festa. O menino logo foi em direção aos jovens e disse: - Venham à minha casa, tem alguém com sede? Querem água? Uma das meninas, por não ter bebido nem refrigerante naquela noite, aceitou o convite e subiu as escadas de um casarão à frente daquela árvore em que o menino estava parado.

Como ela demorou alguns minutos a mais, logo os rapazes e a outra moça, se encaminharam para o interior da casa, em busca da colega.

Subiram as escadas de madeira, desgastada pelo tempo, com vários degraus quebrados e ao entrarem no casarão, chegaram na sala. Um vento forte surpreendeu a todos, revirando as cortinas roxas, abrindo as pequenas janelas existentes ali.

Chamaram pela menina que subira na frente, sem ter resposta. Adentraram ainda mais e encontraram um salão escuro, apenas com quatro grandes velas vermelhas acesas e uma estranha cena.

A menina que procuravam, estava inerte, qual estátua, diante de um pequeno caixão branco, ornamentado com flores e no seu interior, jazia o menino, pálido e com as mesmas vestes da festa.

O pânico se instalou naqueles jovens que com medo sairam do local em desabalada carreira, até chegarem na segurança de suas moradias.

Nesta mesma manhã, todos foram à casa daquela menina que aceitou o convite do garoto e perguntaram a ela o que havia acontecido.

Ela respondeu que quando o menino oferecera água, imediatamente saiu correndo para casa e permaneceu na cama até aquele momento, manhã de uma sexta-feira 13.

Por: Jaymeofilho.

13/08/2010.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 13/08/2010
Reeditado em 23/02/2017
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