Funeral Macabro

E

Estavamos todos ao redor do enorme caixão negro, a tampa estava fechada, alguns esboçavam choro, particularmente, eu pensava nos momentos que tinha passado ao lado dela, era uma menina muito bonita, parecia uma bonequinha, tão delicada, eu a chamava assim mas, tinha que acontecer, ela encontrou seu destino.

Agora, estavamos sozinhos, em paz, todos os meu amigos vestiram mantos rituais vermelhos, exceto eu, que vesti o preto, depois disso, consagramos o vinho, consagramos o pentagrama e colocamos o caixão em cima do altar, o pentagrama foi posto em cima do caixão. Eu tomei posição:

- Saudem a estrela do mal - bradei.

As mulheres levantaram suas mãos fazendo o sinal, os homens levantaram suas espadas saudando o mestre, a estrela do mal.

- Abram o caixão. - dei a ordem.

O caixão foi aberto, seu corpo jazia dentro de um vestido branco, olhei pela última vez para o seu rosto de boneca, estava serena, parecia dormir, exceto pelo sangue, aquela cadela nunca mais iria se prostituir novamente, ela iria arder agora, sua carne faria parte do ritual. O sangue ainda estava quente, escorria pelo seu nariz, e a pequena marca de sangue que surgia no seu ventre, contrastava com o branco do vestido.

- Saúdem o mestre, mais uma vez, meus irmãos, bebam o sangue dessa cadela e comam a carne dela, esqueçam essa prostituta, ela está melhor agora. - disse a sarcedotisa, enquanto, eu e ela desciamos do altar, e os outros avançavam para o caixão.

Pensei mais uma vez na vida que aquela cadela infeliz levava, não senti remorso do que fizemos pois, também acho que ela esta melhor agora, seu destino fora selado, ela fora vítima do meu coven.

João Murillo
Enviado por João Murillo em 05/08/2010
Reeditado em 16/11/2010
Código do texto: T2419793
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