Marido Traído

Sinceramente não sei o que se passa na cabeça das mulheres. Desisti de tentar entendê-las. Elas vêm de um lugar que, nós, homens, desconhecemos. Somos práticos e mais lógicos, mas elas, elas... É difícil... Muito!

No relacionamento sempre procurei agradar e entender. Sem nenhum elogio ou reconhecimento pelos esforços hercúleos para não magoá-la. Assim como você, detesto ver uma mulher chorar. Principalmente se a culpa for minha. Doem na alma as lágrimas delas. São pesadas, cítricas, cortantes demais. Ferem o coração e amolece o espírito.

Lavo, passo, cozinho, levo para sair, não discuto. Quando estou nervoso peço dez minutos e está tudo bem. Tudo isso sem nenhum reconhecimento. Que merda!

No banho lavo o pau com xampu, uso sabonete johnsons baby, talco nas axilas, roupa limpa, esperando um: “Nossa que cheiroso!” Um afago, um beijo... Nada disso acontece! Na cama chego perto. “O que você quer?! Estou cansada” (Com dor de cabeça, ou outra desculpa). Pronto acabou o tesão!

Sempre falo que está bonita, linda, que amo, que é gostosa, etc... Nunca ouço nada!

Sempre dou beijos e abraços, cheiradas, mordiscadas, etc... Nunca recebo nada!

Adoro beijar, aqueles beijões sabe? Não sou correspondido!

Quando estou na cozinha sempre deixo tudo prontinho. Prato, talher, guardanapo e copo. Quando ela chega está tudo pronto. Quando eu chego? Já está deitada e nada na mesa, nada na cama.

Tudo bem. Eu me basto! Digo sempre para mim mesmo. Se eu não procurar para transar, esqueça! Não sei como consegue...

Um “Nossa! Que cheiroso!” ou melhor ainda, “Me leve para a cama e me coma!” Seriam como mil sóis numa imensa tempestade! Amaria mais, cuidaria mais, seria o melhor marido do mundo. Mas, sinto-me traído. Os votos da aliança há anos atrás, as promessas do namoro...

É isso. Esse dilema acomete muitos homens. Os quietos. Os que se bancam. Os que se bastam. Os que sofrem calados. Como eu.

Um dia a soquei, amarrei e amordacei.

Estuprei-a.

Mordi seus mamilos até arrancá-los.

Soquei-a novamente.

Arranquei pedaços de sua vagina, fodida e cheia de porra, com os dentes.

Soquei-a.

Esquentei uma chave de fenda no fogão e enfiei um ferro em devagar no cu dela.

Gemia e chorava quando abri sua barriga com um estilete. A cama empapou-se de sangue. Minha filha, paralisada, viu tudo, em um canto ficou catatônica e perdeu a fala.

Bebi o sangue que escorria.

A desgraçada ainda vivia quando cortei-lhe a garganta. Na mesma noite peguei o carro e levei a menina pra meus parentes, não expliquei nada. Deixei tudo para trás e sem dizer palavra, somente escutando Highway to Hell do Ac Dc, dirigi a noite toda.

Exausto por trair a mim mesmo tanto tempo. Mas, em paz, saciado e sorrindo...

Alex Holy Diver
Enviado por Alex Holy Diver em 14/07/2010
Reeditado em 07/04/2011
Código do texto: T2377478
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