(Holocausto zumbi)Capitulo 11: Uma nova esperança.

Capitulo 11: Uma nova esperança.

Agora estávamos no laboratório onde tudo havia começado, ainda não consigo me lembrar do que houve no dia em que tudo começou, mas me lembro deste lugar eu andava por tudo o prédio verificando se estava tudo certo, me lembro de ter dois amigos aqui, será que estão mortos?

-Para onde temos que ir doutor? Pergunta Kenan.

-Vamos para o quinto andar, no laboratório de testes.

Henry vai até o elevador e aperta o botão, a porta logo se abre e ele fala.

-O elevador esta funcionando, podemos ir por ele.

-Não, vamos pelas escadas, nós não sabemos quanto tempo a energia vai durar. Falo para ele que acena com a cabeça concordando.

Penduro o meu fuzil no ombro e ando com a pistola na mão, se tudo começou aqui é certeza que vamos encontrar algum “problema” no caminho. No primeiro andar não temos nenhum problema até a escada, agora só temos que subir, as escadas para o andar seguinte eram uma ao lado da outra assim pelo menos não tínhamos que andar muito e correr o risco de sermos atacados no caminho.

Andamos pelas escadas sem parar em nenhum andar até que chegamos o quinto, agora íamos ter que andar pelos corredores brancos da Genesi Corp. sinto fome e aposto que os outros também sentem, mas agora é muito perigoso parar para comer.

-Andem atrás de mim e cuidado para não fazer barulho. Falo para os outros.

Andamos rápido, mas cautelosamente para não chamar a atenção de nada que possa estar ali, o prédio é grande e tem muitos corredores formando quase um labirinto, temos que andar mais um pouco e virar a esquerda para chegarmos onde queremos. Depois de pouco tempo eu vejo o corredor eu vou rapidamente, ao virar para esquerda quase tenho um ataque do coração, um homem de trinta e poucos anos só com metade do rosto esta bem na curva e eu não havia visto, trombo com ele e nós dois caímos, mas ele rapidamente pula em cima de mim e nós começamos a lutar, ele grita e tenta me bater, mas eu seguro seus braços sujos de sangue que tentam me pegar desesperadamente, escuto uma pancada forte e o individuo cai para o lado, quando ólho para cima vejo Henry me estendendo a mão e na outra vejo uma barra de ferro suja de sangue.

-Tome mais cuidado Josh. Fala Henry com um pequeno sorriso no canto da boca.

Eu me levanto com ajuda dele e aceno positivamente com a cabeça, realmente nessa eu vacilei, mas continuamos andando pelos corredores e logo chegamos a sala que procurávamos. Abro a porta lentamente e ólho para dentro, esta meio escuro e a sala não é pequena, mas da para ver que não tem ninguém, acendo a luz e aceno para os outros entrarem e logo depois eu travo a porta com uma cadeira.

-Pra que você fez isso? Pergunta Ana.

-Você viu o infectado que pulou em cima de mim, isso mostra que o prédio não esta vazio.

-É verdade.

-Josh venha cá, tenho que tirar uma amostra do seu sangue para analisar. Fala Willian já mexendo em algumas coisas em um armário. – Sente-se nessa cadeira e vamos começar logo.

Vou até a cadeira que Willian indica e me sento, ele tira uma seringa de dentro do armário ainda na embalagem, e pega um pedaço de algodão com álcool, depois de passar o algodão no meu braço ele começa e colher o sangue.

-Depois de fazermos isso, para onde vamos? Pergunta Henry?

-Ué, para base que Josh falou. Responde Kenan.

-Mas se você não percebeu tem um monte daquelas coisas lá fora e a fabrica não fica muito perto.

Willian já esta preparando o sangue para o exame, enquanto todos se entreolham pensando no que Henry falou.

-Willian esse lugar tem algum estacionamento? Pergunto já me levantando da cadeira.

-Sim, temos um estacionamento no subsolo.

-Nós podemos procurar um carro lá e depois saímos passando por cima de tudo que entrar na frente. Falo confiante.

-É, mas...

Kenan é interrompido por um grito vindo do corredor, parece um infectado, todos ficam apreensivos e esperam para tentar ouvir mais alguma coisa, mas fica tudo silencioso novamente, há um grande vidro que da visão para o corredor assim como na maioria das salas, vou até ele e tento ver alguma coisa, mas não consigo ver nada.

-Eu vou lá dar uma olhada e já venho. Falo para os outros.

-Não, pode ser muito perigoso. Fala Willian.

-É melhor vermos o que é isso agora do que descobrirmos quando formos sair daqui com pressa. Todos ficam quietos sabendo que eu tenho razão.

Eu tiro a cadeira da porta e saio lentamente fechando a porta atrás de mim, ando na direção em que esta o corpo do homem que me atacou quando escuto sons que parecem ser de passos, vou puxar minha pistola quando ólho pro lado e vejo em uma outra sala um machado de incêndio na parede, deixo minha arma guardada e entro na sala, essa é menor que a sala em que eu estava e tem vários papéis espalhados pela mesa e chão com manchas de sangue, vou até a parede e tiro o machado, não tenho muita munição e ainda vamos ter que andar muito, é melhor economizar penso comigo.

Depois de sair da sala já com o machado na mão continuo andando pelo corredor cautelosamente, escuto mais alguns barulhos bem baixos que não consigo reconhecer, chego ao corpo do homem que me atacou, parece estar tudo normal quando estudo uma pancada bem na curva no corredor, aperto o machado com minhas mãos e vou com tudo para o outro corredor quando vejo algo que me assusta, uma mulher no canto sem as pernas, só tem o corpo da cintura para cima se arrastando deixando um longo rastro de sangue pelo corredor branco, quando me vê começa a se puxar com os braços vindo em minha direção, de sua boca sai apenas um ruído não muito alto, quando se aproxima eu levanto o machado e encravo bem no meio de sua cabeça fazendo espirrar mais sangue nas paredes, retiro o machado que quase fica preso e volto para onde estão meus amigos, só acho estranho ter ouvido passos sendo que a mulher não tinha pernas.

Chegando na porta tento abri-la, mas não consigo alguma coisa esta bloqueando, vou até o vidro e bato fazendo barulho, Ana me vê e vai até a porta, posso vê-la tirando a cadeira de trás da porta e abrindo-a para mim, quando entro na sala Ana logo fecha a porta e volta a bloqueá-la com a cadeira.

-E então Josh, o que era? Pergunta Kenan curioso.

-Uma mulher infectada, mas não deu nenhum trabalho. Não posso deixar de notar os olhares voltados para o machado sujo de sangue em minha mão. – Esse machado eu encontrei no caminho. Vejo Ana com um cano de metal na mão.

-Me de esse cano e pega o machado. Falo entregando o machado.

-Não, o machado é melhor para voc...

-Pega o machado logo. Falo em um tom de brincadeira.

Ela se aproxima e pega o machado me entregando o cano, será melhor assim, pois o machado não exige tanta força para abrir um crânio quanto o cano.

-Willian, descobriu alguma coisa? Pergunto curioso.

-Tem alguma coisa diferente, mas ainda não sei direito o que é. Fala Willian sem tirar os olhos do microscópio.

Kenan anda de um lado para o outro, parece cansado de ficar naquela sala sem fazer nada.

-Kenan para um pouco, senta em algum lugar e descansa. Fala Ana.

-Desculpa, mas eu não to gostando de ficar aqui, no lugar onde tudo começou... Sei la, não parece seguro.

-É verdade, mas não temos outra opção. Fala Henry em um canto da sala meio escondido.

Willian sai do microscópio e começa a misturar meu sangue com outros líquidos, essa espera esta me deixando nervoso também, não gosto da idéia de ficar muito tempo em um lugar só ainda mais quando esse lugar pode estar infestado de criaturas prontas para nos matar a dentadas. Meu pensamento é interrompido por um som no corredor, todos olham para o vidro até Willian, mas não tem nada que de para ver dali.

-Eu vou lá ver o que é de novo. Falo me levantando da cadeira.

Vou até a porta e quando coloco a mão sobre a cadeira uma pancada muito forte me assusta, recuo alguns passos e ólho para o vidro agora manchado de sangue.

-O que aconteceu? Pergunto vendo que todos estão olhando para o vidro muito assustados.

Sem resposta volto a olhar para o vidro quando vejo uma mão se apoiando nele, lentamente vejo alguém se levantando muito ensangüentada com vários ferimentos, mas um em particular me chama a atenção, um ferimento no ombro que deixa exposto uma parte do osso e que não para de sangrar, a infectada olha para nós dentro da sala e começa a se debater contra o vidro e gritar muito.

-Droga, ela vai chamar a atenção de outros. Fala Kenan.

Ele esta certo, mas o que podemos fazer? Se sairmos vamos ser atacados antes de poder fazer qualquer coisa, levo a mão até a minha arma e a levanto, espero que esse vidro não seja a prova de balas penso comigo, miro bem pois não posso gastar muita munição, quando a cabeça dela esta na mira puxo a gatilho, o vidro apenas racha em volta do buraco da bala e a mulher cai do outro lado com um furo no meio da testa. Todos ficam calados por um instante, quando Kenan vai abrir a boca é interrompido por berros vindo do corredor.

-Droga tem mais vindo. Fala Willian.

-Isso ainda vai demorar? Pergunto apontando para o vidro em sua mão.

-Não já estou quase terminando.

-Então termine logo, eu vou tentar segura-los.

-Você esta querendo se matar ou o que? Pergunta Kenan um pouco alterado. – Desde que nos reencontramos você tem dado uma de herói, isso nos ajudou muito, mas tem mais gente aqui que pode lutar. Kenan fala apontando para ele mesmo.

-Eu só quero manter vocês vivos, mas se querem lutar tudo bem. Falo retirando a cadeira da porta e saindo da sala, posso escutar mais alguém saindo logo atrás de mim, nem preciso olhar para saber quem é.

Andamos pelos corredores, mas não encontramos nada nem ouvimos mais barulhos.

-Será que foram pra outro lugar? Pergunta Kenan.

-Eu não sei, mas não acredito muito nisso.

Continuamos andando, vemos manchas de sangue nas paredes brancas do prédio, um rastro de sangue na parede me chama a atenção, parece que alguém foi se apoiando nela até o começo de outro corredor mais a frente que atravessa o que estou, conforme vou me aproximando do outro corredor começo a ouvir alguma coisa, viro para trás e faço um sinal para Kenan não fazer barulho, ele acena positivamente com a cabeça, andamos bem de vagar quando percebo que há alguém caído na curva do corredor, da para ver apenas uma mão, quando viro para ver o resto do corpo me deparo com uma cena inesperada, vejo um infectado em cima de uma mulher devorando sua barriga, acho estranho o fato do infectado não ter ferimento apesar de estar bastante ensangüentado. Quando ele me vê larga a mulher e corre para cima de mim, acerto um pancada no seu rosto com o cano o jogando contra a parede, ele logo se recupera e investe novamente, dou outro golpe desta vez de cima para baixo acertando o meio de sua cabeça, ele da uns passos para trás cambaleando e cai sentado com a cabeça sangrando, antes que possa levantar acerto o golpe de misericórdia afundando seu crânio. Kenan esta atrás de mim olhando a cena.

-Vamos dar uma olhada nos corredores próximos á sala que os outros estão, depois voltamos para lá. Falo sem nem olhar para trás.

-Esta bem.

Andamos pelos corredores, mas felizmente não encontramos mais nenhuma daquelas coisas, depois de vasculhar algumas salas também, resolvemos voltar. Em pouco tempo já conseguimos ver a mulher no chão com o tiro na cabeça, quando chegamos na frente da sala vejo Willian conversando com Ana e Henry, parece estar explicando alguma coisa, quando Ana me vê vem rapidamente até a porta e a abre.

-Willian descobriu alguma coisa. Fala Ana antes mesmo que eu pudesse entrar.

-O que você descobriu? Pergunto curioso enquanto Kenan fecha a porta atrás de mim.

-Josh primeiro eu tenho que te falar uma coisa não muito boa...

-Fala logo.

-Você é um transmissor do vírus.

-Como assim? Agora estou confuso.

-Você pode transmitir o vírus para outras pessoas através do sangue ou saliva, mas tem uma coisa boa. Penso no que pode ser bom depois de descobrir isso, mas espero Willian terminar. – Talvez eu tenha descoberto por que você não se transformou naquelas coisas, seu sangue tem algo que eu não tinha percebido no começo, em uma das tentativas de criar uma cura para este vírus conseguimos um que conseguia destruir o vírus, infelizmente as cobaias não agüentaram e morreram em conseqüência da vacina.

-E o que tudo isso tem a ver comigo?

-Eu encontrei no seu sangue essa mesma “vacina” em uma quantidade muito pequena, não tenho certeza se foi isso, mas acredito que este elemento em pequena quantidade junto com seu sistema imunológico impediu a ação do vírus sobre seu corpo.

-Então por que eu sou transmissor dessa porcaria?

-O vírus não morreu, ele esta inativo no seu corpo por causa da vacina, mas ao entrar em contato com o organismo de uma pessoa ele volta a seu estado normal.

-Mas o vírus não pode voltar à atividade no corpo dele depois de um tempo? Pergunta Kenan.

-Um dos motivos pelo qual a vacina matava as cobaias era por que ele não desaparecia do sangue, isso junto com outros fatores acabava matando aqueles que a tinham no sangue.

-E como Josh não morreu? Desta vez é Ana que pergunta.

-O sistema imunológico resistente dele fez a pequena quantidade do elemento se adaptar ao organismo para não ser expelido pelo corpo, uma coisa totalmente inesperada, mas que deu certo.

Me sento em uma cadeira e fico de cabeça baixa, estou feliz por saber que não vou me transformar, mas preocupado com o fato de poder infectar outras pessoas, claro que não vou sair mordendo ninguém por ai, isso diminui a chance de contagiar alguém, mas ainda sim isso me preocupa, afinal como essa vacina veio para no meu sangue? E Ana, ela também esta infectada, como não se transformou ainda? Meus pensamentos são interrompidos pela voz de Henry.

-Cara você tem muita sorte. Fala sorrindo para mim.

-Através do seu sangue talvez possamos criar uma forma não de cura, pois acho isso muito difícil, mas uma forma de que as pessoas possam conviver com o vírus sem nenhuma transformação. Fala Willian bem animado.

-Agora podemos ir para a base? Pergunto a eles.

-Mas Willian não vai tentar criar algo para nos salvar da infecção? Pergunta Henry.

-Não ele esta certo, eu precisaria de muitas coisas e acima de tudo de uma equipe bem treinada, não da para fazer nada aqui, temos que ir para a base.

IanFir
Enviado por IanFir em 09/06/2010
Reeditado em 14/06/2010
Código do texto: T2308697
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