Selos de Satanás
 
O andar de Khezia era estranho, seu olhar um par e passo com a escuridão dos seus atos, pois um advinha do outro, e a tempestade resultante o que sempre se esperava da sua presença.
Somente nos crepúsculos, ou na noite feita, poder-se-ia observar os seus traços, nada o dia revelava sobre aquela adolescente que surgia nas noites em boates, rodinha de amigos e mesmo em alguns encontros ao ar livre, poucos conhecia e estes poucos conhecidos, dela pouco sabiam, e também nenhuma intimidade trocavam, nada mais que informais brincadeirinhas onde poucas vezes se via um sorriso, ou quando muito um leve som saído da sua boca, qual um grunhido em baixíssimo decibel, quase o som de um bocejo.
Dizem as lendas que o mal reina onde lhe favorecem a disseminação do que lhe é característico, num esgoto vai disseminar o mal cheiro, num jardim, o perfume, jamais ao mesclarem estes dois lugares haverá um lugar agradável do ser humano ficar, apesar das flores.
Assim eram os lugares com Khézia, que trazia em si o predisposto da anarquia, e da rebeldia em seu grau mais amargo no coração.
Eram noites de caos, pois os lugares eram envoltos em halos de maldade, não eram raras, mortes nas adjacências destes lugares, assassínios com requintes diabólicos de crueldade, o sangue desenhava a perplexidade nos olhares dos meninos e meninas, e senão por um detalhe tudo poderia se creditar a Khézia, mas infelizmente não estava escrito em sua testa, filha do diabo.
Havia nesta festas, além do normal em bebidas, drogas, algo que entorpecia a alma de todos, eram desencontradas as idéias , quando as horas mortas das madrugadas, despia todos de bom senso e somente a face do mal se servia destas máquinas de aparência humana e de espírito diabólico e mortal.
Era uma tarde de Agosto, depois de 5 dias de rave,(festa longa), um longo comboio de viaturas, do Serviço Médico Legal, retirava do pequeno sítio ao lado da cidade 83 corpos, trucidados, com as vísceras a mostra, profundos cortes em rostos jovens, e curiosamente Khézia que desaparecera não foi encontrada...
O mal se vestiu de juventude para doutrinar almas; Ele tem seu arsenal para expor sua ira, tem a voz e a aparência que deseja que vejamos, e seduz almas para lhe servir, mesmo que seja todo o sangue o suficiente para satisfazê-lo, e na maioria das vezes doutrina a alma dos que ficam, para que só em lendas se deva saber uma hipotética verdade que não deixa marcas...
 
Malgaxe
 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 08/06/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2308127
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