(Holocausto zumbi)Capitulo 8: A Base. Reencontrando velhos amigos.

Capitulo 8: A Base.

Reencontrando velhos amigos.

O caminhão entra e os soldados ficam de prontidão, todos apontam as armas para nós, nós entramos lentamente e o portão se fecha, o caminhão para na nossa frente e os soldados começam a descer, um soldado em uma guarita improvisada ao nosso lado sai e vem até nós.

-Por favor, saiam do veiculo.

Eu abro a porta e saio assim como Sara.

-Você é militar mesmo ou só está vestido como um? Pergunta-me o soldado.

-Sim sou militar.

-Esperem um instante.

O soldado entra na guarita que era um pouco grande e fala com outro soldado, posso ouvi-lo perguntar se deve tirar minhas armas ou não, o outro fala para confirmar minha identidade com o Coronel, o soldado sai da guarita e bate no ombro de um outro que estava sentado ao lado do porta que se levanta e vem até nós.

-Qual o nome de vocês? Pergunta o soldado que nos atendeu primeiro.

-O meu é Josh Ryder e o dela é Sara.

-Por favor, Josh me siga até o Coronel para que possamos confirmar sua identidade como soldado.

-Mas e a Sara?

-O soldado Morton vai levá-la até a área onde esta os civis e vai mostrar as instalações.

-Esta bem.

Sara segue até uma grande porta com o soldado enquanto eu pego outro caminho até uma sala não muito grande separada da fabrica, o soldado bate na porta e uma voz grossa que impõem autoridade fala para entrarmos, lá dentro vejo um homem grande, um pouco maior do que eu com aproximadamente um metro e noventa de altura e bem forte de costa para nós olhando um mapa, em sua cabeça se via alguns fios grisalhos em meio seu cabelo.

-Senhor, soldado Scott se apresentado senhor.

-Soldado olhe a situação que estamos, pare com essas formalidades e fale logo.

-Senhor resgatamos dois sobreviventes, um deles parece ser soldado.

-Qual seu nome? Pergunta o Coronel.

-Ele diz ser Josh Ryder.

O Coronel levanta a cabeça e se vira lentamente, seu rosto mostra uma cicatriz que começa perto da orelha e termina no queixo e apesar de parecer ter uma idade avançada não demonstra nenhum sinal de fraqueza, ele olha bem para mim e fala.

-Capitão Josh Ryder você esta vivo. Fala o Coronel com sorriso no rosto.

O soldado ao meu lado se espanta e logo bate continência, eu também fico surpreso, nem imaginava que poderia ser capitão.

-Soldado Scott nos deixe sozinhos. Fala o Coronel.

O soldado sai e o Coronel vem até a minha frente, ele me estende a mão eu aperto a mão dele e ele fala.

-Josh eu achei que não fosse te ver mais depois que começou esse inferno.

-Desculpe senhor, mas apesar do seu rosto me parecer familiar eu não me lembro de você.

O Coronel se espanta e fala.

-Como não se lembra de mim, nós fomos a varias missões juntos, você já salvou minha vida varais vezes assim como eu salvei a sua.

Conto para ele o que aconteceu no laboratório, mas digo que devia ter batido a cabeça quando cai por isso não me lembro de nada e não conto que estou infectado.

-Então foi isso, bom eu sou o Coronel Joseph Silver, e apesar de não se lembrar nós somos bom amigos.

-É bom saber que tinha amigos antes disso. Falo sorrindo.

-Venha vou mostrar o lugar para você.

Nós saímos da sala e começamos a andar pelo que parecia ser o estacionamento, mas agora estava cheio de barracas com munição e armas para todo o lado, nós vamos até o galpão principal, quando entramos vejo um monte de pessoas andando algumas ajudando outras, na verdade estava uma grande bagunça.

-Esse é o lugar aonde as pessoas vem se encontrar com familiares e amigos que estavam separados e também onde servem as refeições, nos andares de cima fica os alojamentos dos civis.

-Senhor eu estava com uma garota quando cheguei e não estou vendo ela aqui. Falo ao Coronel.

-Josh pode me chamar pelo primeiro nome, e a garota deve estar fornecendo seus dados em uma das barracas lá fora, agora venha comigo eu quero lhe mostrar uma coisa muito importante. O Coronel Joseph fala e sai andando. Eu o sigo até os fundos da fabrica, lá vejo uma cômodo separado de tudo, a porta parecia ter sido reforçada e havia dois soldados na frente dela cada um com um fuzil em mãos, quando nós nos aproximamos os dois batem continência, o Coronel manda que um deles abra a porta e logo depois de me fala.

-Josh, desde que isso começou você deve ter enfrentado muitos infectados certo?

-Sim, por quê?

-Então eu peço que não tente nada quando entrarmos.

Quando o Coronel termina de falar o soldado abre a porta, de dentro sai um cheiro horrível e posso escutar gritos que não parecem humanos, nós entramos na sala que esta escura, os gritos vem do fundo da sala, de repente a luz se acende e eu vejo três infectados no fundo da sala, estão acorrentados pelo pescoço.

-O que vocês estão fazendo com eles? Pergunto ao Coronel.

-Eles estavam aqui quando chegamos, nós os prendemos aqui para descobrir mais sobre a infecção.

-E o que descobriram?

-Bem, sabemos que o vírus ataca o cérebro primeiro, causando dores de cabeça algumas vezes perda de memória ou alucinações, depende da área que ele se instala primeiro, depois de dominar o cérebro ele se espalha pelo corpo parando a maioria dos órgãos, alguns continuam funcionando bem lentamente quase parando, mas o único órgão que realmente faz diferença depois da transformação é o cérebro.

Alguns daqueles sintomas eu conhecia muito bem, o cheiro daquele lugar era horrível já não estava agüentando.

-Joseph vamos sair daqui, não confio nessas criaturas mesmos acorrentadas.

-Você esta certo, vamos até sua barraca, ela já deve estar pronta.

Nós saímos da sala o Coronel faz um sinal e um dos soldados fecha porta, nós andamos pelo estacionamento e percebo que há muitos soldados, mas não tem mais de dois civis andando do lado de fora.

-Os civis não podem sair da fabrica?

-Por enquanto não, ainda tem muitas coisas que precisam ser montadas e arrumadas, se deixarmos eles saírem poderiam nos atrapalhar fazendo isso tudo demorar mais.

-Então eles vão ficar presos até mandarem ajuda ou morrerem? Falo não muito confortável com aquela idéia.

-Josh, se não montarmos as barracas e equipamentos logo nossa segurança pode ser comprometida, mas assim que terminarmos eles vão poder sair.

-Entendi você tem razão eu não tinha pensado nisso.

Nós chegamos até uma barraca e o Coronel fala.

-Essa é sua barraca, temos um local ali que tem um chuveiro, lá você pode tomar banho, me desculpe, mas eu tenho que voltar para minha sala, ainda tem muitas coisas para resolver.

-Tudo bem, depois nós conversamos mais.

Joseph acena com a cabeça e sai andando. Ólho para o colchonete estendido no chão e vejo outra farda militar, esta com a identificação de Capitão, eu a pego e vou tomar banho, quando estou mexendo na roupa antiga percebo que em um dos bolsos a uma corrente com um crucifixo comum de metal. Depois de tomar banho saio já com a nova farda, os soldados que se aproximam batem continência, acho até engraçado alguém que não se lembra de nada antes dos últimos dois dias ia acabar sendo alguém tão respeitado, ando pelo estacionamento e logo avisto a sala de Joseph, vou até lá e bato na porta, escuto Joseph me mandando entrar. Quando entro vejo Joseph com uns papeis na mão.

-Josh, vejo que já se trocou. Fala Joseph.

-O que são esses papéis?

-São só relatórios de algumas coisas. Joseph fala os colocando sobre a mesa.

-Eu quero encontrar a garota que veio comigo, para saber se ela esta bem.

-Ela sofreu muito nesse dias?

-Perdeu a família. Falo com a cabeça baixa.

-Realmente ela deve precisar de alguém para conversar, vá até a porta principal e fale com os soldados, um deles tem uma lista com os nomes das pessoas e os quartos que elas estão, pergunte a eles que vão lhe informar.

-Você não vai comigo?

-Eu preciso terminar algumas coisas, não posso sair agora.

-Esta bem. Falo e saio da sala.

Quando fecho a porta sinto uma dor de cabeça terrível, me sento no degrau da porta e espero um pouco, a dor não passa, até parece que o meu cérebro esta sendo esmagado dentro da cabeça, depois de alguns instantes a dor começa melhorar, me levanto e vou para a porta. Quando me aproximo vejo dois soldados, um sentado em uma cadeira e o outro de pé, o que estava sentado estava com alguns papéis na mão, me aproximo dele que se levanta rapidamente e bate continência assim como o outro.

-À vontade. Essa frase me veio à cabeça no momento em que eles bateram continência... Soldado me fale em que quarto está uma garota chamada Sara.

-O senhor sabe o sobrenome dela? Pergunta-me o soldado.

Na hora eu lembro que ela não me falou o sobrenome.

-Não, mas fomos os últimos a chegarem aqui.

-Só um minuto Capitão.

O soldado procura nos papéis até que encontra alguma coisa.

-A ultima Sara que registramos esta no terceiro andar na sala cento e trinta.

-Obrigado.

Abro a porta e já escuto um monte de vozes, quando entro vejo aquele monte de pessoas andando e falando, não teria tempo e olhar por ali para procurar Sara então fui direto a sala que ela estava. Havia um soldado em cada canto do salão principal, vejo uma escada a minha esquerda ao lado de um soldado, vou até ela e subo até o segundo andar, para chegar até o terceiro andar eu tinha que passar por alguns corredores antes de chegar à próxima escada. Começo a andar pelos corredores e vejo algumas salas com as portas abertas ao longo do caminho, dentro havia pessoas que pareciam estar muito más, mas não pareciam infectadas, subo as escadas e chego ao terceiro andar. Logo de cara vejo a sala cento e vinte e cinco, vou andando pelo corredor e passando pelas salas, logo vejo uma sala com a porta fechada e com o numero cento e trinta na porta, me aproximo e bato na porta que logo se abre, do outro lado vejo Sara que ao me ver me abraça, fico surpreso e sem reação dela, ela me solta e fala.

-Onde você estava?

-Estava conversando com o coronel, somos amigos.

-Eu achei que você poderia estar com problemas.

-Não, não estava e agora descobri que sou capitão e não um simples soldado, mas agora posso entrar?

-A é verdade, pode sim.

Sara entra na frente saindo da porta, eu entro logo depois e vejo que o lugar era um escritório antes, que foi improvisado como quarto, vejo quatro colchões no chão.

-Tem mais pessoas aqui com você?

-Sim, mas três pessoas, uma mulher com uma filha pequena e mais uma garota que deve ter mais ou menos a minha idade.

Fico aliviado por saber que no quarto só tem mulheres, afinal nunca se sabe o que pode acontecer. De repente me lembro dos meus amigos que ficaram no prédio e em seguida me vem uma dor de cabeça muito forte, levo minhas mãos a cabeça e encosto na parede para não cair, vejo Sara falando comigo, mas não consigo me concentrar em suas palavras, logo a dor começa melhorar e percebo que ela estava me perguntando se eu estava bem.

-Josh, o que esta acontecendo, você esta bem?

-Eu vou ficar bem, não se preocupe. Tenho que contar para ela agora, que não poderei ficar, penso comigo.

-Sara eu preciso ta contar uma coisa.

-O que foi?

-Eu não vou poder ficar aqui, vou ter que ir atrás de meus amigos, não posso deixá-los onde eu os deixei.

-Mas você não pode mandar alguém ir buscá-los? Me pergunta Sara com um rosto triste.

-Me desculpe, mas eu tenho que ir, eu vou voltar para vê-la. Uma grande mentira.

-Josh você me salvou, se você não tivesse aparecido lá em casa eu provavelmente já estaria morta, não quero que aconteça com você o mesmo que aconteceu com meus pais.

Era tarde demais para ela desejar isso, o vírus já estava no meu corpo, correndo em minhas veias, e infelizmente eu não iria voltar para continuar ao lado dela.

-Eu prometo que vou voltar o mais rápido possível, se tiver algum problema fale com o Coronel Joseph que ele vai te ajudar, agora tenho que ir, aqui você vai estar segura.

-Você promete que vai voltar?

-Sim eu prometo, até mais tarde. Falo sorrindo e vou em direção a porta, ólho para traz novamente e vejo que Sara esta mais calma, mas ainda parece preocupada com algo.

Depois de sair do quarto eu desço as escadas e saio daquele galpão cheio de gente, passo na minha barraca e pego algumas coisas, poucos mantimentos, minhas pistolas e munição e vou para a sala de Joseph. Chegando lá vejo que há um soldado na porta, eu meu aproximo e falo.

-Sou o Capitão Josh Ryder e preciso falar com o Coronel. O soldado sem falar nada abre a porta para mim.

Eu entro na sala e vejo Joseph novamente olhando uns papeis.

-O que você tanto procura nesses papeis?

-Ah Josh você esta ai, isso não é nada muito importante.

-Joseph eu preciso te falar uma coisa.

-Então diga.

-Eu não vou ficar aqui, tem um grupo de sobreviventes em um prédio não muito longe daqui e preciso chegar até eles e manda-los para cá.

-Por que não falou antes, vamos arrumar uns soldados e mandar junto com você.

-Não, eu vou sozinho.

-Do que você esta falando Josh, eu sei que você é um dos melhores soldados que já vi, mas não pode enfrentar tudo isso sozinho.

-Joseph eu peço que não se desespere, mas eu tenho que te falar, eu fui infectado. A expressão de espanto de Joseph chegou a me assustar quando ele ouviu a noticia logo depois ele abaixa a cabeça e em seguida me pergunta.

-Como isso aconteceu?

-Foi logo no começo, no laboratório Genesi, quando o vírus escapou de lá eu fazia parte da segurança.

-E como ainda esta vivo, eu já vi pessoas se transformarem em minutos.

-Eu não sei direito, mas parece que o meu corpo tem uma certa resistência contra o vírus em sua forma pura.

-E quanto tempo você ainda tem?

-Não tenho certeza, mas acredito que da tempo de salvar meus amigos.

-Josh eu sinto muito, se fosse outra pessoa eu já teria dado um tiro em sua cabeça, mas como é você eu vou deixar você ir. O Coronel se abaixa atrás da mesa e logo se levanta com um fuzil m16. -Tome leve isto com você, vai ajudar.

-Não posso levar vocês podem precisar aqui.

-Josh, quando isso tudo começou perdemos muitos soldados e as armas ficaram, acredite não teremos problemas com falta de arma por aqui.

Eu pego o fuzil e junto com ele recebo dois pentes e mais alguns de pistola, o equipamento eu tinha agora só tinha que conseguir chegar até o prédio antes de morrer.

-Josh, mesmo que você não se lembre eu nunca vou esquecer todas as vezes que você salvou a minha vida, e agora que a sua esta em perigo eu não posso ajudar, mas posso lhe dizer uma coisa, você é um grande amigo.

-Eu gostaria de me lembrar de você e de outros amigos, mas infelizmente não posso, agora tenho que ir, pois cada minuto é um a menos para mim.

-Eu vou até o portão com você. Chegamos ao portão, o Coronel da às ordens para os soldados que abrem o portão. Boa sorte Josh, espero que consiga salva-los.

Eu aceno com a cabeça e saio, o portão se fecha logo atrás de mim, agora estou de volta às ruas junto com aquelas coisas.

IanFir
Enviado por IanFir em 16/05/2010
Reeditado em 14/06/2010
Código do texto: T2259761
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