(Holocausto zumbi)Capitulo 7: Perigo nas ruas.

Capitulo 7: Perigo nas ruas.

Acordo assustado e suando quando escuto uma voz.

-Calma Josh, sou eu.

Olho para o lado e vejo Ana de pé me olhando.

-Josh esta na hora, vocês tem que ir buscar os portões e grades, nós estamos esperando lá embaixo. Ana fala e sai do apartamento.

Sento-me no sofá e espero um minuto para cair na real, me levanto pego minha arma e desço. No primeiro andar estavam todos reunidos em volta de uma mesa que sobrou entre as que foram pregadas.

-Josh nós achamos um mapa da região por aqui, isso pode nos ajudar.

Eu me aproximo e olho o mapa.

-Ah um caminhão bem na avenida que sai da cidade, nós podemos usá-lo para transportar o material, Henry você consegue fazer ligação direta em um caminhão?

-Sim consigo, mas preciso de um pouco mais de tempo pra isso e o motor vai fazer muito barulho.

-Não temos opção, vamos fazer isso, agora vamos pegar as armas e fazer isso logo. Fala Kenan já indo pegar as armas.

Eu pego a m16 enquanto Henry pega a Sniper e Kenan a calibre 12, vamos para o porão para sair pelo porta de ferro, Ana nos acompanha pois esta com as chaves, lá embaixo eu repasso o plano para todos e nos preparamos para sair, Ana destranca a porta e eu saio na frente os outro saem logo atrás de mim, estamos atrás do prédio e já vejo a rua que vamos ter que atravessar para chegar até o caminhão, eu me aproximo da calçada e ólho para os lados, vejo dois infectados subindo a rua, mas se fossemos rápidos poderíamos passar por eles sem que notassem, começo a caminhar bem lentamente pela calçada, os infectados não me percebem por estarem de costas, dou sinal para que os outros venham eles correm meio abaixados para não chamarem muito a atenção.

-O caminhão esta logo a frente da encruzilhada vamos rápido, mas sem fazer barulho. Cochicho para eles.

Nós começamos a atravessar a rua, os infectados ficavam cambaleando como bêbados estávamos quase chegando à ponta da outra calçada quando percebo que os zumbis estavam parados sem cambalear, sinto que aquilo não é um bom sinal, a minha sensação se confirma quando eles se viram para nós e começam a correr.

-VAMOS LOGO, ELE NOS PERCEBERAM. Grito para todos que começam a correr em direção ao caminhão que já estava a nossa vista.

Os infectados correm na nossa direção soltando gritos, mas a voz deles era distorcida provavelmente as cordas vocais já estavam enfraquecendo, Henry chega ao caminhão primeiro e já começa agir.

-Josh o que vamos fazer, se dispararmos vamos chamar a atenção de outros. Fala Kenan.

Vejo que ele esta com o machado de bombeiro.

-Use o machado. Eu me viro e vejo um cano que parecia do escapamento de algum carro eu o pego e vou para cima dos infectados, Kenan também. Uma das criaturas pula em cima de mim, mas eu lhe acerto uma pancada e a derrubo, Kenan acerta um golpe logo na perna do infectado que é amputada e o mesmo cai no chão, Kenan sem hesitar o acerta bem na cabeça, o infectado que eu havia derrubado se levanta e antes que pudesse se recuperar toma outra pancada na cabeça e cai novamente, Kenan se aproxima e acerta o golpe final decepando a cabeça do individuo. Voltamos ao caminhão e Henry ainda estava mexendo nos fios.

-Vai demorar muito? Pergunto prestando atenção na rua.

-Não, estou quase terminando.

Logo em seguida escuto o motor do caminhão funcionando.

-Vamos logo antes que essas criaturas escutem. Fala Henry.

Nós entramos no caminhão e Kenan pergunta.

-Vocês sabem o caminho?

-Nós vamos ter que ir direto no sentido contrario a saída da cidade e virar na quarta entrada a direita. Fala Henry.

-Mas isso vai nos levar até próximo a Genesi corp. foi lá que o vírus foi feito deve estar infestados dessas coisas. Falo para os dois.

-Então vamos subir a direita logo aqui na encruzilhada e depois deixem comigo que eu conheço o caminho. Fala Henry que estava ao volante.

Começamos a andar e viramos a direita como disse Henry, vejo mais infectados na rua alguns bem no meio do caminho, Henry acelera os atropelando, andamos uns três ou quatro minutos e viramos a primeira esquerda, essa rua parecia vazia, de longe eu podia ver uma encruzilhada, o que mais me surpreendia era que não havia muitas pessoas nas ruas se é que podemos chama-las assim ainda, se a cidade toda estivesse infectada as ruas estariam lotadas, isso me dava um pouco mais de esperança em achar mais pessoas vivas, chegamos na encruzilhada, Henry para o caminhão e da uma olhada para os dois lados como se não soubesse direito para onde ir mas logo segue em frente, olho para o céu e vejo que tem muitas nuvens escuras, o dia estava nublado e se começasse a chover poderíamos ter grandes problemas, andamos mais um pouco e chegamos ao final da rua lá pegamos a avenida e continuamos a direita por alguns minutos, logo a frente vejo um grupo de infectados que quando ouvem o motor do caminhão correm desesperadamente em nossa direção sendo atropelados por Henry, ficava observando os infectados que via e ainda não entendia como eles eram atraídos para nós, será que eram inteligentes o suficiente para saber que somos alimento para eles? Acho que não pois atacariam outros animais também. Fico encostado no vidro até que acabo cochilando.

Acordo de repente com Kenan me puxando.

-Josh acorde, olhe para frente.

-Já chegamos? Pergunto um pouco atordoado.

-Sim, mas temos um problema. Fala Henry.

Olho para frente e vejo um monte de infectados, devia ter bem mais de vinte infectados na frente da loja, por algum motivo eles ainda não nos perceberam, mas para piorar estava chovendo, eles andavam de um lado para o outro como se procurassem alguma coisa, o motor do caminhão estava ligado, Henry leva a mão até onde esta a ligação e desliga o caminhão... Um grande erro.

As criaturas olham para o caminhão e correm em nossa direção.

-Henry ligue o caminhão. Fala Kenan.

Henry se abaixa e começa mexer nos fios, Kenan pega uma pistola e eu pego a minha, os infectados sobem no caminhão e batem nos vidros com uma grande força, vejo que a frente do veiculo estava infestada de criaturas tentando subir para nos pegar, os vidros começam a rachar, se os vidros se quebrassem não teríamos a menor chance. Quando já estava perdendo a esperança escuto o motor funcionando novamente, Henry volta ao banco e começa a dirigir, os infectados em cima do caminhão caem, Henry esta fazendo a volta quando um infectados quebra o vidro do meu lado me agarrando, a surpresa me deixa sem reação e aproveitando isso a criatura morde meu ombro, a dor me faz reagir antes que ele pudesse me arrancar um pedaço, acerto uma cotovelada na cabeça o derrubando, coloco a mão no meu ombro e vejo que estou sangrando, não fico assustado pois já estou infectado mas Kenan olha para mim e pergunta apertando a arma em sua mão.

-Você foi mordido?

-Não, eu me machuquei no vidro, não deu tempo dele me morder.

-Então esta bem.

Kenan olha para frente, não sei se ele acreditou, mas pelo menos vou ganhar tempo até chegar ao prédio e falar com Willian. Estamos voltando pelo mesmo caminho e parece que agora tem mais infectados na rua do que antes, Henry anda em alta velocidade, alta demais para uma pista molhada.

-Henry vai mais devagar ou vamos morrer não pelos infectados, mas sim por um acidente. Falo para ele.

-Me desculpe Josh, é que estou nervoso pelo que aconteceu agora pouco. Henry fala diminuindo a velocidade.

Um tempo depois estamos chegando ao prédio, de onde estávamos já dava para ver Ana e Willian na frente do prédio esperando, mas com íamos avisar que o plano não deu certo? Henry começa a dar sinais com o farol, mas eles não entendem e continuam esperando, até que vejo Willian falando com Ana e os dois correm para trás do prédio.

-Eles perceberam, vamos para perto do beco. Falo para Henry.

Ele estaciona ao lado do beco que da acesso a porta de ferro e nós descemos do caminhão e corremos para lá, na porta Willian estava nos esperando Henry e Kenan entram na frente e logo que eu entro Ana tranca a porta.

-Josh você esta sangrando. Fala Ana.

-Tivemos problemas na loja, o plano não deu certo... Willian eu quero falar com você. Falo para Willian.

Eu e Willian subimos dois andares e vamos até um apartamento no fim do corredor, lá nós começamos a conversar.

-O que houve Josh?

-Willian, a missão foi um desastre, a loja estava cercada de infectados, e no meio da confusão eu acabei sendo mordido.

-Ah droga... Isso é um problema. Fala Willian olhando pela janela.

-Você acha que isso pode piorar minha situação?

-Pode ser, mas não tem como ter certeza.

-Mas o vírus não é o mesmo, por que isso pode piorar as coisas? Pergunto para Willian.

-Você tinha sido exposto ao vírus na sua forma pura, agora o vírus já tinha se misturado com o DNA humano, não podemos ter certeza da sua reação, mas as chances disso acelerar o processo são de cinqüenta por cento, assim como as chances de você continuar na mesma.

-Mas isso só piora uma situação já ruim, pois do mesmo jeito eu vou acabar me transformando em uma daquelas coisas, eu não posso arriscar infectar vocês, tenho que sair daqui antes que aconteça.

-Não, você tem que esperar, talvez nós possamos fazer alguma coisa.

-NÃO ADIANTA, se você não pode fazer nada até agora, então não tem jeito.

-Mas pode ser que isso só aconteça daqui alguns dias talvez semanas.

-Ou pode acontecer daqui algumas horas ou minutos, nós não podemos arriscar, vamos contar para os outros e eles vão decidir o que vai acontecer. Viro as costas e saio andando.

Desço alguns andares e me encontro com o resto do grupo, Willian desce logo atrás de mim e fica me olhando como se eu estivesse cometendo um erro.

-Pessoal, eu tenho uma coisa para falar.

Todos olham para mim esperando a noticia.

-Eu tenho uma péssima noticia para vocês, e principalmente pra mim... Antes que pudesse terminar Kenan fala.

-Você esta infectado, não é?

Fico um pouco sem reação, mas logo falo.

-Sim.

Todos abaixam a cabeça.

-Como você sabe Kenan? Pergunto a ele.

-Eu não sou burro Josh, naquela hora no caminhão deu para ver que não era uma ferida do vidro.

-Sim, mas a situação é um pouco pior, eu estou infectado desde o momento que encontrei Ana.

Todos olham para mim assustados.

-Eu era segurança do laboratório que produziu o vírus, e eu estava lá quando ele foi liberado.

-E por que não nos contou antes? Perguntou Henry.

-Por que antes as reações podiam ser monitoradas e talvez eu ainda tivesse uma chance, mas agora que fui mordido a situação piorou, não tem como prever o que vai acontecer, então eu decidi contar para vocês e vocês vão decidir o que vai acontecer comigo.

Todos ficam quietos sem saber o que dizer ou fazer, até que Henry fala.

-Vamos nos reunir lá em cima e decidir qual é a melhor solução.

Todos concordam com a cabeça e sobem as escadas, eu me sento em uma cadeira e fico olhando por um buraco entre as madeiras da janela, a chuva não para e tem alguns infectados na rua, fico pensando que seria melhor que me mandassem embora, provavelmente Willian esta tentando convencer os outros a me deixar ficar, espero que não concordem com ele, não sei qual o interesse de Willian em mim para querer que fique.

Depois que meia hora eles descem as escadas e pareciam estar tristes, Kenan toma a frente e fala.

-Josh, nós conversamos muito e apesar de ninguém querer que isso acontecesse decidimos mandar você embora, nós não podemos nos arriscar tanto assim, nós vamos te dar armas e uma mochila com comida e água, mas não podemos deixar que você continue aqui.

-Eu entendo, e também acho que foi a melhor escolha, vou pegar minhas coisas e procurar outro lugar para ficar no tempo que ainda tenho.

Subo e pego algumas coisas, uma faca, minha pistola e um outro mapa que tinha no apartamento que eu estava. Coloco a m16 no sofá e vou sair quando vejo Henry na porta.

-Pode levar o rifle.

-Não ele vai ser mais útil para vocês, e seria mais difícil carregar ele quando tivesse que correr e pular muros, eu só queria outro pistola como a minha e mais um pouco de munição. Falo para Henry.

-Eu vou providenciar isso, Josh eu não queria que isso acontecesse, mas não tem outro jeito. Fala Henry

-Não tem problema, eu faria o mesmo em seu lugar, enquanto a mochila de mantimentos? Pergunto a Henry.

-Ana esta preparando, não tem mais nada que você queira?

-Na verdade, se pudesse ma arrumar um machado bem afiado seria ótimo. Falo sorrindo.

-Esta bem, eu vou buscar. Fala Henry já andando.

Pego as minhas coisas e desço pela escada, sinto um frio na barriga por saber que vou ter que sair sozinho no meio daquelas criaturas, por um instante penso em pedir para eles me deixarem ficar, mas seria muito perigoso, antes de chegar ao primeiro andar encontro Willian que parecia estar me esperando.

-Josh, eu quero falar com você. Fala ele com uma cara seria.

-Pode falar.

-Você sabe que Ana também esta infectada, eu estava pensando em falar para os outros sobre ela também.

Paro de andar e ólho seriamente para Willian e falo.

-Você sabe muito bem que mesmo antes da mordida ela tinha mais chances do que eu, e você vai me prometer que tudo que você ia fazer por mim, agora você vai fazer por ela, e não vai falar nada para os outros por enquanto.

-Esta bem, eu prometo. Fala Willian um pouco assustado com minha reação.

Continuo andando até que chego ao primeiro andar onde estão todos inclusive Henry que estava com o machado na mão, em cima de uma mesa estava à mochila com mantimentos e a pistola com munição que havia pedido.

-Então pessoal, foi bom conhecer vocês, mas agora tenho que ir, já ta meio tarde sabe. Falo com um tom sarcástico.

Kenan da um passo a frente e fala.

-Josh, sem você talvez agente já tivesse morrido, você salvou as nossas vidas, e agora para que agente possa ter uma chance a mais você vai ir embora, ninguém aqui queria que fosse assim, mas não temos outra opção.

-Agora que terminou o texto ensaiado, eu tenho que ir. Falo sorrindo, eles também riem, mas logo todos ficam sérios.

Vou até a mesa e pego a mochila junto com a arma e munição, coloco a arma do lado esquerdo, pois a minha já estava do lado direito, mão sei por que eu sinto que posso atirar com a mão esquerda sem problemas, talvez eu fosse ambidestro com armas. Henry se aproxima e me entrega o machado, pego um pedaço de corda e dou um jeito de prendê-lo na mochila assim ficando com o machado entre as minhas costas e a mochila. Sigo em direção ao porão quando Henry fala.

-Nós vamos com você até lá.

Todos me acompanham até a porta e depois de verificar se não tinha nenhum infectado do outro lado Ana puxa as chaves do bolso, Todos se despedem de mim e quando estava prestes a sair paro e falo.

-Vocês vão me prometer uma coisa.

-O que? Pergunta-me Ana.

-Me prometam que vocês vão sobreviver para contar essa historia para seus netos. Falo sorrindo, mas por dentro estava preocupado.

-Pode deixar. Fala Ana com os outros acenando com a cabeça positivamente.

Viro as costas e saio andando, escuto a porta se fechando atrás de mim, a chuva estava forte, havia três infectados na rua, mas não tinham me percebido ainda, saio correndo e ólho no mapa, descido subir a rua, percebo que se chegar até o final dela e virar a esquerda posso chegar em uma fabrica onde posso me esconder. Corro o mais rápido que posso quando vejo que os infectados não me perceberam, continuo andando pela chuva que não para, isso pode ser um problema, pois a chuva atrapalha minha visão da rua, ando rápido para não demorar tanto. Depois de uns cinco minutos andando vejo no meio da chuva a silhueta de uma pessoa, possivelmente um infectado, coloco a mão em minha arma e ando de vagar quando percebo que ele esta distraído, puxo o machado e ando em sua direção, depois de uma certa distancia já tinha certeza que era um infectado, pois faltava um pedaço de seu braço e estava muito ferido, quando chego a uma distancia boa corro pra cima dele que se vira abruptamente e me ataca, mas tarde de mais, encravo meu machado em sua cabeça e a criatura cai no chão, continuo andando agora com o machado na mão, pois posso ser pego de surpresa.

Depois de quase quinze minutos após ter saído do prédio passo pela rua que havíamos usado para chegar a serralheria, mas desta vez tenho que seguir reto, havia passado na frente da casa de Henry e vi o portão quebrado, talvez tenham conseguido entrar. A chuva começa a diminuir, mas para meu azar esta anoitecendo também, hoje não é meu dia penso comigo, estou passando por algumas casas quando vejo um grupo de infectados a minha frente, conto cinco, quando penso em sacar minha arma um deles solta um berro e corre em minha direção, os outros os acompanham, saco a minha arma e disparo acertando a cabeça de um por sorte, mas não da pra enfrentar os outros sozinho, corro para uma das casas que parece ter um portão resistente, pulo no portão e começo a escala-lo, mas com a mochila pesada fico mais lento e uma das criaturas consegue segurar minha perna, começo a chutar sua cabeça mas ele não solta, levanto minha perna como se fosse chutar uma bola e acerto a cabeça do infectado a esmagando contra o portão, pulo para o outro lado e vejo que por mais que tentem não conseguem pular o portão, eu guardo a minha arma que ainda estava em minha mão e puxo o machado. A porta da frente estava aberta e a casa não parecia bagunçada, isso é um bom sinal, ando vagarosamente pela casa que tem dois andares, depois de andar por todo o primeiro andar que tinha uma sala de jantar, uma cozinha, um banheiro e um quarto cheio de tranqueira, começo a subir as escadas para o segundo, saio em uma sala de estar e vejo um corredor que da para os quartos, ando bem devagar apesar de estar convencido que a casa estava vazia, o corredor é comprido, ólho a primeira porta com um quarto de casal, não havia nada lá, continuo andando e escuto um barulho na ultima porta, quando dou dois passos ólho para o chão e vejo uma mancha, me abaixo para ver e apesar de estar um pouco escuro percebo que é sangue, isso não é bom, quando me levanto para ir até a ultima porta escuto outro som que vem da porta ao meu lado, coloco a mão na maçaneta e a giro, a porta esta destrancada, a empurro bem lentamente quando algo vem em minha direção, graças ao meu reflexo consigo desviar e o objeto bate na beira da porta a abrindo por completo, vejo uma garota correndo para o fundo do quarto com um taco de beisebol na mão.

-Calma, eu não sou uma daquelas criaturas. Falo para ela.

-Então quem é você? Pergunta-me com um tom de nervosismo.

-Eu estava passando aqui na frente e fui atacado, pulei o portão e entrei já que a porta estava aberta.

-E o que você quer?

-Só quero um lugar para ficar por enquanto. Falo abaixando o machado.

Ela abaixa o taco e acende a luz, a garota não deve ter mais de dezesseis anos e pelo seu rosto vejo que esta bastante assustada, ela tem os cabelos pretos e lisos até o ombro é branca e tem os olhos verdes.

-Você esta sozinho? Ela me pergunta.

-Sim, e você esta sozinha nessa casa?

Vejo o medo se transformando e tristeza em seu rosto.

-Não, meus pais estão presos no banheiro... eles se transformaram... naquelas coisas. Apesar da tristeza ela não chora, percebo que para uma garota ela é bem forte.

-Me conte o que aconteceu aqui.

-Ah alguns dias meu pai saio de casa e minutos depois voltou com o braço sangrando muito, ele falou que um louco mordeu ele, quando chegou à sala de estar ele caio e minha mãe se aproximou para ajudar quando ele se levantou e a mordeu também, eu estava no meu quarto e ele correu pra cima de mim, eu peguei o taco de beisebol e o acertei mais logo em seguida a minha mãe se levantou e também me atacou, eu corri para o banheiro e eles entraram atrás de mim, eu consegui sair e trancar eles lá.

-E só moram vocês três aqui?

-Não, eu tenho um irmão mais velho, mas ele tinha saído, quando fui sair para procurá-lo aquelas coisas já estavam por toda parte, então eu fiquei aqui.

-Eu posso ficar aqui por enquanto?

-Você é a primeira pessoa viva mesmo que eu vejo em dois dias, e pela roupa você é militar então acho que não tem problema.

-Vamos para sala, eu preciso deixar essa mochila lá. Falo já andando.

Ela me segue e quando coloco a mochila no sofá ela me pergunta.

-Qual o seu nome?

-Meu nome é Josh e o seu?

-É Sara como você sobreviveu todo esse tempo lá fora?

-Acho que dei sorte.

Apesar de não gostar de mentir não a outra escolha, se eu contar a verdade ela não vai querer que eu fique aqui, mas se eu for ela não vai sobreviver, pois a comida vai acabar e ela não vai poder sair para procurar mais, e se sair não vai ter chance contra aquelas coisas.

-Vamos levar essas coisas para a cozinha. Falo para ela.

Nós descemos as escadas e vamos até a cozinha, lá esvaziamos a mochila e guardamos tudo.

-Ainda tem algum canal de televisão pegando, ou radio. Pergunto a ela.

-Não, hoje eu olhei e não achei nenhum que ainda estivesse transmitindo.

-Hoje? Quando você viu a ultima transmissão?

-Ontem ainda tinha um canal funcionando.

-E o que falaram?

-Parece que essa doença já ta dominando as cidades ao redor desta. Fala Sara com a cabeça abaixada.

-Droga, foi muito rápido... Antes de terminar de falar escuto pancadas no andar de cima.

-Fique aqui, não suba de jeito nenhum, pegue isso. Entrego o machado a ela.

Subo as escadas correndo já com a arma na mão, vejo a ultima porta tremendo muito, começo a correr pelo corredor, mas antes de chegar até lá a porta se abre e o casal vem para cima de mim, levanto a arma de dou apenas dois disparos, os dois caem mortos, desta vez para sempre.

Desço as escadas e vejo Sara com um rosto muito assustado.

-Você os matou?

-Não tive escolha, eles escaparam do banheiro.

Ela começa a chorar, eu me sento em uma cadeira e fico pensando no que fazer. Depois de alguns minutos Sara para de chorar, eu tenho uma idéia que não é muito legal, mas é o único jeito, vou jogá-los para o quintal do vizinho, se queima-los a fumaça pode atrair infectados, e se jogar o corpo na rua também pode atrai-los.

Vou até Sara e conto meu plano, ela não parece gostar muito, mas sabe que é o único jeito, chego a ficar surpreso com racionalidade dela, outra pessoa estaria quase em estado e choque. Subo as escadas e vou até o quarto do casal, pego dois lençóis e enrolo os corpos, falei para Sara ficar no banheiro enquanto faço tudo, seria ruim para ela ver os pais nesse estado. Depois de bastante esforço consigo levá-los até o quintal, já estava escuro, mas a luz da sala clareava o lugar onde eu estava, pego uma caixa de madeira que estava por ali, depois de pegar um corpo eu subo nela e com um pouco de dificuldade consigo jogar o corpo, faço o mesmo com o outro, eles eram magros então não eram muito pesados, entro na casa me sentindo mal por ter feito aquilo, vou até o banheiro e falo para ela que já pode sair, ela parece ter chorado mais um pouco.

-Já esta tarde, temos de descansar. Falo para Sara.

-Sim, você pode ficar no quarto dos meus pais. Ela fala e sobe as escadas.

Depois de alguns minutos eu também subo e fico na sala, encontrar Sara me fez pensar se eu tenho uma família, mulher ou filhos, acho que nesse momento é melhor nem saber. Depois de quase uma hora resolvo ir dormir, sigo para o quarto e me deito...

Acordo assustado escutando gritos penso imediatamente e em Sara, pego minha arma na mesa de cabeceira e corro para seu quarto sem pensar em nada, quando entro vejo que esta tudo normal, Sara esta se debatendo na cama, me aproximo meio sem saber o que fazer e falo.

-Calma esta tudo bem, é só um pesadelo.

Ela abre os olhos e fala.

-Ah, obrigada. E dorme novamente.

Provavelmente ela nem vai se lembrar o que aconteceu, volto para o quarto e me deito ólho para o relógio e vejo que já é três da madrugada, apesar das preocupações o cansaço vence e acabo caindo no sono.

Acordo assustado, coisa que já esta ficando comum para mim, a casa esta silenciosa, ólho para o relógio e vejo que é seis da manhã, penso por algum motivo que tenho que ver se esta tudo bem com Sara, desde que isso tudo começou nunca pensei que teria que tomar conta de uma adolescente, penso comigo, me levanto e vou até o quarto de Sara, abro a porta bem lentamente e vejo que ela ainda esta dormindo, fecho a porta e vou para a cozinha, mas chegando à escada sinto uma dor de cabeça muito forte, quase despenco da escada, mas consigo me sentar no degrau, a dor de cabeça esta quase insuportável quando de repente some, depois de me recuperar desço as escadas e penso, o que vou fazer com Sara, estou infectado e não posso arriscar a vida dela, mas é muito perigoso sair na rua com alguém que não sabe usar uma arma. Enquanto penso preparo dois sanduíches e deixo um em cima da mesa para ela, depois de comer o meu sanduíche e vou até o quintal da casa para ver a situação da rua, ao sair chego a me assustar, vejo no mínimo dez infectados na frente da casa, apesar de não estarem no portão eles representam perigo, volto para dentro e vejo Sara sentada à mesa comendo o sanduíche.

-Ele era seu? Pergunta Sara.

-Não, tinha feito para você.

-Obrigada, e obrigada por ontem à noite, eu estava tendo um pesadelo horrível. Sara fala de cabeça baixa, provavelmente o pesadelo era com seus pais.

-Eu tenho que te tirar daqui. Falo para Sara.

-Por que, nós estamos seguros aqui, não é?

O portão é forte, mas a comida deles esta ficando escassa, e logo vão tentar pegar mais, de qualquer modo. Na verdade eu queria levá-la até o prédio onde estava e deixa-la com meus amigos antes de me transformar, mas sem saber quando vou sofrer a mutação e quando vai dar para sair daqui fica muito difícil.

-Mas para onde vamos? Pergunta-me Sara preocupada.

-Eu conheço um lugar, mas não se preocupe, não vamos fazer nada agora.

-Esta bem.

-Tem alguma passagem para o teto da casa? Pergunto a Sara.

-Sim, vem comigo.

Sigo-a até uma escada escondida no teto do segundo andar, no corredor nos quartos, subo até um sótão e lá havia outra escada que dava para o teto, a subo e ólho lá de cima, a casa tinha uma boa visão, mas não dava para ver o prédio, a rua estava infestada de infectados e não me vinha nenhuma idéia na cabeça para que chegássemos até lá.

-Temos um problema Sara.

-Qual?

-A rua esta infestada e eu não sei como chegar até lá.

-Então vamos ficar aqui até as coisas ficarem melhor. Fala Sara já indo para a escada.

Nós descemos até a cozinha e ficamos lá quietos, depois de um tempo eu presto atenção em cima de um armário e vejo um radio.

-De quem é aquele radio? Pergunto já indo na direção ao armário.

-É do meu pai, mais eu não consegui nenhum sinal.

Eu pego o radio e começo a mudar de freqüência, mas não acho nada, depois de vários minutos tentando eu escuto algo.

--Alguém na escuta? Pelo amor de Deus se alguém estiver escutando responda.

-Aqui é Josh Ryder, quem fala.

--Sou Denis, é bom saber que tem mais gente viva, tem mais alguém com você.

-Só mais uma pessoa e com você?

--Estou em um abrigo do exercito, na fabrica de ferragens, vocês estão próximos?

-Sim nós estamos, mas tem muitos infectados na rua estamos com dificuldades de sair daqui.

--Nós temos um grupo de resgate aqui, se conseguir um veículo podemos mandá-los para escoltar vocês até aqui, seria mais fácil do que vocês terem que entrar no veiculo do exercito.

No momento me lembro de ter visto um carro na garagem do vizinho, e rapidamente bolo um plano.

-Mande o grupo para a rua da loja de armas no numero 143, daqui uma hora vamos esperar.

--Esta bem, e boa sorte, cambio e desligo.

Ele desliga o radio, eu penso rapidamente em o que fazer primeiro e falo para Sara.

-Sara pegue todo o alimento que poder e coloque na mochila, nós vamos para um abrigo.

Ela sem falar nada sai correndo pega a mochila e começa a encher, eu corro até o segundo andar e pego minha outra arma e toda munição que consigo encontrar, depois de pegar tudo, coloco munição que esta sobrando em uma bolsa e desço. Sara já esta terminando de encher e mochila.

-Sara depois que terminar ai me encontre do lado de fora.

-Esta bem.

Eu saio e começo a andar pelo quintal, pego três caixotes de madeira e os coloco empilhados no muro que separa as duas casas, logo Sara esta saindo com a mochila cheia.

-Sara me de essa mochila e suba nos caixotes, veja se não tem ninguém do outro lado e depois pule.

-Esta bem.

Ela me entrega a mochila e sobe nos caixotes, depois de subir em cima do muro ela fala.

-Não estou vendo ninguém.

-Então pule e me espere ai.

Ela pula para o outro lado e eu subo nas caixas, de cima do muro posso ver o carro e parece que a casa esta vazia, eu pulo para o outro lado é quando eu escuto um barulho na porta da casa e vejo um homem sem parte do braço e muito ferido correndo em nossa direção, Sara fica imóvel de medo, sem tempo de sacar a arma eu corro para cima dele e dou-lhe uma trombada o derrubando no chão, ele se levanta rapidamente e começamos lutar quando escuto Sara.

-CUIDADO.

Ólho para porta e vejo uma mulher também muito ferida, ela corre para cima de mim e acabo caindo com os dois em cima de mim, eles me batem desesperadamente, mas eu consigo segura-los pelo pescoço cada um em uma mão, mas estava difícil ele eram fortes, bato a cabeça de um no outro e eles parecem ficar um pouco atordoados, mas não desistem quando escuto uma pancada e a mulher cai para o lado, com a mão livre eu seguro a cabeça do infectado e quebro-lhe o pescoço, ele ainda esta vivo, mas não consegue se mover, me levanto e vejo Sara com o machado na mão e com os olhos arregalados, piso na cabeça do infectado que ainda estava vivo.

-Sara, vamos temos que achar a chave do carro.

Sara olha para mim meio confusa e fala.

-Esta bem.

Nós dois entramos e começamos a revirar a casa, que por sorte não era muito grande, mechemos em tudo, arrancamos gavetas, tiramos os moveis do lugar, mas nada de encontrar a chave falta dez minutos para os soldados chegarem e nada da chave, me sento em uma cadeira e começo a pensar quando ólho para perto da pia e vejo uma bolsa com algumas roupas caídas do lado de fora.

-Sara, já sei onde estão as chaves. Falo e corro para fora.

Aproximo-me do corpo do homem e escuto Ana falando.

-O que esta fazendo?

Eu mexo nos bolsos dele quando sinto algo, quando puxo vejo um molho de chaves e junto a elas estava à chave do carro.

-Vamos logo Sara entre no carro.

Abro a porta para ela que entra rapidamente, eu ligo o carro e vou até o portão, há alguns infectados na rua, mas não muitos, de repente escuto o motor de um caminhão, volto para o carro correndo e sento no lugar do motorista.

-Josh você não vai abrir o portão?

-Se eu abrir essas criaturas entram então se segura por que nós vamos ter que abrir o portão à força.

O barulho do motor estava mais perto e junto com ele ouvia barulho de tiros, aparentemente armas pesadas, quando o barulho já estava bem perto vejo um caminhão passando, e também vejo por que seria mais fácil pegarmos um carro, era um caminhão baú improvisado, com placas de metal reforçando e três “janelas” cortadas na lataria em cada lado do caminhão com soldados atirando, a rua era larga então o caminhão fez a curva ali mesmo, ele começa a buzinar é quando eu começo a acelerar sem sair do lugar, e solto o carro com tudo em cima do portão que cai mais fácil do que eu imaginava, o caminhão começa andar na direção em que veio e eu o sigo, os infectados que aparecem logo são derrubados por tiros certeiros que saem do caminhão. Andamos por três minutos até virar a esquerda, logo percebo que a fabrica que eles estão alojados é a mesma que eu pretendia ir, depois de mais uns sete minutos andando já posso ver a fabrica que tem alguns soldados em guaritas improvisadas.

-Aqui vamos estar mais seguros. Fala Sara aliviada ao ver a fabrica.

Infelizmente não poderei ficar muito tempo, não posso colocar em risco uma base militar dessas, e tenho que avisar Kenan e os outros que ficaram no prédio, os portões da base começam a se abrir agora vamos ver o que vai acontecer.

IanFir
Enviado por IanFir em 01/05/2010
Reeditado em 14/06/2010
Código do texto: T2231592
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