Dia da mulher ou A Princesa Vampira

Era um dia especial.

E ele sabia disso.

Um odor fresco e adocicado pairava no ar.

A lua com todo sua magia brilhava.

Do local onde ele se escondia,

podia ver casais passando.

Com flores, presentes, risos....

Que dia seria ?

Sua curiosidade aguçou-se.

Ele estava com sede.

Doze horas dormindo.

Pessoas continuavam a caminhar.

Casais.

De repente uma moça.

Caminha sozinha e triste.

A vítima perfeita.

Se aproxima. Galante.

Puxa assunto.

Ela corresponde.

Sorri.

Que dia é hoje?

Ele questiona.

Dia da mulher. Diz ela.

Como não sabe disso?

Um tão educado rapaz.

Ele fica sem jeito.

E você? Por que passeia sozinha?

Não tenho ninguém. Baixando o olhar para o chão.

Agora você tem, completa ele.

Ele se aproxima e a beija no rosto.

O aroma dela o embriaga. Entorpece.

Ela ri. Ele se cala.

Outro beijo.

Descontrole. Caninos.

O cheiro. A sede. Ela percebe o que vai acontecer.

O abraça e oferece a jugular.

Ela não tem nada a perder.

Sente a picada fatal. O sangue saindo.

Devagar. Dor. Prazer. Ardor.

Os sentidos se perdendo.

O fim. O abraço.

Barulho de asas. Asas enormes se abrindo.

De repente, a sensação de voar.

Acorda em uma cama arrumada.

A seu lado um ser alado, pálido e lindo.

-Feliz Dia da Mulher.

Como vc não tinha nada, te fiz minha princesa.

Para sempre vagará junto a mim na escuridão da noite.

Ela sente seus caninos maiores e algo incomodando suas costas.

Paulo Sutto
Enviado por Paulo Sutto em 08/03/2010
Reeditado em 08/03/2010
Código do texto: T2126976
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