Dia da mulher ou A Princesa Vampira
Era um dia especial.
E ele sabia disso.
Um odor fresco e adocicado pairava no ar.
A lua com todo sua magia brilhava.
Do local onde ele se escondia,
podia ver casais passando.
Com flores, presentes, risos....
Que dia seria ?
Sua curiosidade aguçou-se.
Ele estava com sede.
Doze horas dormindo.
Pessoas continuavam a caminhar.
Casais.
De repente uma moça.
Caminha sozinha e triste.
A vítima perfeita.
Se aproxima. Galante.
Puxa assunto.
Ela corresponde.
Sorri.
Que dia é hoje?
Ele questiona.
Dia da mulher. Diz ela.
Como não sabe disso?
Um tão educado rapaz.
Ele fica sem jeito.
E você? Por que passeia sozinha?
Não tenho ninguém. Baixando o olhar para o chão.
Agora você tem, completa ele.
Ele se aproxima e a beija no rosto.
O aroma dela o embriaga. Entorpece.
Ela ri. Ele se cala.
Outro beijo.
Descontrole. Caninos.
O cheiro. A sede. Ela percebe o que vai acontecer.
O abraça e oferece a jugular.
Ela não tem nada a perder.
Sente a picada fatal. O sangue saindo.
Devagar. Dor. Prazer. Ardor.
Os sentidos se perdendo.
O fim. O abraço.
Barulho de asas. Asas enormes se abrindo.
De repente, a sensação de voar.
Acorda em uma cama arrumada.
A seu lado um ser alado, pálido e lindo.
-Feliz Dia da Mulher.
Como vc não tinha nada, te fiz minha princesa.
Para sempre vagará junto a mim na escuridão da noite.
Ela sente seus caninos maiores e algo incomodando suas costas.