O Necrófilo...
O fogo crepita na lareira. O vinho no copo com marcas de batom. Ele fuma um cigarro. Olhando o corpo caído. O vestido colante. Mostra as curvas dela. A garrafa do uísque barato. Com teor de acima de quarenta por cento de volume alcoólico. Esta do meio para o fim. Ela não bebia, não fumava. Já ele é viciado em tudo! Principalmente em sexo. Compulsivo, não tem hora para extravasar sua libido.
Antes de chegar a casa, foi até a farmácia e pegou sua encomenda. Dois envelopes de uns comprimidos. Que ela tinha alergia. Passou no centro de conveniência do posto comprou: uma garrafa de vinho tinto, de mesa suave. A marca não importa, era o ultimo que ela irá beber! Pensou e sorriu sarcástico. Já a escolha do litro de uísque. Escolhe de sua preferência. Barato e forte!
Do carro ligou avisando:
Querida. Vista aquele seu vestido. Que te deixa linda e gostosa. Prepara a mesa com o meu e o seu prato preferido. Que hoje a noite promete. E deveras ele cumpriu a promessa. Chega na hora marcada. Sobe para suíte. Ela já esta exuberante! No seu vestido magnífico. Ele aprecia aquele corpo. Da mesma forma que o contempla ali deitado jogado no chão. Toma outra dose. Acende mais um cigarro. E refaz na mente seus passos.
Toma o banho por meia hora. Sente o cheiro da comida servida. Contudo divisa o perfume dela. Seu peito infla. O desejo de possuí-la o domina. Desce tenso. Aquilo o excita. O antes. A preparação. A adrenalina de ser descoberto. O sangue corre nas veias como um jato. O coração dispara. As mãos suam. Os olhos arregalam, troca mais alguma palavra. Para mantê-la mais alguns minutos na cozinha. O tempo suficiente dela tira o gele das formas e colocá-los no balde. E dele agir.
Faz o coquetel mortal. Vinho e os comprimimos. Ele a serve. Antes, porém faz seu drink. Brindam! Ele bebe num só gole. Ela ingere apenas meia dose que ele serviu. A ação foi quase que instantânea. Ela sente que a morte chega. Tenta correr, mas cai. Ele senta e a vê agonizando. Enquanto a morte lhe ceifa a vida.
Ele fuma o ultimo cigarro. Vira a ultima dose de uísque na garganta. Levanta vai até o corpo caído. Suspira fundo. Deita ao lado do corpo gélido e inerte. E num desejo descomunal. Rasga o vestido dela deixando-a toda nua. E a possui. Saciando o seu mais sinistro vicio...
Os jornais do dia seguinte trás a manchete de capa.
O necrófilo ataca novamente!