(Holocausto zumbi)Capitulo 6: De terror a salvação.

Capitulo 6: De terror a salvação.

A execução do plano.

Estávamos prontos para executar o plano, estava tudo certo, a rua por sorte estava vazia, já estávamos no portão, Henry o destrancou e saímos com as pistolas nas mãos, íamos deixar para usar as armas mais pesadas no prédio, andamos rápido, mas com cautela, eu estava na frente vendo se estava tudo limpo, andamos um pouco e logo avistei o prédio, havia três infectados do lado de fora parados com o olhar fixo em um ponto, pareciam estatuas, guardo a pistola e pego o rifle os outros também pegam suas armas mais pesadas.

-Henry, pode acertar aqueles três do lado de fora enquanto nos aproximamos? Pergunto para Henry.

-Sim, eu consigo.

-Então nós vamos nos aproximar devagar e quando eles perceberem nossa presença você atira, e logo depois corre para nos alcançar.

-Esta bem.

Começamos a nos aproximar, os infectados continuam parados bem na frente da porta, não entendo por que eles ficavam daquele jeito, quando estávamos a uns cinco metros um deles nos percebe, parece que sentiu nosso cheiro, quando ele vai correr escuto um disparo e os miolos da criatura voam, os outros dois escutam o tiro e vêem em nossa direção rapidamente escuto outro disparo e o infectado que estava mais na frente cai, Kenan toma a frente e dispara com a calibre doze bem na cabeça do infectado que explode, agora o caminho estava livre para a porta, o plano seria que eu entraria na frente e ficaria abaixado com o rifle e logo atrás de mim Ana e Marcos usariam as submetralhadoras atirando em tudo que se movesse.

Fico encostado ao lado da porta, respiro fundo e me viro para dentro do prédio, me ajoelho na porta e tenho uma surpresa, quase todos os infectados estavam ali na minha frente, não tinha mais como voltar atrás, Ana e Marcos já estavam nas minhas costas e os infectados já estavam vindo em nossa direção, sem mais opções eu começo atirar e logo em seguida os dois atrás de mim também atiram, as balas atravessam os corpos podres dos infectados, papeis e espuma dos moveis estofados voam por toda parte, apesar de atirar repetidamente tento economizar balas, no meio do grande barulho das armas escuto um disparo de calibre doze vindo de fora e logo em seguida uma rajada de tiros de pistola, fico preocupado mas continuo atirando, a arma esta ficando mais leve, as balas devem estar acabando penso comigo, as criaturas caem rapidamente em pouco tempo já não ha mais infectados perto da porta, olho rapidamente para trás e vejo Kenan com a espingarda na mão e Henry com uma pistola, estavam apreensivos.

-Kenan traga os outros, vamos terminar de limpar esse lugar. Falo em voz alta.

Todos entram, eu fecho a porta e bato as mãos no bolso procurando o molho de chaves que eu tinha, mas não encontro.

-As chaves estão comigo. Fala Ana se aproximando.

-Então tranque a porta e vamos continuar.

-Você acha que é uma boa idéia trancar a porta com aquelas coisas aqui dentro? Pergunta Henry.

-Se deixarmos a porta aberta vamos correr mais riscos ainda. Fala Kenan.

-Eu contei vinte e dois infectados que matamos aqui dentro, deve haver mais uns oito por ai, Ana você e Dr. Craven levem as bolsas para o segundo andar, eu e os outros vamos procurar os infectados que restam.

-O que vamos fazer? Pergunta Marcos, Ana e Willian já estão indo para o segundo andar.

-Nós vamos nos separar, Henry vem comigo e você e Kenan vão para o outro lado. Falo para todos que acenam afirmando com a cabeça.

O primeiro andar não é muito grande, o lugar que estávamos era a recepção lá saiam dois corredores que davam para o salão principal, cada dupla foi para um corredor, logo que nos separamos ouvi dois tiros vindo do outro corredor, mas continuo andando.

-Então você é soldado né? Pergunta Henry em voz baixa.

-Parece que sim.

-E como é ser um soldado?

-Não sei.

-Como não sabe? Você é um soldado.

-Eu acordei no laboratório Genesi aqui perto e não me lembro de nada da minha vida antes e acordar lá, apenas algumas coisas que eu não consigo entender.

-Nossa que situação hein amigo.

-Não se preocupe comigo, vamos nos preocupar em ficar vivos.

Quando ólho para trás vejo Henry com uma expressão seria no rosto, ele levanta a pistola e dispara, quando olho para frente vejo dois infectados vindo em nossa direção, o tiro de Henry acerta o ombro e um deles.

-ACERTE NA CABEÇA. Grito para Henry.

Levanto a minha pistola e disparo duas vezes acertando um tiro no peito e outro na cabeça da criatura, Henry dispara novamente e acerta bem no olho do infectado que cai, continuamos andando alertas com tudo que se movesse, escutamos mais dois tiros de pistola e logo em seguida uma pequena rajada de submetralhadora, começamos a andar mais rápido para encontrar os outros no salão principal, quando chegamos lá vimos que esta tudo empoeirado, com certeza não usavam esse prédio a um bom tempo, antes que conseguisse olhar para todo o salão um homem pula em cima de mim fazendo com que eu batesse contra uma parede, o infectado esta com uma grande ferida no pescoço e não tem uma das mãos, ele se debate tentando me morder mas não consegue, vejo Henry tentando mirar, mas tem muita dificuldade pela movimentação, e acerto socos nos rosto do infectado mas ele não se importa, eu puxo a faca que esta presa na minha coxa e enfio bem no olho da criatura, metade da lamina entra em sua cabeça e ele para de se debater, eu jogo o corpo pro lado e tiro a faca de seu olho a guardando na bainha.

-Você esta bem? Pergunta Henry em voz baixa.

-Sim estou. Respondo.

Pego minha pistola no chão e ólho para o salão principal, esta cheia de mesas e cadeira empoeiradas, a principio não vejo mais nenhum infectado, consigo ver o outro corredor da onde estou, mas não vejo Marcos e Kenan, fico esperando atentamente os dois aparecerem no corredor, mas nem um sinal deles, faço um sinal para que Henry me siga e começo a andar na direção do corredor, estou andando lentamente quando vejo um homem se levantando do outro lado da sala, eu miro em sua cabeça quando ele pega um cadeira e arremessa contra nós dois, o pé da cadeira acerta a minha mão mas acaba derrubando Henry, quando tento mirar novamente outro infectado se levanta entre as mesas e corre em minha direção, eu miro nele mas ele já esta muito perto, eu tento me proteger quando escuto um disparo e a criatura cai, olho para o lado e vejo Marcos e Kenan saindo do corredor, eu miro para o infectado que lançou a cadeira e disparo acertando bem entre os olhos, Marcos e Kenan se aproximam enquanto eu ajudo Henry a se levantar.

-Vocês estão bem? Pergunta Marcos para nós.

-Sim estamos, obrigado pela ajuda. Respondo.

-Nós já olhamos todo o primeiro andar, acho que não tem mais nada aqui. Fala Kenan.

-Você tem razão, vamos para os segundo andar achar Ana e Willian. Falo para todos.

Nós começamos a andar em direção ao corredor que Marcos veio, estamos andando devagar, pois foi um plano exaustivo o que tínhamos acabado de fazer, estou na frente de todos quando escuto.

-AAAAHHH, DROGA.

Ólho para trás e vejo Marcos puxando a pistola e disparando para o chão, quando ólho para o chão vejo o infectado que ele havia acertado mordendo a perna dele, o tiro que havia disparado antes apenas havia acertado o ombro do monstro, ele dispara contra a cabeça do infectado que morre de vez, com a dor da mordida ele cai no chão, corro em sua direção e ólho o ferimento, foi grave iria precisar de alguns pontos, eu o ajudo a levantar e juntamente com Kenan o levamos até o segundo andar, chegando lá encontramos Ana já na porta da escada.

-O que aconteceu com ele? Pergunta Ana assustada.

-Ele foi mordido na perna, chame o Dr. Craven. Fala Kenan, Ana corre, mas antes fala para levarmos ele para o quarto seis.

Eu e Kenan achamos o tal quarto, ao entrarmos parecia que não fazia muito tempo que ele não era usado, estava até arrumado, fomos para o quarto e colocamos Marcos na cama, ele parecia estar sentindo muita dor.

-Josh venha cá. Escuto Willian falando.

Vou até a sala e Willian esta lá com uma expressão muito seria e parecia preocupado também.

-O que aconteceu Willian? Pergunto para ele.

-Ana me falou que Marcos foi mordido é verdade? Fala Dr. Craven, eu percebo que seu tom de voz mudou.

-Sim, foi isso que aconteceu. Respondo.

-Josh, nós precisamos nos livrar dele.

-Do que esta falando, ficou louco? Nós já somos pouco e você ainda quer se livrar mais um humano. Falo com um tom nervoso.

-Ele não será humano por muito tempo. Willian fala e abaixa a cabeça.

-Do que esta falando? Pergunta Kenan se aproximando.

-O vírus é transmitido através de fluidos corporais, principalmente pela saliva, se Marcos foi mordido ele esta infectado.

Todos parecem surpresos, eu me sento em sofá que esta perto de mim e pergunto.

-Não a como reverter isso?

-Não.

-E quanto tempo ele tem? Pergunta Henry.

-Isso depende do sistema imunológico dele, ele parece ser bem forte, mas como ele pegou o vírus em sua forma mais forte, eu chuto uma hora com sorte.

-Só isso, como vamos falar isso para ele? Pergunta Ana.

-Acho que a melhor opção seria não falar e esperar tudo acontecer. Fala Willian.

-Não, eu acho que ele tem o direito de saber o que vai acontecer com ele, o único problema é quem vai dar a noticia.

-E... Eu faço isso. Fala Henry muito abalado.

-Você tem certeza? Pergunto a ele.

-Sim, eu sou amigo dele, acho que sou a melhor pessoa para dar essa noticia.

-Esta bem, é melhor irmos agora. Fala Kenan.

-Eu concordo só me da um minuto para tomar coragem.

Henry abaixa a cabeça por um instante e respira fundo, e vai em direção ao quarto que ficava no fim do corredor, eu me levanto e o acompanho, chegando em frente a porta que esta fechado ele respira fundo mais um vez e entra, eu fico na porta, consigo ver Marcos e ele parece muito mal, esta suando muito e esta pálido, não escuto a conversa deles mas em pouco tempo percebo que eles pararam de falar, eles ficam ali por mais alguns instantes, Henry sai muito abalado e me fala.

-Marcos quer falar com você.

Eu entro no quarto e vejo Marcos sentado na cama, parecia já estar perto do fim, sua aparência era péssima.

-Você queria falar comigo? Falo para Marcos.

-Sim... Eu quero te pedir um ultimo favor.

Percebo que sua voz já esta fraca.

-Pode dizer.

-Eu não pedi isso para Henry por que sei que ele não seria capaz, eu quero que você me mate.

O silencio toma conta do quarto por um instante, logo interrompido pela minha voz.

-Como você me pede para fazer uma coisa dessas, eu não posso fazer isso com você.

-Eu não quero terminar como uma daquelas coisas colocando em perigo suas vidas, mas não consigo terminar com minha própria vida. Marcos termina a frase tossindo, ele esta mão e não tem muito tempo.

Eu fico sem reação, mas por um instante me vem varias coisas na mente, lembrando de como ele nos ajudou dando refugio no bar e nos levando até Henry, mas por outro lado ele tinha razão, se ele acabasse se transformando colocaria a vida de todos em risco.

-Tem que ter outra saída, isso não pode acabar assim. Falo para Marcos.

-Não tem como, mesmo que tivesse cura como íamos atrás dele agora? Com as ultimas forças ele se levanta e vem em minha direção colocando a mão me meu ombro e falando.

-Josh eu não sou novo como você, e provavelmente não conseguiria acompanhar o grupo, será melhor assim, por favor, chame os outros, eu quero me despedir dos poucos humanos que ainda restam por aqui.

Eu me viro e saio do quarto quase em estado de choque, mesmo não tendo concordado com a idéia não havia outro jeito. Vou até a sala onde estão todos e dou a noticia, Ana parecia ter chorado, provavelmente Willian já havia contado o que acontecera com Marcos, todos se dirigem ao quarto menos Henry, ele já se despediu de Marcos e deve ser o que mais esta sofrendo por aqui, eu vou atrás de todos, um por um entram no quarto para se despedir, eu entro por ultimo.

-Por favor, eu quero que todos vocês vão para sala. Falo para todos que ficam um pouco confusos com aquilo, mas obedecem.

Eu me sento ao lado de Marcos na cama e ele fala.

-Sabe, eu não estou com medo de morrer, só quero lhe pedir mais um favor. Ele levanta a mão e me entrega um bilhete.

-Eu quero que você entregue esse bilhete a minha ex-mulher, ela mora no Canadá, apesar de estarmos separados ainda conversamos bastante.

Que Deus me perdoe pelo que vou fazer penso comigo.

-E mais uma coisa, não me avise quando for atirar, eu não quero saber o memento exato da minha morte, pode parecer besteira, mas não consigo me acostumar com essa idéia.

Ele começa falar de sua vida, eu estou quase em transe, minha mão começam a tremer.

...Sabe quando eu estava querendo abrir o bar... BUM.

O som do disparo cessa a voz de Marcos, desculpe, mas se você continuasse falando seria mais fácil eu me matar do que conviver com a idéia de ter que te matar penso comigo. Marcos esta caído ao meu lado e eu estou com a arma na mão, apesar de nem conhecer muito bem Marcos pra mim era como se eu tivesse matado um amigo, ele nos ajudou muito nos abrigando e sem ele ainda estaríamos preso neste prédio com um bando e mortos vivos no andar de baixo, mesmo sendo um soldado era como se fosse a primeira vez que eu matava uma pessoa. Henry abre a porta e vê a cena, quase vomitando.

-Desculpe Henry, eu não tive outra opção. Falo.

-Eu entendo, Marcos havia me contando o plano dele. Fala Henry pálido por ver a cena.

Todos aparecem na porta, Ana não contém as lagrimas, enquanto Kenan e Willian ficam com a cabeça baixa.

-O que nós vamos fazer com ele agora? Pergunta Willian.

-Vamos levá-lo para o primeiro andar o colocar no porão, vamos aproveitar e ver se não tem outra entrada lá que os infectados possam usar. Falo para Willian.

Todos parecem surpresos com minha reação, Ana fala com um tom de indignação.

-Você acabou de matar um homem e age como se nada tivesse acontecido.

-Ele me pediu para fazer isso para que ficássemos um pouco mais seguros contra o vírus, se nós não superarmos isso e começar a nos proteger ele teria morrido para nada. Falo me levantando, todos acenam com a cabeça positivamente.

Nós fazemos o que eu tinha dito, levamos o corpo de Marcos para o porão e procuramos alguma passagem, encontramos uma porta que vai para a rua, era uma porta de ferro e estava trancada, vejo que a vários pedaços de madeira espalhados pelo porão.

-Vamos pegar esses pedaços de madeira e selar as janelas e portas que dão para a rua do primeiro andar. Falo para todos.

-Mas e se precisarmos sair? Pergunta Kenan.

-Ana vai ver se temos a chave dessa porta de ferro, ela será a única saída e entrada para rua por enquanto.

Ana encontra a chave da porta que estava no molho de chaves que estava com ela, começamos a procurar pregos e tudo de servisse para selar tudo, reviramos todo o porão até que encontramos uma caixa cheia de pregos, pareciam ser o suficiente para o nosso propósito, começamos a levar a madeira para cima e joga-las no salão principal, os corpos dos infectados tinham sido jogados pela janela, estávamos preparando a madeira para pregar nas janelas quando escuto Willian me chamando.

-O que aconteceu? Pergunto a Willian.

-Olhe lá na rua. Ele me fala apontando para a janela.

Vou até janela e ólho para a rua que havia alguns carros e vejo longe dali alguns infectados vindo em nossa direção, pareciam ser quase dez mortos vivos.

-Vamos logo pessoal, precisamos pregar essas tabuas. Falo para todos que estavam ali.

Pego alguns pregos e um martelo que encontrei perto dos pregos e começo a colocar tabuas na porta enquanto Ana e Henry pregam nas janelas e Kenan e Willian selam uma porta no salão principal que estava trancada, mas não parecia muito resistente, para nossa sorte não havia muitas janelas naquele andar, faltavam umas três janelas quando percebo que os infectados estavam correndo para o prédio, com certeza eles perceberam a nossa presença, eu estava pregando uma das janelas quando escuto Ana me chamando, vou até lá e ela me fala.

-Josh a madeira acabou, o que vamos fazer?

Penso um pouco e logo respondo.

-Vamos usar as mesas, não são tão resistentes, mas vai servir.

Pegamos as mesas e começamos a colocar nas janelas, eu não consigo ver mais os infectados, mas continuo pregando as mesas, quando escuto uma das janelas que faltava fechar estourando, um infectado praticamente pula pra dentro e corre em nossa direção, eu saco a minha arma e disparo acertando bem na cabeça, vejo que mais infectados estão tentando entrar quando tenho um idéia, pego uma mesa e corro para a janela aberta, um infectado esta quase pulando para dentro quando empurro a mesa contra ele que cai para fora, mando os outros pregarem a mesa enquanto eu a seguro, os mortos vivos empurram a mesa com muita força, parece que tem mais de um ali, Kenan e Henry começam a martelar os pregos na mesa mas estava difícil segura-la no lugar, Ana e Willian aparecem do meu lado e me ajudam a segurar a mesa, finalmente os dois conseguem pregar alguns pregos, soltamos a mesa e terminamos de pregar enquanto Ana e Willian voltam para a janela que deixaram de fechar para me ajudar, depois de fechar tudo ainda escutamos os infectados batendo em algumas janelas, depois de um tempo tudo fica quieto, naquele andar tinham apenas duas portas e cinco janelas e fechamos todas, quando já não escutamos mais os infectados voltamos a verificar as janelas e portas pois não sabemos o quanto elas resistiram.

-Josh, eu acho que isso não resistira por muito tempo se juntar muitos infectados. Fala Kenan.

-Eu também acho, vamos pensar em um plano, mas por enquanto vamos deixar assim.

Vamos para o segundo andar pegar as coisas e armar um plano, levamos tudo para o ultimo andar pois era para lá que iríamos em caso de invasão, apesar de não ser um boa opção era o que podíamos fazer usando o outros andares como armadilha para os infectados, depois de levarmos os alimentos, armas e munição que estavam sobrando para o ultimo andar nós voltamos para o segundo e começamos a discutir o que faríamos.

-Nós não podemos depender de apenas janelas e portas pregadas com alguns pedaços de madeira, precisamos de mais alguma coisa para nos proteger. Fala Willian.

-Nós podemos colocar carros fechando as ruas que passam ao lado do prédio, eu sei fazer ligação direta. Fala Henry.

O prédio em que estávamos ficava em uma encruzilhada, então teria que fechar quatro ruas.

-Não vai dar, precisaríamos de muitos carros e mesmo assim os infectados conseguiriam passar por eles, temos que fazer alguma coisa um pouco alta e resistente. Eu falo.

-Poderíamos colocar portões dando a volta no predio, as colunas não ficam muito profundas nas paredes, poderíamos quebrar o cimento e soldar o portão nos ferros da coluna por enquanto depois poderíamos reforçar de algum geito. Fala Ana.

-Mas isso demora e onde conseguiríamos os portões e as ferramentas para o trabalho? Fala Henry.

-Tem um lugar onde fabricam portões, mas fica um pouco longe daqui, lá também tem ferramentas. Fala Kenan.

-Mas para isso teríamos que ter um algo grande para transportar os portões e se ficar muito longe pode ser perigoso. Falo para todos.

-Mas se não fizermos isso não teremos mais nenhuma opção. Fala Willian.

-Não é um trabalho muito rápido, isso é muito perigoso, mas não consigo pensar em mais nada. Fala Kenan.

-Henry você acha que consegue fazer ligação direta em caminhão ou alguma coisa grande assim? Pergunto.

-Sim eu consigo. Fala Henry acenando com a cabeça.

-Então a primeira coisa que temos que fazer é procurar o veiculo, depois nós vamos até esse lugar pegar as ferramentas e portões, mas para isso vamos precisar das armas. Fala Kenan.

-Ana, você e Willian ficam aqui esperando nós já preparados para começar a quebrar as paredes, quando chegarmos imediatamente começamos a fazer o planejado, mas não podemos fazer isso hoje, já é tarde e vai escurecer logo, vamos dormir e amanha logo que amanhecer começamos a fazer tudo.

-Você acha que as janelas vão agüentar essa noite? Pergunta Henry preocupado.

-Sim, até amanha elas agüentam. Respondo.

-Vamos fazer assim, quatro pessoas ficaram de guarda, eu e Josh ficamos primeiro, um lá em cima no ultimo andar e outro aqui em baixo no segundo, depois Kenan e Willian trocam com agente, quem estiver dormindo fica no quarto andar. Fala Henry.

-É um bom plano todos concordam? Pergunta Kenan.

Todos acenam positivamente com a cabeça e vão para os apartamentos do quarto andar, eu me aproximo de Henry e falo.

-Me de a Sniper e fica com a M16, eu fico lá em cima você pode ficar aqui em baixo.

-Você tem certeza? Pergunta Henry.

-Sim eu tenho.

Ele me entrega a Sniper e pega o rifle que estava comigo, Henry desce para o térreo e eu subo, chegando lá em cima percebo que não há muitas janelas assim dificultando minha visão, então subo para o teto.

A vista do teto e incrível até que eu olho para baixo, vejo pelo menos uns trinta infectados perambulando pelas ruas ao redor do prédio, até parecia que eles sabiam que não iam conseguir entrar então nem atacavam o prédio, de lá consigo ver mais ou menos onde fica o mercado, parecia que já não havia tantos infectados lá igual quando fomos atacados, vou olhando o mais longe que posso de todos os lados do prédio na esperança de ver algum sinal de vida nos prédios e casas que podia enxergar mas minha esperança logo acabou pois não havia mais nada por lá a não ser casas vazias, carros batidos e mais infectados, começo a me perguntar se seriamos os únicos daquela cidade a sobreviver...

Enquanto isso no primeiro andar Henry anda sem parar, sempre olhando pelos vãos das madeiras pregadas nas janelas, de lá conseguia ver alguns infectados e isso o preocupava...

Ando pelo telhado sempre alerta, olho para meu relógio e vejo que já é quase onze da noite, meu turno começou as sete, mas não me sinto com sono, devia estar acostumado a dormir tarde, de cima eu posso ver vários veículos que podem ser usados em nosso plano, mas teríamos dificuldade em transportar o material, quando estou olhando em volta vejo algo que me chama a atenção, um caminhão de carga parado bem no meio da rua com as portas abertas, provavelmente o motorista no desespero saiu do caminhão e foi pego, isso me deixa mais animado com o plano, pois facilitaria muito, depois de ver aquilo continuo vigiando as ruas.

O tempo parece não passar, o relógio marca duas horas da madrugada, começo a ficar com sono, mas meu turno só acaba daqui uma hora. Penso no que poderia ter me feito perder a memória, quando acordei não parecia que eu havia batido a cabeça em lugar algum, também penso em porque não fui infectado, será que sou imune ao vírus, fico pensando por um bom tempo, estou quase pegando no sono quando escuto algo se aproximando, levanto rapidamente e aponto minha pistola quando percebo que é Willian.

-O que esta fazendo aqui em cima Josh, era para você estar no andar de baixo.

-Lá não tem uma boa visão, é melhor você ficar aqui em cima também, para segurança de todos.

-Esta bem, mas agora vá dormir um pouco, hoje temos um grande dia.

-É verdade, pegue a minha arma.

Entrego-lhe o rifle, ele pega e fala.

-Mas eu não sei usar muito bem isso.

-Acho que só eu e Henry sabemos usar ele e acabamos ficando de guardas juntos, isso foi um erro, não importa se não sabe usar, pelo menos pode ver se alguma coisa estranha se aproximar.

-Esta bem.

Viro as costas e vou andando para a porta que da acesso as escadas quando escuto Willian me chamando.

-O que foi? Pergunto me virando para ele.

-Preciso te falar uma coisa.

-Então diga.

-Você tem passado bem ultimamente?

-Não sei por que essa pergunta, mas sim tenho sim, a não ser por umas dores de cabeça que aparecem de repente e vão embora.

-Era isso que eu temia.

Percebo que Willian está serio, deve ser algo grave.

-Do que você esta falando? Pergunto para Willian.

-Eu estava pensando em uma coisa já a algum tempo, você estava no prédio da Genesi quando o vírus foi liberado, e depois acordou sem memória e com dores de cabeça estranhas.

-Isso significa que eu bati a cabeça em algum lugar. Falo com tom irônico.

-Eu não estou brincando Josh, estes sintomas indicam que você pode estar infectado.

-Você ficou louco, se eu estivesse infectado já teria me transformado há muito tempo.

-Isso já aconteceu no laboratório em uma das nossas experiências, o paciente ficou vários dias com os mesmos sintomas seus e no final acabou se transformando.

Eu fico em estado de choque, me sento no chão e pergunto.

-Mas por que eu não me transformei antes.

Willian também se senta e me explica.

-Não temos tanta certeza, mas é provável que seu sistema imunológico seja mais resistente do que o normal e esteja combatendo o vírus, mas esse vírus não vai ser destruído e no final ele acaba vencendo.

-Ma... mas Ana também estava perto do lugar de onde o vírus saiu.

-Ela estava no prédio ao lado e recebeu menos vírus, mas provavelmente ela também esta infectada.

-E o que vamos fazer agora.

-Antes do meu paciente se transformar ele teve uma piora gradual enquanto isso não acontecer não tem perigo, então por enquanto não vamos contar a ninguém.

-Mas isso é errado.

-Eu sei, mas se encontrarmos o contensor do vírus talvez eu possa fazer alguma coisa então vamos ficar quietos por enquanto.

-Esta bem, mas espero que você saiba o que esta fazendo.

Me levanto e vou para as escadas, desço até o quinto andar e entro em um dos apartamentos e me deito no sofá, começo a pensar que logo poderia me transformar em uma daquelas criaturas, não sei por que Willian me pediu para guardar segredo mas parece que ele tem algum plano, essa é a única coisa que me impede de atirar na minha própria cabeça, apesar de estar incomodado com isso o cansaço é muito grande logo pego no sono.

IanFir
Enviado por IanFir em 31/01/2010
Reeditado em 14/06/2010
Código do texto: T2060741
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