A mulher da infância Roubada 2

Era uma noite escura, nas redondezas da selva Amazônica. Onde acampavam a família Silva. Que era constituída por Maria e Paulo os pais e Marina e Pedro as crianças.

Eles se preparam para dormir quando... os ouvidos de Marina, captaram gritos de horror...

- Pedro você ouviu isso?

- Isso o que menina?

- Esses gritos...

- Há, há, há... Parece até que ouviu o bicho papão. Buuuuuuuu!

- Para com isso Pedro! Eu vou falar para a mamãe!

E então quando Marina foi procurar sua mãe. Teve um grande espanto! Ela tinha sumido misteriosamente... E ainda tinha levado seu pai! ( é brincadeira?)

- Predrooooooooo!!!!!!!!!!

- Vai me dizer que agora viu o Saci!?

- Tá vendo como eu sou muito mais madura do que você! Enquanto você fica aí fazendo piada sem graça... A mamãe e o papai sumiram!

- Á e agora o que nós fazer??? E se o bicho papão me pegar?!Pânicoooo!!!!!!!!!

- Medroso, bebesão, molega!

- Ops. Er, quer dizer... nós podemos nos virar muito bem sem eles.

- Pedro ta de brincadeira! Nossos pais sumiram e você ta aí com os braços cruzados! Sem fazer nada!

- Pelos menos eu não sou igual você que só reclama de tudo! Boba...

Enquanto os dois não paravam de brigar, algo sombrio e tenebroso estava por vir. Desfarçado...

-Chegaaaaaaaa!

-O que foi menina estérica?

- Pedro acorda! Tem gente vindo.

-Eba! É a mamãe. Falar para ela tudo que você falou de mim!

- Mas e se não for a mamãe ou o papai?

- E quem mais poderia ser o bicho papão!? Há, há, há. Estamos numa floresta onde só existem animais!

Sem saber o que lhe esperava Pedro seguiu em frente sem medo nenhum. Marina por sua vez ajoelhou-se e rezou, pedindo á Deus que protege-se seu irmão.

- Marina!

- Deus ouviu minhas preces! O que foi Pedro achou papai?

- Não.

- Então a mamãe?

- Também não.

- Oras então o que que foi?

- Eu achei alguém que possa nos ajudar.

E dizendo isso Pedro entrou no acampamento segurando a mão de uma mulher.

- Á que legal!- Marina dizia com voz irônica.- Um minutinho moça, Pedro vem cá um pouquinho.- dizendo isso ela o arrastou pela gola da blusa.- Pedro ela é estranha.

- E daí?

- E daí que a mamãe sempre diz que não podemos conversar com pessoas estranhas!

- Mas a mamãe não está aqui. E sozinhos nós não vamos conseguir encontrá-los!

-É isso é verdade. Mas não passa pela sua cabeça que ela pode ser a responsável por isso tudo?!

- Errrrrrrrrr....... Não!

- Para e pensa: mamãe e papai não são tão burros a ponto de se perderem na mata. Se tiverem ido caçar teriam nos avisado. E essa mulher saiu “du” nada da mata!

- Péra aí você ta começando de novo com essa hitória de lobo mau!?

- Não Pedro! De algo pior... os “Espíritos”!

- Só um minutinho.- ele caminhou em direção a moça..-

- Ela é sólida.- deu dois toquinhos no braço dela- Ta vendo?

- Sei não, sei não... Como é o seu nome mesmo moça?

- Errr.... Márcia.

- Então vamos Marina?

- Vamos a onde?

- Ora! Seguir a moça, ela vai nos ajudar a achar os nossos pais.

- E por acaso ela sabe onde nossos pais estão?

- Errr, não. Mas ela vai nos guiar pela floresta.

- “Arram”, sei, “tou” confiando.

- Pode confiar mocinha...

- “ Tabom “ então vamos, né.

Eles seguiram a trilha acompanhados pela mulher, que os levaram a um pequenino casebre, velho, e empoeirado.

- É aqui que eu moro. Vamos entrar?

- Vamos.- disse Pedro, com toda a confiança.-

- Ééééé... vamos. – falou Marina, bem intrigada.-

Eles entraram no casebre, e enquanto a moça nos servia chocolate quente (pois estava frio), Marina foi logo ao assunto:

- E qual é o plano para achar os nossos pais?

- Um minuto que eu já chego lá.

Enquanto Marina e seu irmão escutavam histórias, sem fim nenhum e tomavam chocolate quente, mal sabiam que estavam sendo dopados. Já com sono e tontos ela se revelou:

- Hoje eu tenho 125 anos. Nem pareço. Não é verdade? Ta confesso. Sou um espírito. Moro aqui desde que morri. Quer dizer desde que virei espírito. Em 1865 nasci de verdade. Aqui mesmo neste casebre. Com 10 anos comecei a ficar injuriada cm meus pais. Eu vivia aqui, com os animais, nunca fui a escola. Meu pai não queria que eu estuda-se, e sim que ao apenas segui-se seu exemplo: um homem que viveu a vida toda na mata, e até aquele momento estava firme, forte, e protegido da violência da cidade. Já minha mãe não tinha opinião apenas concordava com a cabeça á tudo que meu pai dizia. Pra falar a verdade acho que ela tinha era medo dele. Cinco anos depois (eu tinha 15 anos), comecei a ficar revoltada. E meu pai só para variar não concordava comigo e reagia me batendo. Até que os velhos caducos morressem eu iria viver naquela situação. Então tomei uma decisão: iria fugir de casa.

- Eeeee deu certo?- disse Pedro já bem dopado-

- É, sim, 20 anos depois o velhos morreram. De solidão.

- Credo como você é cruel.- Marina também estava dopada, mas tinha condições melhores do que Pedro. –

- Já esperava por isso. Você está muito agitada – dizia ela segurando uma nestesia na mão – Bom sono – dizendo isso ela anestesiou Marina, que caiu no sono rapidamente –

- Na, na, não faça isso...

- Agora com licença que eu tenho mais pais para dar fim – e se retirou do casebre, sumindo misteriosamente no meio do horizonte –

- Velha boba! Vamos irmãzinha acorde! – Para falar a verdade Pedro enganou todos nós, ele apenas não tomou o chocolate quente por que não estava com fome, e atendendo o sinal de Mariana fingiu que estava dopado, e jogou a bebida na planta. –

- Ela já foi?

- O que é isso?Quem está aí?

- Não esquenta,somos apenas crianças. Quer dizer vítimas do mesmo golpe que vocês. Sabemos como lhe ajudar e ajudar sua irmã. É só nos tirar daqui.

- Mas onde é que você ou vocês estão?

- Também não sabemos, pois quando o espírito nos trouxe para cá estavá - mos com os olhos vendados.

- E como é que eu vou saber onde vocês estão?

- Eu vou dar alguns sinais.

- Ta manda.

- Tum, Tum – ele bateu no teto que era baixo—

- Faz mais, faz mais.

- Tum, Tum, Tum,Tum, Tum, Tum.

Pedro já sabia que eles estavam no porão, só não sabia como iria descer lá. Quando avistou um tapete, correu e o levantou. BINGO! Havia achado a porta do porão. Levantou- a e deu sinal para que subissem rapidamente. Para sua surpresa subiram muito mais do que ele esperava. Os mais sábios foram ajudar Marina. E os outros faziam um plano para achar todos os pais.

- Ããããããã? Pedro? Oooo espírito jájájá foi? – Marina respondeu ainda nem um pouco boa –

- Sim, Marina. Não se preocupe vamos achar nossos pais.

- Mamamas quequem são esse monte de gente?

- São vítimas do mesmo golpe de nós.

- Ooonde você os achou?

- No porão.

- Mememe ajude a levantar?

- Ta. Me de a mão. – e assim Marina se levantou mas ainda não conseguia andar. Pedro foi pedir ajuda ao seus novos colegas de “golpe”– Ei, colega. Como agente faz para recuperar minha irmã mais rápido?

- Simples de á ela um copo d’ água.

- Ok, obrigada - Pedro pegou um copo d’ água e levou á sua irmã – To toma – disse a ela, dando-lha o copo- Ela pegou e tomou. Assim o efeito da nestesia passou.

- Ufa! Não aguentava mais falar feito gaga.

- Ta agora que você já voltou ao normal podemos iniciar a operação. Metade vai para um lado da floresta, e metade vai para o outro. Quem achar alguém toca o apito e procura mais gente em companhia desta pessoa. Entendido?

- Sim!

- Sim!

-Então vamos logo não temos tempo á perder!

Pedro, Marina e algumas crianças que estavam do porão foram direção a o leste,e o resto foram em direção a o oeste. Aos poucos foram achados alguns pais, mas Maria e Paulo continuavam desaparecidos. Quando todos os pais foram achados (exceto os de Pedro e Marina) eles foram ao casebre. Marina, algumas crianças e os seus pais permaneceram lá a fim de esperar notícias. Pedro e o resto voltaram á mata, para procurar seus pais. Já Marina não conseguia ficar só, esperando notícias, queria mesmo era agir. Então ela teve uma idéia:

- Vamos revirar isso daqui! Olhem por todo o lado, em cima, em baixo, arrombem portas... Sei lá! Mas temos que achá-los!

- Por que ela iria esconder os seus pais aqui e o resto na floresta?

- Isto eu não sei. Só sei que não vou ficar parada aqui esperando notícias.

- Nisso eu concordo com você. Mãos á obra!

Depois de algum tempo procurando...

- Gente me ajuda eu achei algo atrás da geladeira!

- Vamos lá pessoal todos ajudem-no!

- No Três agente levanta , um, dois, três! – Ao levantar a tampa Marina saltou buraco á dentro sem ter medo do que poderia acontecer –

- Achei, achei!!! Desçam e me ajudem – enquanto gritava ela desamarrava os braços de sua mãe, suas pernas e tirava o pano preso a tua boca. Os adultos desceram e pegaram Maria no colo e levaram-na para cima. As crianças mais sábias tentavam acordá-la, enquanto Marina desamarrava seu pai, que também era levado para cima adormecido no colo dos adultos aguardando um antídoto para seja lá o que for tivessem colocado em seu corpo. Foi só quando Marina virou para trás, que viu um caixão. Ela pouco curiosa que era abri-o, e levou um susto!:

- Gente desce aqui!

- O que foi Marina? O que foi?

- Olha só o que eu encontrei! O caixão da Márcia!

- Eca! Está fedendo!

Parece que tem gente chegando...

- Socorro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

- Ei! Esta é a voz do Pedro! – dizendo isso ela subiu rapidamente e abriu a porta, ele e o grupo todo estavam correndo de algo desesperador, eles entraram rapidamente no casebre, e trancaram a porta. -

- É ela! Está de volta!

- Tive uma idéia – disse Marina com um sorriso meio cabuloso no rosto – ela disse que fugiu de casa quando era criança por que o pai dela só batia nela por causa dela ter uma opinião diferente para algumas coisas. Isso quer dizer que ela não teve uma boa infância. – dizendo isso Marina desceu a onde os seus pais estavam ( e as crianças vieram atrás, inclusive Pedro), ela abri o caixão, vasculhou o coração de Márcia, e achou o que queria. Sua infância.

Subiu correndo e abriu a porta, viu Márcia e deu um sorriso, se aproximou dela pegou sua mão e lhe entregou sua infância. Por um segundo todos observaram um clarão e a mulher havia sumido.

Jade Rodrigues
Enviado por Jade Rodrigues em 29/01/2010
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