UIVOS.... CHOROS....LAMENTOS...E GRITOS!!!!!
Estou recebendo este fim de ano para passar o Natal e Ano Novo, meu querido amigo Juan Oviedo, e' mexicano e nos conhecemos muitos, muitos anos atras quando trabalhei na embaixada brasileira na Cidade do Mexico
Foi meu vizinho por muitos anos, nossas familias se tornaram amigas e Juan foi de muita valia para mim e minha familia, devo-lhe muitos favores, quebra-galhos enormes mesmo....amigao!!!
Somos quase da mesma idade, eu ja' beirando meus 80, ele , acredito esta' ai' pelos seus 78...depois que ficou viuvo comecou a viajar e vem sempre me visitar...passa uns tempos por aqui, outros por ai viajando, correndo mundo e quando eu fiquei viuvo tambem comprei por la', no Mexico uma pequena ''hacienda', ia muito, agora nao mais, tem ja' dois anos que nao vou.
O filho e a nora trouxeram ate' aqui e foram ao sul do Brasil, Foz e outros lugares, voltam depois das festas - Lindaura, minha ajudante acha otimo, assim dou mais sossego a ela -
Licurgo, meu vizinho, aposentado, viuvo tambem, mora com a filha, tem um taxi e trabalha levando a velharada para ca' e para la' e combinamos e ele vai nos levando e sempre divide por treis as corridas do taxi.
Vamos junto a varios lugares, parques, cinemas, teatros, club de stripers, ruas das ''gostosas e casas de divertidas perversas''...brincamos:- fazer o que por la'?..mas vamos, e' vicio do passado!!!
E' divertido ver nos treis juntos. Uma mistura de racas, Licurgo, brasileiro, negro....Juan, mexicano e mestico de Maia, Azteca, espanhol....que cruzamento!!! e eu nem sei mais o que sou, brasileiro, caboclo, italiano, libanes, negro, tudo misturado...acho que sou da raca do ''cruz credo''!!!! e uma mistura de portunhol se ouve....
Colher e' '' cuchara ''......barata e' '' cucaracha''...e Licurgo um dia nos servindo arroz pergunta a Juan...:- quantas cucarachas de arroz queres?....rimos, Juan respondeu...nenhuma!!! e ate' hoje gozamos com a cara do pobre coitado.
Uma noite destas ouvi barulhos de latas caindo, cachorros comecaram a latir...um depois do outro e um danado comecou a uivar sem parar, parecia um lamento dolorido....e Juan acordou tambem e veio ver o que estava acontecendo.
Perdemos o sono, fiz um cafe', sentamos ali pela varanda e o uivo do danado do cachorro continuava e parecia mesmo um lamento, um choro sentido e ai' para comecar a contar ''causos'' foi um nada...Juan ouvindo os meus casos e eu ouvindo os deles e me contou um terrivel!!!
Diz a lenda mexicana, e Juan jura que ja' ouviu mas nunca viu, ele nasceu na Cidade do Mexico, cresceu por la', ainda vive, e jura que conhece gente que ouviu e viu...
Entao, diz a lenda mexicana, que assim que bate a meia noite e na ultima badalada se comeca a ouvir um choro alto, um lamento sentido, e por fim uns gritos horriveis e depois uma voz de mulher dizento:-....ohhhhh!!! meus filhos...meus queridos filhos...meus pobres filhos...e comeca tudo de novo.....choro, lamentos, gritos.
Chamam-na por la' de "" La Lorona"".....A Chorona...quem ja' viu diz que usa um vestido branco, longo, todo rasgado, sujo e manchado de sangue, cabelos desgrenhados, descalca e agita muito as maos.....dizem que e' apavorante!!!
De acordo com a lenda mexicana tudo isto teve inicio em 1550 e que a voz pertence a Dona Luisa de Olveros, uma india/espanhola de rara beleza, era de uma beleza estonteante, e que foi tomada como amante do filho de um nobre espanhol, Don Nuno de Montesclaros.
Ela teve dois filhos dele, amou-o profundamente e esperava ansiosa o dia que seria sua esposa, mas...Don Nuno nao nutria nada por ela, nao a amava e um vez que seus desejos carnais tinham arrefecidos ele a abandonou.
Solitaria e confusa, Luisa uma noite decide ir ate' a casa palacial de Don Nuno, uma ''vivenda'' rica e suntuosa pertencente 'a familia Montesclaros na esperanca de ve-lo e implorar a ele para voltar para ela.
Ela o encontrou, mas para seu horror e desespero ele era o centro de uma festa enorme, celebrando seu casamento com uma nobre espanhola.
Luisa correu ate' ele em lagrimas, mas ele a empurrou no chao, dizendo friamente que por causa de seu sangue indio ela era inaceitavel e nunca poderia ser sua esposa.
Foi colocada para fora e, histerica ,correu ate' sua casa e assassinou os filhos, usando para isto um punhal, presente que era de Don Nuno.
Coberta com o sangue das criancas ela fugiu da casa e correu pelas ruas, chorava alto, se lamentava sentido, e uns gritos horriveis se ouviam pelas ruas agora....foi presa, acusada de bruxaria foi julgada e condenada a morrer enforcada.
Foi enforcada publicamente e seu corpo permaneceu la' pendurado por seis horas como ultima humilhacao, para que todos pudessem ve-la e muitos lhe atiravam pedras e outras coisas.
E assim, depois disso, toda noite que a ultima badalada da meia noite soa...choros, lamentos e gritos sao ouvidos pelas ruas da cidade e ela fica andando, andando e gritando....repetindo...chorando..se lamentando e assim continuara', diz a lenda mexicana, ate' o final dos tempos!!!
Credo!!!!....assim que Juan terminou de me contar me deu boa noite e foi dormir, diz ele que dormiu tranquilo que nem um bebe....eu nao!!!....nem fui para meu quarto, fiquei ali pela varanda, sala, virando e o sono nao veio...e o maldito do cachorro uivando...uivando...se lamentando!!!!..e diz a lenda brasileira que cao uivando morre alguem proximo...e eu de medo de que pudesse ser eu fiquei acordado...sobrevivi!!!
Juan que me aguarde!!!!....me espere!!!...esta noite vou contar lendas brasileiras para ele tambem...se nao tiver uma terrivel, invento!!!...sou bom nisso, inventar causos,...vai ver so'...temos muitas por aqui.....
Mula sem cabeca e soltando fogo pelas ventas...e' uma delas e boa...vai confundi-lo todo, vai ficar pensando nisso ate' la'
no Mexico...vai ouvir os gritos da Luisa a chorona e ve-la montada na mula sem cabeca...se vai...e vai cagar de medo!!!!
**************************
Estou recebendo este fim de ano para passar o Natal e Ano Novo, meu querido amigo Juan Oviedo, e' mexicano e nos conhecemos muitos, muitos anos atras quando trabalhei na embaixada brasileira na Cidade do Mexico
Foi meu vizinho por muitos anos, nossas familias se tornaram amigas e Juan foi de muita valia para mim e minha familia, devo-lhe muitos favores, quebra-galhos enormes mesmo....amigao!!!
Somos quase da mesma idade, eu ja' beirando meus 80, ele , acredito esta' ai' pelos seus 78...depois que ficou viuvo comecou a viajar e vem sempre me visitar...passa uns tempos por aqui, outros por ai viajando, correndo mundo e quando eu fiquei viuvo tambem comprei por la', no Mexico uma pequena ''hacienda', ia muito, agora nao mais, tem ja' dois anos que nao vou.
O filho e a nora trouxeram ate' aqui e foram ao sul do Brasil, Foz e outros lugares, voltam depois das festas - Lindaura, minha ajudante acha otimo, assim dou mais sossego a ela -
Licurgo, meu vizinho, aposentado, viuvo tambem, mora com a filha, tem um taxi e trabalha levando a velharada para ca' e para la' e combinamos e ele vai nos levando e sempre divide por treis as corridas do taxi.
Vamos junto a varios lugares, parques, cinemas, teatros, club de stripers, ruas das ''gostosas e casas de divertidas perversas''...brincamos:- fazer o que por la'?..mas vamos, e' vicio do passado!!!
E' divertido ver nos treis juntos. Uma mistura de racas, Licurgo, brasileiro, negro....Juan, mexicano e mestico de Maia, Azteca, espanhol....que cruzamento!!! e eu nem sei mais o que sou, brasileiro, caboclo, italiano, libanes, negro, tudo misturado...acho que sou da raca do ''cruz credo''!!!! e uma mistura de portunhol se ouve....
Colher e' '' cuchara ''......barata e' '' cucaracha''...e Licurgo um dia nos servindo arroz pergunta a Juan...:- quantas cucarachas de arroz queres?....rimos, Juan respondeu...nenhuma!!! e ate' hoje gozamos com a cara do pobre coitado.
Uma noite destas ouvi barulhos de latas caindo, cachorros comecaram a latir...um depois do outro e um danado comecou a uivar sem parar, parecia um lamento dolorido....e Juan acordou tambem e veio ver o que estava acontecendo.
Perdemos o sono, fiz um cafe', sentamos ali pela varanda e o uivo do danado do cachorro continuava e parecia mesmo um lamento, um choro sentido e ai' para comecar a contar ''causos'' foi um nada...Juan ouvindo os meus casos e eu ouvindo os deles e me contou um terrivel!!!
Diz a lenda mexicana, e Juan jura que ja' ouviu mas nunca viu, ele nasceu na Cidade do Mexico, cresceu por la', ainda vive, e jura que conhece gente que ouviu e viu...
Entao, diz a lenda mexicana, que assim que bate a meia noite e na ultima badalada se comeca a ouvir um choro alto, um lamento sentido, e por fim uns gritos horriveis e depois uma voz de mulher dizento:-....ohhhhh!!! meus filhos...meus queridos filhos...meus pobres filhos...e comeca tudo de novo.....choro, lamentos, gritos.
Chamam-na por la' de "" La Lorona"".....A Chorona...quem ja' viu diz que usa um vestido branco, longo, todo rasgado, sujo e manchado de sangue, cabelos desgrenhados, descalca e agita muito as maos.....dizem que e' apavorante!!!
De acordo com a lenda mexicana tudo isto teve inicio em 1550 e que a voz pertence a Dona Luisa de Olveros, uma india/espanhola de rara beleza, era de uma beleza estonteante, e que foi tomada como amante do filho de um nobre espanhol, Don Nuno de Montesclaros.
Ela teve dois filhos dele, amou-o profundamente e esperava ansiosa o dia que seria sua esposa, mas...Don Nuno nao nutria nada por ela, nao a amava e um vez que seus desejos carnais tinham arrefecidos ele a abandonou.
Solitaria e confusa, Luisa uma noite decide ir ate' a casa palacial de Don Nuno, uma ''vivenda'' rica e suntuosa pertencente 'a familia Montesclaros na esperanca de ve-lo e implorar a ele para voltar para ela.
Ela o encontrou, mas para seu horror e desespero ele era o centro de uma festa enorme, celebrando seu casamento com uma nobre espanhola.
Luisa correu ate' ele em lagrimas, mas ele a empurrou no chao, dizendo friamente que por causa de seu sangue indio ela era inaceitavel e nunca poderia ser sua esposa.
Foi colocada para fora e, histerica ,correu ate' sua casa e assassinou os filhos, usando para isto um punhal, presente que era de Don Nuno.
Coberta com o sangue das criancas ela fugiu da casa e correu pelas ruas, chorava alto, se lamentava sentido, e uns gritos horriveis se ouviam pelas ruas agora....foi presa, acusada de bruxaria foi julgada e condenada a morrer enforcada.
Foi enforcada publicamente e seu corpo permaneceu la' pendurado por seis horas como ultima humilhacao, para que todos pudessem ve-la e muitos lhe atiravam pedras e outras coisas.
E assim, depois disso, toda noite que a ultima badalada da meia noite soa...choros, lamentos e gritos sao ouvidos pelas ruas da cidade e ela fica andando, andando e gritando....repetindo...chorando..se lamentando e assim continuara', diz a lenda mexicana, ate' o final dos tempos!!!
Credo!!!!....assim que Juan terminou de me contar me deu boa noite e foi dormir, diz ele que dormiu tranquilo que nem um bebe....eu nao!!!....nem fui para meu quarto, fiquei ali pela varanda, sala, virando e o sono nao veio...e o maldito do cachorro uivando...uivando...se lamentando!!!!..e diz a lenda brasileira que cao uivando morre alguem proximo...e eu de medo de que pudesse ser eu fiquei acordado...sobrevivi!!!
Juan que me aguarde!!!!....me espere!!!...esta noite vou contar lendas brasileiras para ele tambem...se nao tiver uma terrivel, invento!!!...sou bom nisso, inventar causos,...vai ver so'...temos muitas por aqui.....
Mula sem cabeca e soltando fogo pelas ventas...e' uma delas e boa...vai confundi-lo todo, vai ficar pensando nisso ate' la'
no Mexico...vai ouvir os gritos da Luisa a chorona e ve-la montada na mula sem cabeca...se vai...e vai cagar de medo!!!!
**************************