Sonhos malditos (conto poema gótico)
A faca na mão
a mão suja de sangue
gritos, dor, desespero...
o suor escorrendo
as vozes desesperadas
entrando em seus ouvidos...
Pavor, dor, olhos arregalados...
De repente um pulo,
um susto, ele acorda
Assustado,
banhado em suor.
Toda noite, todo sono
Ele matando alguém;
nunca via quem era
mas ele matava,
sentia o sangue
nas mãos;
ouvia os gritos
de dor, de medo.
Acordava apavorado
no meo da madrugada;
olhava pro relógio;
três em ponto
sempre, toda noite...
O sono sumia
andava pela casa
feito um zumbi....
Cigarro, álcool e drogas.
Hoje não mais ...
não mais sonhar;
não mais matar.
Sem sono;
meia noite.
Vai dormir
dorme pesado;
o sonho vem;
a faca na mão;
a vítima vindo
medo nos olhos...
ele avança
ataca e mata.
Sangue, dor e medo;
o líquido vermelho escuro
grosso e quente;
escorre pelas mãos.
A dor toma conta de seu peito,
ele acorda, a dor é insuportável;
sente as mãos molhadas,
olha para elas...
ensanguentadas.
Olha para seu peito,...
encharcado.
A faca caída na cama.
Olha no espelho
e vê muitas marcas,
na camisa....
São facadas, muitas,
o ar lhe falta
a dor aumenta,
senta,
deixa o corpo cair para trás.
Essa noite é a última,
o último sonho,
o fim.
Não mais sangue.
Não mais pesadelos.
Não mais vida.
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