O Quarto- Cap 06

6-Capitulo;-Brincadeira sem Graça

Paulo só foi saber o que aconteceu bem mais tarde, a mãe de Gabriela, depois de muito chorar o contou. Gabriela havia chegado chorando, contara que tinha brigado com o namorado e entrou no quarto, quando foi na madrugada deu um grito e depois tudo ficou quieto, como era madrugada a mãe esperou amanhecer, foi quando encontrou a filha inconsciente.

Paulo se sentia culpado de algum jeito, Débora tentava o conforta dizendo que não era sua culpa, por fim se irritou com a preocupação de Paulo e foi para sua casa.

Paulo esperou a empregada chegar para poder ir ate o hospital, encontrou a mãe de Gabriela chorando aos prantos.

-O que foi? Aconteceu algo com ela?

-Ela esta em coma.

-Coma? Mas....

-E o namorado dela foi encontrado morto perto da casa dele. –Ela o interrompeu para dizer.

Paulo ficou sem reação, primeiro Gabriela ficou em coma, depois o namorado dela morto, seu peito se encheu de culpa e ele não aquentou ficar mais lá e foi para casa.

Seu tio André chegou como de costume na hora do almoço, Paulo jurou ver um sorriso na face do seu tio, mas, se foi o que viu, ele disfarçou muito bem com a cara de preocupado que colocou depois, e perguntou o que tinha acontecido. Paulo contou, ele disse que sentia muito e foi comer.

Paulo refletiu muito aquela tarde e sabia muito bem quem tinha feito aquilo com os dois, foi então pedir a opinião de Débora. Ricardo foi quem abriu a porta.

-Bom dia Paulo.

-Débora esta?

-Esta sim, lá na sala, com raiva, deve esta de TPM, entre faça companhia a ela enquanto vou receber uma encomenda na loja.

Paulo entrou, Débora estava vendo tv, o olhou e perguntou o que estava fazendo ali.

-Eu vim te ver.

-Você devia ir visitar era sua: cachinhos dourados.

-Eu fui visitar ela...

-E Ainda confessa. – Ela bufou.

-Sabe que eu me sinto culpado, escute.

Paulo contou toda a historia da festa, sua teoria sobre o homem dos olhos amarelos e que acreditava que ele pegou Gabriela e matou o namorado dela, Débora refletiu muito e deu um sorriso.

-Só tem um jeito de saber.

-Como?

-A brincadeira do copo.

-Brincadeira do copo?

-ah não.

-Deixe de ser medroso Paulo.

Ele tentou dizer que não, mas no final estava curioso e concordou. Paulo já havia descoberto quem era o garoto dos seus sonhos que estava no inferno, era um amigo de infância, morrera ainda cedo, era um vizinho, orar não era muito o forte de Paulo, mas ele orou a semana toda pela alma do amigo.

A “Brincadeira do copo” foi marcada para um final de semana, quando tio André não estivesse em casa, seriam cinco pessoas no total, Débora estava ansiosa e fazia os preparativos na loja.

-Acho que não devemos usar os colares.

-Por quê?

-você disse que não aconteceu nada depois que começou a usá-los e eu também nunca vi nada em seu quarto.

-É, faz sentido, mas tenho medo pelos outros.

-Ah vamos conversar com ele, isso não é um ritual de invocação.

Mas Paulo tinha seus medos, e foram confirmados com um sonho na noite anterior.

-Ele sabe que estão vindo, ele quer pegar todos vocês.

Paulo acordou assustado, o quarto estava deserto, por fim voltou a dormir.

O dia marcado deu certo embrulho no estomago de Paulo, ele comeu em silencio, e seu tio André tinha um olhar de desconfiança quando saiu pela manha, ele iria dormir fora por três dias a negócios. Quando anoiteceu, lá para as 22:00 os garotos chegaram, eram todos: Paulo, Débora, Lucio, Marcos e Aline, todos subiram para o quarto.

Paulo e Débora tiraram os colares e colocaram no bolso, no quarto fazia um silencio absurdo, quebrado apenas pela respiração ofegante de Tália.

-Calma Tália.- Pediu Débora.

-Eu tenho medo. –Respondeu a garota, Marcos a abraçou.

-Então vamos começar? –Sugeriu Débora.

Todos colocaram as mãos no copo, e olhavam um para o outro, fecharam os olhos, Débora falou:

-Tem Alguém ai? - Nada aconteceu, ela insistiu.

-Tem alguém ai? – Novamente nada aconteceu, Tália suspirou aliviada

-Talvez ele já foi embora. –Disse Lucio com medo aparente.

-Pergunte você Paulo. –Débora disse.

Paulo suspirou.

-Tem alguém ai? –Perguntou sem animo.

O copo não se mexeu.

-Bem não tem nada ai viram? –Disse Lucio.

Mas nessa hora o copo tremeu e então foi para SIM. Todos ficaram perplexos.

-Pergunta mais. –Disse Débora com curiosidade e medo.

-Quem é você? – o copo não se mexeu, ele esperou um tempo e fez outra pergunta.

-Você é o filho de tio André? – O copo se mexeu para SIM.

Tália correu assustada e saiu do quarto, Lucio foi atrás dela.

-Tália, Lucio esperem..-Gritou Débora, mas já era tarde.

Pediram para Paulo continuar.

-Você esta preço nesse quarto? –SIM foi à resposta novamente, todos estavam ofegantes.

-Foi você que pegou a Gabriela? – Débora estava curiosa, Marcos o olhou sem entender.

O copo ficou parado muito tempo, mas se moveu para SIM.

-Foi você que matou o garoto? – Paulo estava nervoso, o copo parecia estar ansioso.

O Copo se arrastou logo para o SIM, e logo depois foi para as letras formando uma frase: FOI DIVERTIDO.

Todos ficaram com medo, Paulo continuou.

-O que você quer?- O copo foi ate as letras. B-R-I-N-C-A-R.

Tudo aconteceu em um piscar de olhos, um segundo estavam no quarto, outros foram tele transportados para um ambiente sujo e enferrujados que já devem conhecer como o pátio, só que dessa vez estava vazio, exceto por Débora, Paulo e Marcos.

-Onde estamos. – perguntou Marcos amedrontado.

-Nem queira saber. – Disse Paulo, Débora se aconchegou em seu braço.

Em uma porta distante um homem puxava alguém pelos cabelos, esse homem era o de olhos amarelos e esse alguém era a Gabriela, Paulo se precipitou para a porta, mais barulhos de correntes cortaram o ar e uns seis daqueles grandalhões com correntes saíram em direção aos três, Paulo olhou em volta, viu uma porta se abrir e Guto o chamar, ele agarrou no braço de Débora e a puxou.

-Corra Marcos.

Paulo e Débora correram sem olhar para trás, ate chegarem na porta e se virarem para presenciar a cena mais horripilante de suas vidas, eles, os grandalhões com correntes nos pulsos agarram Marcos e como se fosse um brinquedo, dois, cada um pegando de cada lado o partiu no meio com uma facilidade sobre-humana, o que ficou com a parte de cima do corpo arrancou a cabeça e jogou na direção de Paulo e Débora, só que atingiu a porta, pois Guto os puxou para dentro do quarto.

-Ele conseguiu o que queria, ele quer que você vai atrás dele Paulo.

-Eu vou, ele esta com Gabriela.

-Você não sabe como é o inferno lá fora.

-Como o inferno lá fora?

Guto fez um careta.

Logo Postarei o 7 e ultimo capitulo.