A Mulher de Rosa
Uma moça que se chamava Christine há muitos anos atrás, teve uma terrível decepção amorosa, no dia do seu casamento foi abandonada pelo noivo no altar da igreja, antes de ambos dizerem o sim às palavras do padre. O noivo que se chamava Alfredo era famoso por ser um boa-vida, que não tinha muito interesse em ter compromisso com mulher alguma. Pessoas da família e amigos costumavam avisar Christine que aquele casamento não daria certo, mas Christine muito apaixonada, não lhes dava crédito.
Alfredo saiu correndo da igreja, antes da noiva chegar ao altar. O jovem entrou em uma limusine de uma mulher muito rica, bem mais velha do que ele e fugiram juntos. Preferiu ser um gigolô a casar com a mulher que tanto o amava.
Christine estava usando um vestido de noiva diferente, ao invés de branco tradicional, ela usava um vestido e véu todos cor-de-rosa.
Estava chorando muito, saiu correndo da igreja também e correu em direção à estrada que passava perto da cidadezinha onde morava, no interior de Minas Gerais. Ela corria sem parar, estava inconsolável. Quando tentou atravessar a estrada correndo, um caminhão não teve como parar e a atropelou ali mesmo! O motorista tentou socorrê-la, mas ela morreu antes mesmo de dar entrada no hospital.
Todos na cidadezinha ficaram tristes, o prefeito decretou luto oficial de três dias no município, visto que a noiva era sobrinha do mesmo.
Naquela cidadezinha de Minas Gerais espalhou-se uma lenda sobre a Mulher de Rosa! Caminhoneiros que passavam pela estrada do município a viam do lado de fora, correndo pela estrada e quando ela olhava para eles, começava escorrer sangue do seu rosto e ela sumia. Alguns disseram que viam uma moça muito bonita vestida de rosa pedindo carona. Eles paravam e ela subia no caminhão ou automóvel, daí quando olhava para eles, também escorria sangue do rosto dela e ela desaparecia.
Surgiu um relato de que seu antigo noivo que a abandonou há muitos anos atrás estava passando pela cidade, quando ela surgiu pedindo carona para ele! O homem a reconheceu. Foi então que ele perdeu o controle do carro e bateu fortemente na traseira de um caminhão, vindo a falecer logo depois! A partir deste momento, nunca mais se ouviu falar da Mulher de Rosa.
(Conto publicado na antologia "Sombrias Escrituras" de contos de terror, da Editora Cidadela - Porto Alegre - RS, ano de 2010)