A matança

O vento uivou mais uma vez.

Gélido e fétido.

Os odores de carne fresca rasgada e sangue escorrido eram repugnantes.

O sangue ainda descia pelos corpos dilacerados e banhava o quintal da casa refletindo a luz intensa da lua.

Carla tremia a cada membro de sua família que encontrava. Por muitas vezes teve ânsia de vômito. Seu irmão, sua avó e pais, brutalmente assassinados.

Caiu de joelhos ao ver próximo a cadeira de balanço, a cabeça degolada de sua mãe. Enquanto chorava, sentiu algo melado grudando entre seus dedos. A luz da lua pode ver o que era. E então lembrou do gosto doce de sangue em sua boca.

E tudo fez sentido.

G Gonzalles
Enviado por G Gonzalles em 25/08/2009
Código do texto: T1773675
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