A MORTE A VENDA
A penumbra da noite, delineava os mausoléus daquele campo santo, e ao fundo, uma sombra sinistra, levantava do túmulo mais um caixão, o segundo da noite, afinal hoje fora um dia produtivo, houveram dois enterros.
Quando o dia se fez, em frente ao cemitério, o coveiro Delano Paz, em gesticulações nervosas explicava alguma coisa a um senhor de terno escuro, que balançava a cabeça negativamente,
a cada afirmação do coveiro, por fim, com um leve tapa no ombro do coveiro, disse alguma coisa, entrou no carro e sumiu.
10 anos de serviço ativo naquele cemitério e Delano conseguira muitos bens, aliás além do que poderia, o que provocava suspeitas de alguns incorfomados com o enriquecimento rápido do coveiro.
A desconfiança era tanta que alguns resolveram montar campana ao lado do cemitério pra ver de onde vinham os valores de que ultimamente, em maior numero o coveiro vinha possuindo.
Delano nunca foi de dar pistas de seus ilícitos, uma raposa velha se julgava, mas a insistência daquele homem de terno em visitá-lo, gravou na mente dos espiões a face do sujeito, que iriam investigar quem era.
30 dias de investigação, e nada se apurou a respeito, e o senhor de terno foi deixado de lado, porque a placa do carro de outra cidade, ja havia desestimulado os espiões para uma procura maior.
Numa ultima tentativa iriam vigiar o cemtério a noite, para ver se algo de diferente viam, ja que de dia nada mudou,
a não ser a ultima visita daquele homem de terno ao coveiro.
Não foi uma visita amistosa como da outra vez, de dedo em riste desta vez o homem parecia bastante transtornado, ao entrar no veículo.
A noite chegou...Os dois espiões, resolveram passar antes de entrar no cemiterio, no pequeno galpão onde Delano guardava as ferramentas.
Com certa facilidade abriram a porta, a mesma estava só encostada, e passeando a luminosidade da lanterna pelo pequeno cômodo, viram em cima de uma mesa, um caderno.
Um dos espiões pegou o caderno sujo de terra, e começou a folhear...
Era um caderno onde ele anotava nomes e numeros referentes aos enterros.
Na sequencia da relação estava o nome da pessoa, lugar onde fora enterrada e uma pequena flexa que dava para um nome...
Notaram que as flexas levavam sempre para o mesmo nome, e que aqueles mortos, eram pobres, enterrados no solo mesmo...
O último nome embaixo, observaram teria morrido naquela tarde...
Pegaram o caderno e saíram, ao dar pelo menos cinco passos, algo lhes chamou a atenção la no fundo do cemitério, que era num terreno mais elevado.
Furtivamente entre os túmulos aproximaram-se daquela cena...Não havia dúvidas, alguém retirava o corpo do falecido da tarde, do túmulo.
Deram a volta num túmulo de alvenaria, e pelas costas da pessoa que retirava o caixão, chegaram e imobilizaram o sujeito.
E a surpresa maior, ao lado daquele túmulo, morto, o coveiro...
Retiraram o caderno do bolso, sob a luz da lanterna,e as palavras finalmente tiveram sentido...
Aquela face que eles bem conheciam era o dono de um laboratório de pesquisas que comprava corpos do coveiro para estudos, e o pobre do coveiro foi morto por não entregar as encomendas em dia, e hoje seria enterrado no lugar do defunto ...
xx eas xx