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O FANTASMA DO CABARÉ *
A casa noturna ficava na rua João Pessoa, próxima à rua Lobo da Costa. Minha mãe trabalhou ali como gerente, por alguns anos. O proprietário chamava-se Badia, por isso, o nome, “Cabaré do Badia”. Algumas vezes fui, durante o dia, com Dona Maria àquele local para fazer a limpeza e deixar tudo preparado para a noite, quando haveria apresentações com mulheres (de vida difícil); era uma das casas noturnas mais famosas da região, à época. As pessoas mais velhas (principalmente os homens) devem lembrar-se dela. Aos que acreditam em espíritos, fantasmas e sabem das possibilidades de minha narrativa ser verídica, quero deixar claro que não cheguei a presenciar as aparições, mas lembro-me que, várias vezes, minha mãe foi apagar as luzes do salão que, sem ter ninguém no local acendiam sozinhas.
Naquele inicio de noite, lembro-me tê-la ouvido falar com alguém, sair apressadamente do salão, pegado minha mão, juntado suas coisas, saindo da casa e nunca mais voltamos lá. Como eu era criança, tinha apenas oito anos, não entendia nada do que estava acontecendo, muito menos o motivo de minha mãe estar tão assustada.
Por ser filho único, minha mãe conversava muito comigo, procurando fazer com que aprendesse cedo tudo o que teria que enfrentar em minha vida física. Em casa , ela me contou que tinha visto uma senhora, toda de preto, acender as luzes e depois sentar-se em uma das mesas. Quando minha mãe falou com ela, esta virou-se, olhou-a e desapareceu. Contou-me a história toda, pois eu era o seu melhor ouvinte, narrando-me com detalhes que, a senhora (fantasma) havia sido uma mulher muito bonita, companheira do proprietário da casa. Por ter sido enganada, tinha cometido suicídio; não encontrando paz, seu espírito continuava presente naquele local. A explicação que Dona Maria, me deu, hoje começa a fazer sentido, pois me confirmaram alguns anos depois, outras pessoas. Sei e acredito que, ela não mentiu para mim, pois além de não ter motivos para isso ela odiava a mentira. Ainda me lembro do seu semblante assustado e da maneira com a qual saímos naquela noite: estava realmente apavorada.
* Este é um conto veridico, você não precisa acreditar, mas é !
Poderia prolongar esta narrativa, mas, por saber que a resposta tem uma explicação lógica no espiritismo. Deixo-lhes o direito à dúvida e à sua própria imaginação.
Gildo Oliveira