JOGOS DE ESPELHO
PRIMEIRO CAPÍTULO
A tecla movimentava a cada toque dos meus dedos gelados pelo frio de inverno. Eu queria saber mais sobre meus pensamentos, do que sou ou deixei de ser.
Minha respiração esvaia através das letras que se formavam fixada no papel de ofício. Era o quinto capítulo e minhas idéias questionavam o paradoxo que se formava devido à noite anterior. A polícia ainda permanecia em frente ao apartamento observando-me.
Não queria lembrar-me do acontecido, pois, já não era aquele vampiro de antes, eu não deixava vestígios de meus atos, onde três pessoas eram mortas para eu me alimentar. O livro era uma espécie de Biografia e sua sombra era observada pela polícia pelo qual é incontrolável este fato.
Eu aparentava ter dezenove, mas tinha duzentos e vinte e três anos. Sempre fui solitário e esbarrei por alguns iguais a mim. Somos ladinos e cautelosos por natureza e às vezes sensíveis ao meio em que vivemos.
Aquela mulher era tudo que pedi a Deus, pensava o rapaz no vagão do metrô sentado do lado de um casal de idosos. O vampiro sentia seus pensamentos tentando saber mais sobre sua presa.
Parou de escrever e foi olhar novamente na janela da sala. Toca a companhia no exato segundo, para de mexer na cortina suavemente observando o movimento e vai ver quem era. A vizinha alegre estende seus braços com uma tigela em suas mãos. Mais daqueles biscoitos que nunca serão comidos! Pensou.
Obrigado D. Ângela!
Ela respondeu com outro sorriso e ele fechou a porta.
Pega este vampiro para mim e traga sua cabeça em uma tigela. Disse Lord Tedys o ancião. Há sessenta anos atrás, era perseguido por esta tribo devido a relatar várias vezes fatos históricos e reais sobre a natureza Vampírica à sociedade humana.
O homem andava apavorado e a cada passo seu coração pulsava de medo já percebendo a ação do vampiro que o perseguia. Frequentemente olhava para trás, enquanto o vampiro fixava seus olhos nele. Está ficando claro não dá mais para tentar tenho que me refugiar em algum lote, depois eu pego este safado.
Quando deram seis horas Versus se arrumou para dormir apagou as luzes tirou o papel da máquina de escrever. Sabia que este livro principalmente este não ficaria impune pelos vampiros, mas sua afeição aos humanos superava este medo. A polícia iria trocar de turno e Versus esperto aproveitou a oportunidade para sair um pouco, ou melhor, encontrar com um informante na biblioteca Pública de São Paulo. Depois de uma hora estava olhando alguns livros e surpreendemente e pego por trás.
___Rodrigo assim você me assusta!
___Só queria estar com uma câmara para você ver sua cara.
Os dois deram risadas e foram para uma mesa discutir algumas idéias.
O conselho mundial está a sua procura. Versus colocou a mão no queixo e respondeu:
___ Eu já imaginava meu caro, não sou nenhum bebê que não saiba onde estão as mamas.
__Você vai editar este seu livro assim mesmo?
__A humanidade tem de saber destes fatos.
__ Mas você escreve por metáforas como um leigo descobrirá tal atitude Versus?
__ Eu saberei como escrevê-lo neste livro para que fique bem claro nos próximos capítulos e não há nada que me impeça.
__Trouxe o CD Rom? Está aqui! Não deixe cair em mãos erradas confio em ti, mas se vacilar eu mesmo te matarei. Rodrigo deu uma risada sem graça vendo a sinceridade de Versus e os dois saíram do lugar.
O vampiro ligou o computador muito sofisticado e digitou uma senha de acesso. Uma pequena agulha no mouse tirou algumas gotas de seu sangue. Imagens em letras em Aramaico e Hebraico se formavam enquanto fazia o Loading, pediu outra senha agora só através de números exatos apareceu em outra tela Ordem The Setys. Ligou uma espécie de webcan e começou a falar em uma língua desconhecida com outro vampiro.
__Tenho ótimas notícias as tribos estão querendo pegar um vampiro relator.
__ E qual é seu nome? O vampiro pensou alguns segundos e responde que não sabia.
__Do outro lado o ancião disse:
__Temos que tirar todos os seus dados antes que aconteça o pior.
__ Sim meu mestre providenciarei tal ato.
Versus desta vez a estória está mais surpreendente, porém você tem certeza que vá publicá-lo, não é como outro livro está mais aberto à compreensão, desta vez você se superou.
__Rodrigo isto é apenas o começo e eu já não quero viver guardando tantos segredos já vivi o suficiente para entender meus conceitos e ideais.
Chega à noite e Versus estava segurando um copo com sangue bovino uma de suas maneiras de se esconder da polícia. Coloca a máquina em cima da escrivaninha e começa a trabalhar. Antes de ser vampiro Versus era escritor muito conhecido apesar de jovem, nasceu em berço de ouro depois da morte do pai entregou sua vida a qualquer um que passasse em sua frente até que um vampiro o escolheu com esta maldição como falava no começo. Ele tinha uma beleza diferente apesar de moreno tinha cabelos longos e olhos escuros. Quando transformava seus olhos ficavam esverdeados com tons azuis. Versus não tinha tanta veneração pela sua vida de vampiro por isso era o que é, destemido sem máscaras.
Rodrigo era humano e editor sabia de sua história, mas era fiel ao seu cliente desde quando se conheceram em um bar. Versus queria seu sangue, porém percebeu que ele lhe seria útil e deixou o tempo tomar seu rumo.
SEGUNDO CAPÍTULO
Havia várias cadeiras em forma de círculos, cada cadeira era usado por um ancião até chegar ao líder geral. Este Líder era trocado a cada cem anos para que a Ordem não seja sempre os mesmos ideais e conceitos para humanos seja político ou até mesmo astral.
Disse o líder:
Adonai ‘Tsebayoth
(O senhor dos exércitos)
Hoje teremos de discutir um assunto diferente do casual é a respeito de um vampiro relator. Todos atenciosos um de cada seita escutavam.
Como sabemos nossa origem foi perdida durante os séculos, mas a discrição continua intacta desde quando a formulamos para nosso benefício, porém um quase neófito esta atrapalhando nossos interesses e idéias. Seu nome ainda não será divulgado por precauções indesejáveis, logo pegaremos este impostor.
Sua camisa de seda estava manchada de sangue era visto pelas pessoas na rua. Seus pensamentos desconexos e uma vaga lembrança de sua individualidade se perdia que a cada momento só pensava em sangue. Eram três horas da manhã e seus familiares não sabia onde seu filho pródigo se encontrava. Marcelus andava entre as pessoas vampirizado não sabia o que tinha lhe acontecido e cada passada seus sentidos pediam por sangue e seus lábios estavam salientes devido a suas presas que para ele não fazia sentido. Entrou por um beco e viu uma pessoa deitada, não pensou duas vezes cravou seus dentes no mendigo. Sentiu uma euforia e prazer que nunca tinha passado em sua vida e a cada sugada seus instintos eram saciados. Esta foi minha transformação dizia ele a um vampiro mais jovem. Versus estava escrevendo ele mesmo no livro, porém com outro nome Marcelus para não dar tanta veracidade do que possuía em suas mãos. Marcelus estava em uma espécie de igreja, seus contornos arquitetônicos e sombrios eram fáceis de ser percebido. Estava em um pátio sozinho no chão gelado, não lhe fazia mal naquele momento, viu de longe uma mulher vestida de vermelho. Vinha ao seu encontro meio sonolento não dava para perceber seu rosto. Dois homens vinham também atrás dela. Ela disse:
__Respire fundo, respire fundo
Ele de imediato fez, saiu um vômito em cor de sangue.
Um dos homens disse acabou de ser transformado. Vamos levá-lo ao Lord para saber o que fazer com ele, não sei como conseguiu chegar até aqui!
Dormiu três dias e três noites, quando acordou estava rodeado por vampiros alguns dando boas vindas e outros com afeição de desprezo, estes eram ainda neófitos e pensavam que tomaria seu lugar na Ordem. Marcelus será seu nome de batismo disse um dos vampiros com aparência mais antiga jogando água em seu corpo. Aqui agora será sua morada você já deve ter percebido que é um de nós; um vampiro. Marcelus ficou sem fala, mas concordou lembrando fragmentos de algumas horas antes no beco. Deram-lhe roupas e deu um copo de sangue.
Agora seu único alimento será este!
Marcelus não sabia o que sentir, não sabia se ria ou chorava suas emoções estavam fora de controle. O Lord percebendo a confusão disse:
Calma meu caro é a sensação da vida de seu senhor o qual te transformou, depois de alguns dias saberá como controlar isto.
Versus acorda meio sonolento eram cinco e quinze da tarde ainda dava para ver o sol cair pelo horizonte, mas de onde estava não sentia a claridade do sol somente através do vidro fume do prédio. Senta na cama e pensa um pouco sobre o que fazer, deu-lhe uma vontade de sair à procura de alimento mas seus instintos negavam este ato.
Capitão o nosso homem ainda se encontra no apartamento temos como pegar um atestado para invadir o local?
___Não! veremos o que vai fazer durante alguns dias tem superiores que estão me apertando para pegá-lo. Ele não tem nenhuma ficha criminal somente uma antiga uma pessoa já morta chamado Vespertine Gosturbug Saudiz, os dados do computador codificou o documento e sua foto realmente consta somente isto. Ele é um fantasma ou um estelionatário vamos pesquisar mais dentro de alguns dias o pegaremos. Rodrigo tinha informantes dentro da delegacia e descobriu este fato. De imediato telefonou para Versus e por códigos disse para se encontrarem e que levasse algumas roupas. Depois de três horas estavam no aeroporto já sabendo da polícia e sua investigação pensou ir para Israel ou ao Egito para pesquisar sobre sua linhagem para o livro. Há Vinte e cinco horas estava aportando no Egito para ele desconhecido não falava a língua do País, porém enfrentaria este empecilho por necessidades maiores. Estava ansioso por conhecimentos primeiro deveria entender os idiomas antigos da região, hebraico. Conhecia alguma coisa mais era insignificante para um estudo mais apropriado. Ficaria alguns anos pensava, enquanto tomava um café e pão árabe.
Tinha conhecimento que neste local não seria pego e por isso estava menos preocupado principalmente com vampiros da região pelo qual eram discretos e não invadiria sua privacidade. Primeiro deveria ir ao chefe dos vampiros comparecer com sua presença no local, mas antes mesmo o vampiro ancião tomou parte e já manifestava cordialidade dele estar no país. Na outra noite foi à cidade à procura de uma máquina de escrever para comprar se não encontrasse escreveria a mão mesmo. Não achou e decidiu escrever a mão, pois não tinha alternativa. Já que ancião tomou parte pensou sair para conseguir sangue. A polícia no local era destemida por todos, porém em relação a sua natureza era fácil conseguir o que queria.
O vampiro relator está em outro país disse o Líder da ordem:
Já comuniquei com alguns anciões e espiões em cada país para achá-lo têm de detê-lo se não nossa história cairá por terra. Consegui encontrar um de seus informantes que lhe é muito caro está preso sob minha jurisdição, a qualquer momento o interrogarei. Sei que vai preferir à morte ao falar algo sobre ele, mas o transformarei em um e conseguirei tirar de sua boca o que quero, quando clamar por sangue no asilo onde está neste momento.
Versus foi à terra santa para conseguir alguns documentos pelo qual é de seu interesse. Muitos jogados a traças e alguns em bom estado. Tinha um documento em especial Lashon haKodesh (a língua sagrada) roubou no museu comentava a morte de um messias e a Ordem envolvida. Talvez não seja o Cristo, pois muitos religiosos eram venerados naquela época. Em Hebraico língua usado naquela época dizia alguns aspectos interessantes como: A serpente e os Carniçais eram mantidos de acordo com a Ordem Suprema. Versus só conseguiu traduzir esta parte, o resto estava difícil para ele. A sua linhagem é muito antiga isto ele sabia pelos seus cálculos desde quando surgiu à civilização os seus antecedentes já apareciam na história vampíricae humana. Sem nenhum contato tentou ligar para Rodrigo para descobrir sobre a investida dos policiais. Não conseguiu estava dando ocupado várias vezes ligou no celular alguém atende e pergunta quem era. Versus esperto diz ser outra pessoa em italiano. Os vampiros depois de alguns segundos descobriram onde a ligação se encontrava e não era na Itália e sim no Egito. Versus sabia disto e lamentou ter ligado para o celular do amigo, não pensou duas vezes foi para Israel depois de algumas horas.
Também deveria encontrar o príncipe ou ancião da região indicando sua estadia no país. Desta vez foi difícil, pois eles eram muito discretos e não tinha nenhum covil onde eles se encontravam para se alimentarem. Versus tinha duas escolhas relatar aos vampiros sua localização ou ficar como fantasma não indo à caça com suas presas nas Ruas de Israel.
Em Israel podia tudo para homens e nada para mulheres onde estas de noite ficavam em suas tendas escondida. Versus tinha esperanças em encontrar fragmentos da ordem. Pensou; tenho que achar algum tradutor que fale minha língua.
Não se via absolutamente nada somente móveis e livros naquele lugar sombrio, sabia que era prisioneiro e pensava dias e dias para sair daquele local. Marcelus!
Sim meu mestre!Sempre demonstrava cordial, pois sabia que isto era uns dos seus métodos para sua integridade onde só se via crueldade.
__Temos reunião hoje à noite compareça!
__Sim com todo prazer. O chefe saiu em uma das salas com um sorriso engrandecido pelo seu poder.
Aquela sala onde estava era a que tinha mais livros ficava hora os observando. Naquele dia pegou um no último da fileira. Abriu e o símbolo dava uma vaga lembrança quando chegou recém transformado. Começou a ler.
As casas e monumentos em Israel são lindos, alguma hora chega a uma festa feita pelos forasteiros da região emuma cidade distante do centro. Conversava em gestos com alguns, mas Versus não se sentia bem somente com este tipo de comunicação queria mais. O frio era imenso, mas já estava acostumado depois de três dias e algumas bebidas. Enquanto pensava em um canto da sala vê um amigo muito antigo Gerdyas, fica surpreso e vai ao seu encontro.
Oi meu caro há quanto tempo?
__Exatamente 101 anos e alguns meses.
__Claro lembro deste detalhe.
__ O que viestes neste fim de mundo?
Os dois deram umas risadas e Gerdyas respondeu:
__Estou à procura de minha linhagem.
__A vida é muito irônica é a mesma situação minha.
Houve um silêncio na hora e os dois tomaram muitas bebidas e conversaram discutindo um século de vida. Eles falavam em Italiano língua de sua terra natal.
TERCEIRO CAPÍTULO
Houve um furo em uns nos dedos e as imagens apareceram na tela.
Não deixa pistas você tem de dar o remédio junto com sangue que lhe enviei, ele ficará dormindo durante algumas horas. Chegaremos ao local na hora prevista e não aceitarei erros.
__Sim meu senhor não te decepcionarei.
Versus não acreditava no que estava vendo entre a pilastra do quarto. Gerdyas era um espião da Ordem. Saiu sem dar vestígios, arrumou a mala em segundos e pegou os manuscristos. Estava decido que iria para Europa à Roma cidade do vaticano protegido a sete chaves por humanos religiosos.
Voltou novamente:
Senhor Versus não se encontra no quarto.
Do outro lado o Lord disse:
__Não terá problemas. Sente uma arma em sua cabeça e um tiro é disparado, bala de prata a única mortal para vampiros. Os capangas e peões da ordem vasculham o quarto dos dois, não acharam nada somente um bloco papel e uma caneta, talvez seja o que Versus está escrevendo disse um entendido em toda trama. Apareceu logo depois a polícia no quarto devido ao ruído do disparo, mas não acharam nenhum corpo no local. Versus há cinco horas estava no avião, não aceitou nenhuma comida apenas bebidas alcoólicas. Não aparentava seu medo às pessoas em volta, mas por dentro existia um sentimento insuportável, o instinto da morte. Pensava em algumas coisas quando ainda era neófito a procura de um Deus que o protegia mesma nessas circunstâncias de essência que era. Lembrava ainda quando era humano e sua fé por Deus e percebeu agora que mesmo se tivesse culpa em matar pessoas para se alimentar ainda existia um Deus forte dentro dele. Isso não era o bastante ele sabia, mas não teve culpa de ser o que era, pois foi pego de surpresa e sem reação.
Tentava ler os papiros, mas o que mais lhe vinha à cabeça era fugir. Chegou a Roma. Versus por ser vampiro percorreu o mundo inteiro e por isso falava vários idiomas. Vendo um rapaz aparentemente vestido pediu um cigarro.
__Claro! Pode pegar um!
__ Você sabe onde consigo um tradutor meu caro?
__Sim venha comigo que eu lhe mostrarei.
Versus achou engraçado sua iniciativa e já descobriu pela sua presença que ele não era humano. Havia uma espécie de igreja e adentraram, siga por este caminho que o levará a pessoa exata. Versus achou outra vez estranho mais destemido foi. Chegando lá em uma sala enorme viram vários vampiros cada um com um computador e um veio em sua direção.
__Foi difícil te achar mais olha quem ansiosamente chegou.
Versus olhou em seu rosto e percebeu alguma semelhança, mas não sabia onde ou quando viu aquele vampiro.
Logo em seguida disse:
__ Versus sou eu seu senhor, aquele que te transformou.
Ele queria falar inúmeros acontecimentos, mas ele adiantou.
Não se preocupe sei tudo o que passou você sempre estava dentro de mim também através de seu sangue.
Esta é uma nova ordem?Perguntou Versus admirado.
__Sim somos uma família de vampiros que faz exatamente o que sempre você fez divulgar segredos aos humanos.
Versus ficou admirado com a situação e pediu ao seu senhor uma única coisa, qual era seu nome.
__Versus meu nome é Queus. Sou o último de nossa linhagem.
__Ele não sabia se chorava, mas conteve. Seus manuscritos serão pesquisados por nós, agora em diante você tomará este posto, pois tenho algumas coisas a fazer. Versus novo para tamanha responsabilidade, mas seu mestre sabia que era possível sua liderança.
Versus tomou a liderança e nunca mais seu nome foi verificado pela polícia do mundo inteiro ou vampiros a quem tanto fugia, pois encontrou seu caminho novamente o de escrever os segredos dos vampiros.