A MÃO QUE TE AFAGA...

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Era inverno e as pessoas estavam afeitas ao calor humano.As roupas não eram suficientes para aliviar o frio intenso que castigava a pequena cidade de... .O comércio faturava bastante com a venda de aquecedores,a cidade deslizava tranquila em sua monotonia corriqueira.Uma família aguardava a chegada de um parente distante.Ele viria à cidade para concluir um negócio que iniciara por telefone e sua presença na assinatura do contrato se fazia mais que necessária.Seu Jonas era o mais ansioso pela chegada de Henrique,primo em segundo grau.A esposa fazia ressalvas quanto a índole da visita que mudaria a rotina da casa.Os filhos,Ana e Pedro,estavam indiferentes.Viviam preocupados com a dura vida de "aborrecentes" que levavam.

Quando Henrique chegou,o frio se tornara mais forte,ele não trouxera roupas adequadas,mas a família de pronto resolveu o problema.Eram muitos os afagos,muitas mãos adulando a visita.Ela precisava ser bem tratada,afinal não era comum receber visitas naquela casa.Os dias se passaram e nada de Henrique resolver o negócio que dissera vir fazer.Tornou-se aos poucos confidente dos jovens das casa,a mãe nem desconfiava as carícias trocadas entre Ana e Henrique.Os mimos foram aumentando e ele já se sentia dono da casa.Pedro tentara alertar o pai das coisas que tinha visto em Henrique,mas como ele era de total confiança,nem ligou.

Henrique convenceu Ana a executar um plano que mudaria para sempre a existência daquela família.

Só não via quem era cego que o casal recém criado na casa estavam vivendo uma tórrida paixão.Henrique dissera que terminara a negociação que viera fazer e estava de malas prontas para partir e agradeceu a todos pela acolhida.Mal sabiam eles que tudo não passava de um plano dele com Ana.À noite ele foi embora e deixou saudades em todos da casa.Ana,não disfarçava o nervosismo.

Ninguém sabia que Henrique era frio,sádico,dissimulado e capaz das maiores crueldades.Na cidade em que ele veio resolver um negócio deixou para traz dois mortos,os quais foram diluídos em ácido para não deixar nenhuma pista.Sempre tivera essa preocupação.Fingiu pegar o ônibus e na hora marcada encontrou-se com Ana.Alí começava o primeiro passo.Após alguns beijos alucinantes ele e ela de posse da chave da casa,esperaram todos adormecerem.Em sua mala havia todo o material necessário para mais um serviço de Henrique.Eram instrumentos cirúrgicos e equipamento de limpeza muitos eficientes.

O frio intenso da cidade tornava o sono mais agradável,a casa dormia tranquila.Eles entraram e um a um a garganta de todos os moradores foi cortada,ainda beberam um pouco de sangue para saciar a sede.Colocaram os corpos na banheira e começaram a diluí-los e tiveram o cuidado de limpar a casa sem deixar vestígio que os incriminassem.Após realizarem a limpeza da casa,Ana e Henrique foram para a cama do casal e fizeram amor de forma enlouquecedora.O dia raiou mais lindo do que nunca.Uma vizinha veio perguntar algo para os pais de Ana.Ana apenas informou que eles e o irmão dela tinham ido para o interior do estado e deixaram ela,agora com o novo marido tomando contas da casa.A vizinha ficou feliz com a notícia do casamento,embora pensassse que ela era uma menina ainda.Quando a visita saiu,eles se olharam,esboçaram um sorriso...

-Amor,tá na hora de ajeitarmos algo pra gente comer.

-Sim,benzinho.Mas não esqueça que fazemos tudo juntos.

LÉO VINCEY
Enviado por LÉO VINCEY em 08/04/2009
Reeditado em 08/04/2009
Código do texto: T1529534
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