A MORTE DIZ AMÉM

A luz opaca entre a neblina daquela noite escondia mais um crime horrendo.
Era uma tradição na pequena cidadezinha, o namoro na praça até altas horas.
Há um ano atráz dois corpos chacinados, foram encontrados à margem do riacho que circundava em metade a cidade.
Muitos voltavam em casais para casa e aí estava o perigo, era mais seguro voltar em grupo de pessoas, pois as mortes sucederam-se desde aquele fatídico dia.
12 pessoas ja haviam morrido desde então.
Quem seriam, ou seria o assassino, que na calada da noite, trucidava os jovens?
Que mistérios haveriam para serem revelados?
Na homilia noturna, o jovem padre, chamava a atenção para os cuidados ao namorarem a noite na praça.
Por descaso das autoridades as investigações nada produziam.
O amanhecer de sexta para sábado ou de sábado para domingo, era sempre esperado.
Eram nestes dias que a morte dava o ar da graça, ou da desgraça.
Ninguem escapou para contar detalhes, todos os corpos apresentavam curiosamente pontaços de punhal em numero igual a idade da pessoa, parecia um ritual.
Eram amarrados, imobilizados e depois a morte era o alívio que trazia a paz para aqueles infelizes.
Porque tanta barbarie, perguntavam-se todos.
E de onde viria essa mão funesta, tragar a vida de adolescentes?
Era o verão de 1967, a praça estava lotada até perto da meia noite, e pouco a pouco, foi esvaziando-se, até que a madrugada silenciosa chegasse.
Pela manhã sem roupas, amarrados e com a caracteristica morte estampada em suas carnes, dois jovens mais foram encontrados na beira do riacho.
Nada de pista, nenhum suspeito, nada.
Naquela manhã, uma tragédia assolou o pequeno povoado:
Ao subir na torre da igreja, como fazia todos os dias, pelas velhas escadas, para tocar o sino, o jovem padre, despencou de uma altura de 10 metros e falecera.
Passaram-se os dias, e o novo padre não havia chegado, mas pelo menos as mortes cessaram.
01 hora da madrugada, um casal, sedento por satisfazer seu apetite sexual,  dirigiu-se para traz da igreja, num pequeno galpão...
Depois de 1 hora sairam, e a curiosidade falou mais alto, adentraram na casa paroquial, sabiam que não existia nnguem lá.
Sem dificuldade, entraram, era uma sala sóbria, pouco decorada, e com poucos móveis.
Mais adiante, um despensa, com poucos víveres não perecíveis, um corredor e o quarto...
Ouviram um barulho, como a de uma cama a ranger...Deve ser impressão, disse a garota,
concordou o rapaz.
Mais 5 passos e abriram a porta do quarto...
Fecharam a porta antes de acenderem a luz...
O clarão proporcionado pela lâmpada acesa, revelou um cenário tétrico.
Num armário, de porta de vidro se viam enfileirados, primeiro uma escopeta e lugar para mais uma,
depois pelo menos 7 punhais, e abaixo deles roupas negras em um cabide.
Mas a visão foi mais aterradora do que parecia pois tinha um ingrediente diabólico.
Um a um todos os jovens mortos, em fotos na parede do quarto...degolados.
O pânico empalideceu o casal, que rapidamente virou-se e saiu correndo do quarto...
O estampido seco e mortal de uma escopeta, rompeu o torax do rapaz que caiu morto, recarregada, explodiu a cabeça da moça, desesperada e muda com o choque.
Meia hora após, num carrinho de mão, lá iam os corpos, pelos fundos da igreja, para a beira do riacho.
A manhã veio e encontrou os corpos onde tantos haviam sido encontrados...
Julgava o maníaco que pagariam seus pecados  se levassem para o túmulo, o numero de anos vividos representados pelos pontaços de punhal.
A casa paroquial totalmente limpa não guardava mais nada da época dos crimes hediondos do jovem padre psicopata e de seu ajudante, que sorvia um chimarrão na sua velha cadeira de balanço na varanda da casa paroquial...
...
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 19/03/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1494914
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