Aquilo encima da estante

Nasci em Salador, capital da bahia, porém minha infancia toda foi vivida em municipio, distante uns 200km da capital, lá iamos sempre, toda a failia que sempre forá grande, vários tios e tias, primos e primas, que hoje em dia o tempo e os afazeres diáros dos adultos, tratou de separar. Ficava ancioso esperando as férias escolares, na esperança de reencontrar toda a primada, lá na casa da minha vó paterna. fora os muruins(mosquito pequeno que adora picar e causar alergias) que teimavam em nos perseguir quando a noite se aproximava, esses eram os melhores momentos que recordo da minha infancia, das brincadeiras, ods mergulhos em uma lagoa que tinha perto do sitio, defecar no mato, subr em árvores, comer fruta no pé, verdura fresca, coisa que diariamente na faziamos, mas nas ferias podia tudo, mas o que me deixava mais ancioso eram as noites, depois do jantar todos reunidos jogando conversa fora e de repente, surgiam as histórias, etá saudades, me lembro que eu era o mais empolgado, porem como era dificil, acordar no meio da madrugada pra fazer xixi, já que o banheiro ficava nos fundos da casa e tinha um vasculhante, que deixava entrar todos os barulhos da noite, e mais não existia energia era lampiao ou candeeiro à gás. o que tornava o ambiente mas sinistro e apropriado para essas historias, porém tem uma que até hoje me intriga, não sei se por causa do personagem ser alguem da minha familia(meu bisavô) ou uma provavel prova da sua veracidade, vamos a ela.

Hà 40 ou 50 anos atrás, existia um misto de inocência e coragem nas pessoas que moravam no interior, pois é a única explicação que vejo, pra alguem sair de casa às 18:00 e retornar às 00 ou 1:00 da madrugada, e sem luz eletrica e na base da paleta(a pé), pois era o que meu bisavô costumava fazer, ele era forte, alto, no alto dos seus 40 e poucos anos, tinha uma forma fisica dispensada a poucos, e como um tipico negro bahiano, era um axcelente capoerista, conta minha vó, que as mulheres da cidades, até as mais clarinhas e até as casadas, respiravam mais fundo, quando o viam nas rodas de capoera. Ele era mestre por isso não perdia uma, e quase sempre essas rodas coeçavam no começinho da noite e se extendia, até as altas horas da noite, meu bisa morava na roça e dava aula para as crianças da cidade, entao ele saia de casa mais ou menos às 18:00 dava uma corridinha de mais ou menos 40min, que ele chamava de aquecimento e nao tinha hora de chegar. Era rara as vzes que minha vó o via em casa durante a semana, mas para ele era sagrado, tanto que minha bisavó nunca reclamou pois sabia que alem daquilo ser uma ajuda no orçamento era tambem parte da vida dele, porém foi numa dessas idas para a roda que meu bisa, mudou totalmente seus hábitos.

Já era 00:30 da madrugada, uma quinta feira, um pouco chuvosa, de repente ele sentiu que tinha que voltar para casa, ele nunca havia sentido aquilo, e olha que sempre deixará a mulher com 2 mennos e 3 meninas pequenas em casa e nunca sentirá aquilo, se despediu dos amigosa, que ainda insistiram pra que ele ficasse mais ele iria embora, colocou um agasalho já que fazia frio aquela noite, fez uns polichinelos pra aquecer, e começou sua corrida solitária, que começava pela pracinha da cidade, depois cortava pelo sitio de um dos seus alunos, margeava uma plataçao de aipim, atravessava a BR 324, pegava mais um caminho cercado por pasto até alcançar o sitiozinho que comprará com tanto sacrificio, tudo estava como antes, aquele ar frio enchendo seus pulmoes e o revigorando, tanto que até testou aumentar o ritmo, ele alcançou a metdade do percusso rápido, que nem percebeu que algo tava estranho, nenhum som, nem mesmo os grilos que eram muitos naquels dias mais chuvosos, nao eram ouvidos, é como se tudo estivesse apreencivo, com medo de chamar atençao, minha vó conta que ele nao soube dizer bem, onde foi exatamente que a ficha caiu que algo de ruim ia acontecer, mas lembra bem de quando estava passando pela plantaçao de aipim, pensou que quease sempre as coisas acontecem quando estamos proximos de casa, pois nossa atençao e guarda, diminuem, é algo automatico, e foi sentindo essa sensaçao de que dali a alguns momentos ja estaria do lado da sua esposa e filho, que ele percebeu que algo o acompanhava, de dento da plantaçao, algo que parecia ensaiar um salto em sua direçao, só deu tempo de se curvar e ver um cachorro( se é que era um) preto, de olhos cor de fogo, babando e rosnando, passar quase o atingindo em cheio. Meu bisa, parou e pensou em pegar um pedaço de pau pra espantar o bicho, quem poderia ter deixado uma fera daquela solta, deveria esta tomando conta da plataçao e se soltou, o bicho saltou e ja se enveredou na plataçao que ficava do outro lado da estrada, ele se armou de um pedaço de pau, porem nao esperou que o bicho reotrnasse, e continuo correndo agora mais apressado, ja estava alcançando a rodovia, dalia eram mais cinco minutos e estaria a salvo em seu lar, e no outro dia iria procurar os donos daquelas plantaçoes, seus filhos passavm por ali quando ia pra escola, mal esse pensamento foi produzido em sua mente, outro invandiu, mais nao um pensamento e sim uma sensaçao, o pavor. Às margesn da rodovia o bicho parecia está esperando por ele, era grande, mesmo deitado, parecia enorme, mas o pior ainda estva para se apresentar, pois meu bisa, uma senhor de 40 e poucos anos, nao era homem de mentir, minha vó conta que nunca ouviu ele contando piadas, era sempre trabalhando, e foi esse homem que jura que viu, o bicho que ele ja se preparava pra escurraçar achando que era um cachorro, se levantar e ficar em 2 patas, de pé o bicho media brincando uns 2 metros, mesmo tendo ele 1.89m e pesando quase 100kg, imaginou que aquilo seria algo que daria trabalho pra resolver, e uma coisa ele nao entendia aquela coisa ja tinha diso apresentada a ele, em forma de contos e historias que ele sempre respeitou, pore´m nunca acreditou e outra coisa, era quinta, não era o dia propicio pra aquilo sair pra suas caminhadas noturnas, ele sabia o aquilo era, ele so nao sabi como iriam enfrentaa-lá.

Ele nao sabe como tudo começou, meu bisa contou que o bicho veio pra cima com tudo, arfava, babava, acho que ja sentindo o gosto da carne da vitima, mas meu bisa nao seria uma cordeirinho esperando o predador nao, ele era um homem, com mais de 20 anos de capoera e com o corpo moldado por ela varios giros foram dados, pontapés, ele sempre trazia consigo seu facao, o qual mantinha bem amolado, que tratou de apresentar cmo um otimo talisma pra uma situaçao daquelas, foi coisa rapida, e simples o bicho o queria estraçalahr e ele salvar sua pele, dizem que quando somos apresentados a morte eminente, somos possuidos por uma força sobre-humana, acho que este foi caso, pois minha vó conta que o bicho tentou agarra-lo, coisa que se conseguisse fazer teria quebrado todos os osso dos seu corpo, neste gesto, investiu todo seu corpanzil para frente, se aproveitando disso, meu bisa com um rabo de arraia e uma meia-lua, desequilibrou o bicho que caiu de um barranco no meio da BR, pra sorte do meu bisa na hora em que uma carreta truncada, transitava, atingido o bicho em cheio, parando alguns metro depois, cansado e muito, mais muito assustado meu bisavô desceu para ver o que ele tinha enfrentado, dando tempo ainda de ver que aquele ser, que se parecia mais com um cachorrao, em poucos minutos se mostrou na sua verdadeira essencia, e entao ele pode entender, toda aquela furia e ancia de ceifar sua vida, pois ali na sua frente, com o cranio quase espatifado pela pancada com a carreta, mas mesmo assim ainda podend ser identificado, jazia o corpo de um dos seus alunos, o qual a meses atrás em uma das rodas, o desafiou, perdeu, e ameaçou de morte, por se achar humilhado. na boca ainda trazia os dentes de ouro, que sempre foram motivos de sua rroganica por se achar melhor que os outros, por ter um pai rico. Minha vó conta que meu bisavô e o caminhoneiro fizeram um pacto de silencio, que esse aluno dele foi enterrado, e tido como causa morte atropelamento e fuga, e que depois dessa noite, as aulas acabaram, as rodas cessaram, e que as vzs em noites de quinta ou sexta, ele ficava acordado a noite toda esperadno que algo surgisse pra se vingar, ou até mesmo ter de volta o que dele foi tirado, pois tinha algo na estante da casa de minha vó que me causava valafrios quando eu olhava, as vezes ficava horas olhando e tentando advinhar se era uma prova da verdade daquela historia, ou se era o maior segredo do meu bisavó, a razao do seu medo que algo retornasse do inferno para reinvidicar o que lhe pertencia, pois depois daquela noite, alguns itens foram comprados para sua residencia, e algum dinheiro apareceu na sua conta, aquilo tambem apareceu, e ficou ate algum tempatrás na estante, aquilo que minha vó dizia ser uma pepita de ouro achada por meu bisavó, só que aquilo, aquilo lá na estante, tinha a forma de uma PRESA...

DengoNegro
Enviado por DengoNegro em 17/02/2009
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