Obsessão
Obsessão
“As pessoas pensam que estou louco; Pois estou olhando com cara feia o tempo todo; Durante o dia todo eu penso em coisas; Mas nada parece me satisfazer! Acho que vou perder minha cabeça; Se eu não encontrar alguma coisa que me acalme!”
Black Sabbath
Eu a achava linda! Gostosa. Sentia um tesão enorme por aquela garota. Primeiro fiquei amigo dela. Para mim não era difícil. Tinha dezessete na época.
Sempre fui muito esforçado. Gostava de ler, estudar, aprendi a tocar violão. Ah! As mulheres adoram um músico! Eu sou do tipo charmoso sabe? Curto rock então deixei meus cabelos crescerem. Ficou legal. Na escola sempre pediam para eu tocar alguma coisa. Tinha um violão velho lá, eu que cuidava dele. Era do professor de artes. Num desses dias eu a vi. Morena, cabelos pretos levemente ondulados até metade das costas, mas não escuros de tudo, olhos castanhos. Uns 64 Kilos, corpo legal, estava de botas, calça jeans e um top vermelho. Rapaz! Pirei! Não tirava os olhos dela. Acho que reparou no meu interesse. Boba não era! Eu não tinha namorada fixa. Não queria me amarrar logo. Ficar era o meu padrão com as meninas.
Depois de tocar uns Beatles, Leds e Sabbaths fui falar com ela. Lógico que ficamos! Cabulamos aula e demos uns catas. Percebi ali a minha perdição.
Pensava nela o tempo todo. Fantasiava fodendo-a...
Demorou uma semana para transarmos. Foi a melhor transa! Ela estava de botas de novo, só que pretas, saia e uma blusinha apertada. Seus pais não estavam em casa. Tinha dezoito. Seu nome era Bella.
Pedi para continuar com as botas. Meu Deus! Comê-la em cima da mesa segurando pelas botas foi como se fosse... Sei lá... Foi ótimo! Saboroso, delicioso, meu pênis doía de tão ereto! Gozei como um leão!!
As minhas fantasias, que já me perseguiam um tempo, se intensificaram. As garotas usavam botas piravam-me. Bonitas, feias, magras ou gordas... Ahh! As botas...
Envolvi-me secretamente com Bella, pois seus pais exigiam que ela namorasse rapazes da igreja. Eram da Congregação Cristã. Realmente ela namorava um chifrudo de lá. Não me importava.
Com esforço comprei um carrinho. Levei-a para passear. Escondido é lógico. Estávamos juntos a seis meses. Nem o pessoal da escola sabia! Disfarçávamos como ninguém. Não queria mais nenhuma garota só Bella. Nesse dia fomos a um bosque não tão longe da escola. Estava anoitecendo quando Bella disse que queria muito transar no meio das árvores. Adorei a idéia!
Não estava de botas.
Transei assim mesmo. Deitado em cima dela segurei-a no pescoço com as duas mãos e não percebi que a sufoquei. Eu era forte, sempre malhava em casa.
Percebi a merda quando beijei-a.
Uma coisa tomou conta de mim. Gostei de beijá-la. Sorvi sua boca ainda quente. Voltei ao carro peguei um par de botas que comprei numa loja, coloquei em Bella. Virei seu corpo e a penetrei. Ainda saborosa! Espetacular sensação! Fiz de tudo! Terminei lambendo sua vagina com muito prazer. Mordi. Arranquei uns nacos de carne. Muito macios e... Saborosos! Outra sensação maravilhosa! Dei várias dentadas. Uma delícia! Ela sempre de botas...
Coloquei o cadáver no porta-malas e dirigi para casa. Meu pai adorava ferramentas. Tinha de tudo. Logicamente peguei uma serra elétrica. Fui a outro bosque mais distante e deserto. Picotei-a toda e enterrei em vários locais diferentes. Claro, guardei as botas. Voltando para casa tirei toda minha roupa e decidi queimá-la. Limpei a serra com muito cuidado. Meu pai trabalhava à noite e minha mãe morava com seu novo namorado e minha irmã. Decidi ficar com o velho depois do divórcio.
Contei tudo a ele quando chegou. Sorriu. Disse que queria participar na próxima. Eu sorri.
Hoje relembro tudo isso. Um ano depois que iniciamos, ele morreu. Fiquei só. Juntos transamos com 32 garotas. Todas de botas. Bons tempos aqueles!
A polícia estava ensandecida e perdida! Um amigo do papai trabalhava em uma fábrica de salsichas. O cara era gângster. E não era só amigo do velho, era o empregador. Ajudava-o a se livrar dos corpos, participou conosco algumas vezes. Em outras filmava tudo. Mais de 400 meninas, de várias cidades, foram jogadas no moedor de carne. Simplesmente desapareciam!
Hoje, com 52 anos, relembro esses tempos dourados. Ainda tenho o par de botas. E estão quase novos hein! São de couro. Nunca foram usados para caminhar...
Há dois anos parei com isso.
O padre me perguntou meu último desejo um dia antes de ligarem a cadeira elétrica.
- Quero que todos os presentes estejam de botas pretas e eu terminasse de escrever isso.
Colocaram, na primeira fileira, vários manequins muito bem vestidos com Jeans e botas pretas. A sensação foi suprema!
Quando tiraram meu bloco de anotações e amarraram meus pulsos, pedi para escreverem a última linha desse texto:
- O que fiz não foi por prazer sexual, mas por paz de espírito!