A Garota de Branco
*Baseado em famosa lenda urbana.
Ele estava um pouco mal humorado, parado num canto enquanto todos os outros rapazes dançavam com seus graciosos pares. A garota dele não tinha ido para a dança aquela noite. A mãe dela estava doente então ela teve que ficar ao seu lado. um ato piedoso – ele pensou – mas o deixou a ver navios.
Seu amigo, Ernesto, se aproximou dele trazendo um drinque gelado e algumas palavras de encorajamento.
- Apesar de tudo, Anita não é a única garota no mundo – disse Ernesto – Há muitas lindas garotas aqui hoje à noite. Dance com uma delas.
Envolvido nas palavras do amigo, ele começou a olhar em volta do salão de dança. Seus olhos caíram sobre uma bela garota parada ansiosamente na beira da pista de dança, perto da porta para o terraço. Ela estava vestida num vestido um tanto fora de moda e sua pele era pálida como a lua. Seus olhos negros observavam, esfomeados, a dança, da sua posição atrás de uma alta coluna. Ele sentiu seu coração bater mais rápido. Uma garota tão bonita deveria estar dançando!
Ele abriu caminho através da multidão e fez um gesto para a garota de branco. Ela olhou espantada para os gestos dele, como se ela não estivesse esperando que alguém a reparasse aquela noite. Mas ela prontamente aceitou dançar com ele, e ele orgulhosamente a conduziu para pista de dança. Todos os pensamentos sobre Anita haviam sumido de sua mente.
Ernesto e alguns dos outros amigos dele lançaram-lhe olhares estranhos, enquanto ele dançava com a garota de branco. Algumas vezes, um homem do lado oposto deles chocava-se com eles como se ele não tivesse visto o par dele contudo. Ele estava furioso e queria parara a dança e fazer o homem se desculpar com a garota de branco, mas ela apenas ria e o tranqüilizava.
Quando a dança terminou, ele se precipitou para pegar um drinque para sua graciosa parceira. Ernesto se aproximou dele na mesa de refrescos.
- Quando eu te disse para dançar, eu quis dizer para dançar com uma parceira! – o amigo dele o repreendeu.
- Eu estava dançando com uma parceira – ele respondeu, irritado com a observação do amigo – A garota mais adorável em todo o México!
- Você bebeu demais, meu amigo – Ernesto respondeu – Você estava dançando com si mesmo ali!
Ele riu do amigo e se retirou, sem respondê-lo. Retornando à garota de branco, ele lhe entregou um copo e a chamou para uma volta ao longo do terraço.
A noite estava bonita, o céu cheio de estrelas, e ele fixou os olhos na garota de branco com seu coração nos olhos enquanto eles pararam, observando a bela cena.
A garota de branco virou para ele com um suspiro e disse:
- Obrigada pela dança, gentil cavalheiro. Já fazia um bom tempo desde que eu tive tal prazer.
- Então, dancemos novamente – ele disse, apaixonadamente. Mas ela balançou a cabeça.
- Eu devo ir agora. – ela disse, segurando as saias com uma das mãos e descendo os degraus ao lado do terraço.
- Por favor, não vá! – ele implorou, seguindo-a.
- Eu devo! – ela disse, virando-se para olhá-lo. Seus olhos suavizaram quando ela viu a expressão em seu rosto. – Vem comigo? – ela convidou, entendendo uma mão pálida.
O coração dele bateu rapidamente com a idéia. Mais do que tudo no mundo, ele queria ir com aquela adorável garota. e então, a mente dele registrou o fato de que ele podia ver a parede de pedra do terraço através da mão da garota. seu desejo desapareceu diante do choque daquela descoberta. Ele olhou para o rosto dela novamente, e percebeu que ela estava desaparecendo diante de seus olhos.
Diante da expressão de horror na face dele, a garota deu um sorriso triste e abaixou a mão, que estava nitidamente transparente agora.
- Adeus. – ela disse, seu corpo tornando-se claro e enevoado. – Adeus.
Então ela se foi.
Ele deu um grito de terror quando ele se deu conta de que havia dançando com um fantasma. Apavorado, ele seguiu o caminho de casa, esquecendo seu cavalo.
Quando Ernesto apareceu no dia seguinte trazendo o cavalo dele, ele contou ao amigo toda a história. Ernesto deu um assovio de temor.
- Você viu o espírito de Consuela, meu amigo – ele disse – Ela era a filha de um dos aristocratas locais que viveu nessa região há mais de cem anos atrás. Ela morreu de pneumonia na noite anterior ao seu primeiro baile e dizem que o espírito dela às vezes segue as danças locais, na esperança de recuperar uma das danças que ela perdeu.
Ele estremeceu a lembrança de sua dança com o fantasma.
- Eu não visitarei aquele salão de dança novamente – ele disse a Ernesto – A partir de agora, todas as minhas danças serão com Anita!
E ele manteve sua palavra.