A hora da Besta - parte 3

Você ja teve uma sensação de bem-estar? como se você tivesse acabado de nascer? como se as celulas do seu corpo, tivesse se mutiplicado? os musculos que você levou anos pra fortaleçe-los, tivessem recebido um upgrade, que talvez nem mesmo em mais um monte do anos você conseguiria fazê-lo? Pois foi assim que Carlos acordou no dia seguinte à luta, ele se olhou e viu que nem mesmo uma cicatriz tinha ficado, tirou a poeira, o corpo de Tóbias ainda estava lá, tinha que se livrar do corpo, pois sem as marcas da luta como poderia alegar legítima defesa? porém isso não séria algo muito difícil, pois Tóbias não tinha parentes, a única família dele era Carlos. Na medida do possível Tóbias teve um enterro cristão e sua memória sempre estaria com Carlos, só que o que Carlos não sabia que algo além de simples lembranças, fôra deixado por Tóbias.

O resto da manhã Carlos ficou a divagar sobre tudo que tinha acontecido na noite anterior, se tudo não tinha passado de sonho, mas por que ele teria matado Tóbias? eram duvidas que vinham e revinham em suas mente, ele não sentiu fome, ele não se sentia cansado, algo estranho pra alguém que perdeu tanto sangue e que tivesse travado uma batalha mortal algumas horas antes, os pensamentos fizeram Carlos perder a noção de tempo, tanto que a noite chegou(mas a fome não) e ele resolveu ir dormir, mesmo se sentindo como se estivesse acabado de acordar. Foi como uma vontade ir urinar, as vezes ela vem e não dá pra segurar, mesmo que você tente prender sua bexiga, acho que é mais ou menos isso o que aconteceu com Carlos aquela noite enquanto a ultima lua cheia do mês brilhaava no céu, ele acordou de sobressalto algo queimava dentro dele, ele pôde reconhecer seu quarto mais sua mente estava confusa, o quarto estava em uma total escuridão, mas ele podia enxerga cada canto dele, barulho de carros estavam deixando-o louco, porém a estrada mais próxima do seu rancho ficava a quase 800m de distancia, cheiros invadiam seu olfato, porém havia um em especial, o cheiro do medo, talvez dos animais que pressentem o perigo antes de nós, ou de algum viajante noturno com medo do que se esconde na escuridão das horas mortas. De repente veio a vontade de ver a lua aquele ser brilhante que a tanto passava despercebida, porém hoje, naquele momento ela era sua razão de tudo, junto também veio a dor uma dor lascinante, como se algo estivesse querendo sair de dentro dele, estraçalhando, despedaçado sua alma, a vontade de gritar, mas de sua garganta saia sons guturais, seu corpo parecia não ter capacidade de suporta o crescimento exagerado dos seus musculos, seu peitoral arfava como se fosse explodir, suas pernas adquiriam uma tonicidade que dariam pra correr por horas, a força que surgia dentro de si, faria com estraçalhasse um boi com as próprias mãos, seu vigor, sua raiva tudo era em demasia, os pensamentos ficaram loucos a palavra matar! vinha várias vezes em sua cabeça, ele teve algum tempo pra reconhecer todos esses sentimentos e mudanças que brotavam dele, porém...de repente o vazio.

Carlos arrombou a porta de sua casa e saiu farejando o ar, não havia moradas por perto, ele partiu pra liberdade, mas não sem antes render uma homenagem pra sua amante A Lua:

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUU!

DengoNegro
Enviado por DengoNegro em 28/09/2008
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