A hora da Besta - parte 1

Carlos era um policial aposentado, seus 50 anos não condiziam com seu aspecto fisíco, ele era um negro forte, 1,97m e 105kg, era um homem de como poucos, morava só em seu rancho em um distrito afastado da cidade, rancho esse que trabalhou muito pra comprar, sem nunca ter manchado seu caráter e nome, tinha ficado viúvo há pouco tempo, foi ai que se isolou mais ainda, seus filhos imploravam sua presença nas ocasiões de festas, mas ele queria era ficar ali no seu rancho, fazendo suas coisas, mantendo seu rigor fisíco, treinando sua pontaria(que era incrível por sinal) e traçando o plano, o plano que acabaria com aquele cachorro danado que vinha rondando sua casa nos ultimos 02 meses, matando suas criações. Deveria ser um Mastife, pois da única vez que conseguiu vê-lo de longe o bichão pareceu grande demais pra ser um cão normal, mas ele não tinha noticia de nenhum cão dessa raça pela região e olha que ele conhecia quase todos moradores dali além de ser fã de cães, tanto que tinha dois pastores de 50kg cada um, Osiris e Íris seus xodós, porém parecia que o outro cão causava pavor nos seus, que andavam de rabo entre as pernas, como se com medo de algo ou envergonhados.

Era uma noite linda, a lua brilhava já alta no céu, sentado na soleira da porta do seu rancho ele espreitava, pois já havia percebido que nos dias em que a lua cheia brilhava no céu os ataques aconteciam. Em guarda como tantas vezes fizerá nos tempos de milicia, segurava sua velha companheira uma pistola .40, carregada até a boca com munições ponta oca, encamizadas, prontas para a acão, de repente o barulho os cães são os primeiros a irem na direção do som, ele espera, os cães poderiam dar conta, porém:

- CAIIIIIINNNNN!

esse som gelou, sua alma seus cães!

sem pensar mais em nada ele corre em direção do ganido dos seus cães e o que vê embrulha seu estomago, seus dois companheiros de tantos anos jaziam entre suas tripas expostas, Carlos engatilhou sua PT e foi em direção da trilha de sangue que se extendia até o chiqueiro, porém ao passar embaixo de uma arvore e já com seus sentidos, concentração e atenção pertubadas pela cena anterior, não percebeu os dois olhos em brasas que o observava.

Ele não imaginava, mas aquela coisa tinha uma inteligencia também humana, tanto que o fez seguir a trilha que levava para uma direção, que deixava Carlos com a retaguarda desprotegida, até o ataque aos seus cães parecia ser planejado, pois os animais atacados costumavam ser devorados, mas eles não foram, parece que foi tudo feito para que o policial aposentado visse e se pertubasse com a cena, e deu certo, a única coisa que Carlos pensava era detonar aquele cão desgraçado. Carlos não viu o que lhe atacou e se não fosse corpulento e não estivesse no seu melhor vigor fisico, nesse primeiro ataque já o teria matado, mas mesmo assim foi ferido gravemente, conseguiu se livrar do bicho tirando-o de cima de si, o bicho veio pra cima de novo mas foi golpeando com um murro bem no focinho, a luta prosseguiu por alguns instantes, e havia momentos em que ele duvidava se aquilo era mesmo um cachorro, pois as vezes se apoiava nas patas traseiras, mas no momento não dava pra pensar nisso, Carlos era forte e acho até que pensou que poderia dar conta do embate, tanto que esqueceu sua pistola e partiu pra o corpo a corpo, porém em um momento de lucidez percebeu que era loucura, aquela coisa não era desse mundo havia saido de algum lugar do inferno e embora estivesse acostumado com o traquejo do dia-a-dia do campo e com vairas horas de exercicio fisico que levava seu corpo até o limite da resitencias vencer aquela luta era impossivel, lembrou da sua maquina municiada com uma munição especial e resolveu acabar com aquilo, por que senão quem seria acabado era ele, usando as ultimas forças conseguiu afastar seu oponente, e com dois disparos certeiros na cabeça a luta se encerrou, só ai ele pôde cair quase desfalecido no chão, com um ferimento enorme no peito que parecia ser o seu carrasco, ele ficou em silêncio esperando o frio total que traria junto a paz da morte, antes de perder a conciência ele olhou pra o seu lado, pra senitr pelo menos o gosto do dever cumprido, que sua missão tinha sido completada, porém o que ele viu, fez com que ele desejasse nunca ter vivido até esse momento.

continua...

DengoNegro
Enviado por DengoNegro em 23/09/2008
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