O Mundo Sombrio - O Talismã de Malgor [Cap.1]
Ano:1996
Caminhado pelas ruas movimentas, Angie observa cada pessoa ao seu redor. Qualquer descuido era um perigo, para Angie qual pessoa na calada da noite, representava um enorme perigo. Durante alguns anos andar por ruas movimentadas era seguro, ninguém atacava com testemunhas, mas agora, em tempos negros, ninguém tem medo das conseqüências de um ataque em publico. Angie, ou melhor, Ângela Gomide, tinha um rosto angelical, mas de angelical não tinha nada. Possuía dentro de seu peito uma enorme dor que ao longo dos anos se transformou em ódio. Esse ódio a motivava a andar pelas ruas à noite.
Em uma esquina, Angie foi surpreendida por um jovem rapaz, ela coloca a mão na pistola que possuía dentro de sua jaqueta, mas logo percebe que era seu parceiro, Locke.
- E ai Locke, algo suspeito?
- Dois homens, ou mesmos que atacaram uma senhora na semana passada, estão se dirigindo para o shopping. – disse Locke cheio de adrenalina - vamos segui-los.
- Calma. – disse Angie segurando Locke pelo braço. – eles não podem perceber nossa presença.
Era preciso tomar cuidado, pois os dois homens, não eram bandidos, não eram espiões e nem terroristas, mas também não eram homens comuns, eram homens, de, em busca de sangue, sangue quente dos humanos. Angie e Locke estavam ali para garantir a segurança dos humanos,
Angie e Locke tomam cuidado para se aproximar deles, era preciso uma abordagem sem que eles sejam percebidos e o mais importante, sem ferir nenhum inocente. Eles eram violentos, rápidos, fortes e covardes, Angie sabia disso por experiência própria.
Mas os dois homens estavam focados e concentrados em outra coisa. Os dois estavam seguindo duas pessoas, uma mulher e uma menina.
Elas tinham acabado de assistir um filme no cinema. Elas nem perceberam que estavam sendo seguidas. Pareciam está muito felizes com ela. Sua mãe sempre a chamava de perola azul, por causa de seus olhos, inclusive ela lhe deu um cordão com uma pérola azul. Lucy amava muito sua mãe, tinha um apego enorme por ela.
- Mamãe?- falou Lucy.
- O que foi filha? – respondeu Rita Guedes que não poderia negar que era mãe de Lucy. O cabelo castanho-claro longo era igual a sua filha, só os olhos eram diferentes, Rita tinha olhos castanho-escuro. Era uma mulher atraente, dos seus trinta e poucos anos. Advogada, que divide a vida no tribunal e a vida em casa, priorizando sua filha amada.
- Quando chegarmos em casa, vou fazer um desenho pra você. – disse Lucy que amava desenhar.
- Que legal filha! Eu quero um desenho bem bonito.
Rita e Lucy desceram a escada em direção ao andar inferior. Elas estavam procurando um lugar pra lanchar. Os dois homens a seguiram, realmente eles queriam algo com ela. Lucy sentia algo ruim, um calafrio. Deu uma rápida olhada para trás e viu os dois homens mal encarados. Sua mão ficou gelada e Rita percebeu.
- Tudo bem princesinha? – perguntou Rita, fazendo um carinho em seu queixo.
- Sim. - respondeu Lucy, o que não era verdade.
Rita deu um sorriso e olhou ao redor para ter certeza que tudo estava bem, pegou Lucy e foi até o caixa comprar lanche para as duas.
Os dois homens chegaram perto da lanchonete e procuram Rita e Lucy. Eles ficaram desesperados, não podiam deixar a mãe e filha escapar. Logo um dos homens avistou Rita e Lucy saindo do caixa com o lanche.
Logo atrás, Angie e Locke já estavam na área de alimentação do shopping, que naquele dia, estava bastante movimentado. Angie observa atentamente cada canto daquela área e encontra os dois homens indo em direção a lanchonete.
- Locke, vamos mais rápido. – ordena Angie acelerado o passo.
Angie chega mais perto e olha para uma menina linda de olhos azuis, essa menina era Lucy. Angie sente uma atração e encantamento por Lucy. Que paz, que pureza. Pensou Angie. Sentir paz e pureza era algo muito raro para Angie. Angie se distrai e não percebe que um dos homens saca a arma atirando em sua direção. Angie consegue se abaixar rapidamente e Locke se protege atrás da mesa.
Rita pega Lucy e corre desesperadamente em direção a saída do shoppingo.
- Elas estão fugindo. – disse um dos homens.
- Eu cuido deles, você vai atrás delas. – respondeu o outro
E então o um deles se levanta e vai atrás das delas. Locke observa a fuga dele e tenta ir atrás, mas os tiros são freqüentes e não dá pra sair da proteção das mesas.
- Locke. Vou tentar distraí-lo. – grita Angie. – quando eu conseguir vai atrás do outro.
- Ok! – respondeu Locke se protegendo dos tiros.
Angie então levanta atirando e indo em direção ao lado direito da loja. Um dos homens olha e começa a atirar nela. Ela consegue desviar dos tiros e se protege. Angie observa que ele está em baixo de um ventilador de teto. Ela atira no ventilador que cai em cima dele. Locke aproveita e consegue sair.
O homem se levanta e joga o ventilador em cima de Angie.
Angie é atingida.
O homem vai rapidamente pra cima dela e a agarra o seu pescoço. Ele o aperta com ferocidade. O ódio dele era grande, seus olhos estavam avermelhados de prazer por apertar o pescoço de Angie. Angie tenta alcançar a faca em sua perna.
- Tão bela. Se você não fosse um sangue ruim, daria uma bela fêmea. - disse ele apertando mais forte o pescoço de Angie.
Angie alcança a faca em sua perna e a enfia na barriga dele. Ele a solta. Angie cai no chão e o observa o arrancar a faca de sua barriga. Ele tenta atacá-la novamente, mas Angie rapidamente recupera sua pistola e atira na cabeça do dele, que cai morto ao seu lado.