O Mundo Sombrio - O Talismã de Malgor [Prólogo]

Ano:1945

O grito dos civis aterrorizados com as atrocidades das tropas soviéticas, que descontavam todo o ódio sobre os alemães, era ouvido por todas as ruas. Nenhum alemão esperava isso, mais uma vez a Alemanha era devorada pelos inimigos. Era 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler está em seu bunker, desolado. Ele não acreditava que no que estava acontecendo. Ele me prometeu a vitória ariana sobre esses vermes pensou Hitler.

Junto com ele estava sua esposa, Eva Braun. Da janela, Hitler observava a cena da derrota, ouvia os tiros e os gritos.

Sua esposa se aproxima dele e o abraça, tentando confortá-lo da derrota certa.

- Ficarei com você, sempre. – disse sua esposa com olhos cheios de lágrimas.

A porta de sua sala se abriu e um homem apareceu, era um de seus generais, que vinha com mais uma informação que não era agradável.

- Sr. Hitler?

Hitler virou-se para ele com um olhar fixo e bravio sem falar nada.

- Senhor, as tropas soviéticas estão a três quarteirões daqui. Se o senhor pretende fugir essa é a hora senhor. – disse o General Sneider informando a situação inesperada.

- Fugir? Eu? Jamais, eu não sairei daqui. - disse Hitler querendo mostrar que ainda não se sentia derrotado.

- Então o senhor irá se entregar? – O General perguntou não acreditando no que tinha acabado de ouvir.

- Claro que não. – respondeu Hitler indignado com a pergunta. - logo encontrarei uma solução, espere lá fora.

Perplexo, o General saiu da sala de Hitler. Ele acreditava que Hitler não poderia está falando sério, mas estava.

Hitler voltou a olhar para a janela, ele sabia que não tinha saída. Na sua lembrança vinha o triunfo de seu exercito sobre os inimigos, o pronunciamento dos discursos, o povo clamando o seu nome, toda a sua glória, toda a glória ariana. Eu estive tão perto, ele pensou. Hitler sabia que sua vitória estava associada a coisas sobrenaturais. Mas tudo se perdeu, quando as forças sobrenaturais sumiram. Como eles puderam me abandonar fizemos um pacto? Eles me enganaram, ele pensou. Quando de repente uma voz surge:

- Esperança é um sentimento inútil. De nada vai adiantar, nada vai adiar o seu destino, ariano.

Hitler virou-se e caminhou em direção ao vulto negro no canto da sala.

- Belioz, eu sabia que você apareceria. - disse Hitler com convicção.

- Eu vim receber o pagamento, nós fizemos um pacto.

- Pacto? Não venha me falar de pacto, você quebrou qualquer tipo de pacto que havia entre nós. – gritou Hitler, irritado. – Como pode vir aqui e me cobrar algo, eu é que devo cobrar algo de você.

- Não quebrei pacto algum. Foi o seu amiguinho que te traiu, alias ele foi traído antes. – disse Belioz.

- Me devolva aquilo que me pertence.

- Isso é impossível, está na mãos de Miguel.

- Então Belioz, me tire dessa situação, não posso ser pego.

- Fique tranqüilo amigo, eu vim para isso. – disse Belioz, caminhando em direção a Hitler com um olhar assustador.

Passaram-se alguns minutos até que a corte nazista entrasse no dormitório. O corpo de Adolf Hitler, auto-proclamado chefe da nação de super-homens arianos, estava afundado em um sofá, sua impecável farda marrom já escarlate pelo sangue que escorria de seu rosto. Uma bala na boca: suicídio. Dois revólveres jaziam no chão, mas apenas um havia sido disparado. Ao lado do companheiro, Eva Braun encontrava-se estirada e igualmente defunta; seu óbito, porém, resultara de uma dose de veneno. Adolf Hitler suicidou-se, quando as tropas soviéticas estavam a exatamente dois quarteirões de seu bunker.

Felipe Pereira
Enviado por Felipe Pereira em 12/07/2008
Código do texto: T1076398
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