Tabu

- Foi bom pra você? – Alex a observava com um sorriso no rosto.

A jovem sorriu e se espreguiçou ao seu lado, o olhar brilhante e no rosto a cor do êxtase. Alex passou o dedo delicadamente entre os seios dela.

- Eu... não pensei que fosse assim... – ela falou se ajeitando ao lado dele.

- Me conte... o que pensava? Eu adoro saber... – ele a provocou.

- Não sei... eu tinha medo! Sempre tem algum tabu em cima disso! Se minha mãe soubesse... – ela suspirou.

- O que acha que ela faria? – ele estava curioso.

- Com certeza mandaria o padre me procurar... – ela sorriu deliciosamente e ele passou a língua pelo seu pescoço.

- Mas... foi bom? O que sentiu? – Alex apoiou a cabeça sobre o braço a analisando.

- É tão importante assim para você? – ela imitou a pose dele.

- Muito...

- É um pouco difícil encontrar palavras... – ela criou o suspense.

- Mas você é articulada, sei que vai conseguir... – continuava o desafio tentador.

- Tá bom... – ela se convenceu. – Foi assim algo... mágico! – ela riu zombando dele, mas Alex não se alterou e a continuou observando. – Eu achava que ia doer, que ia me sentir culpada... mas não! Eu me senti tão bem! – ela se sentou na cama. – Uma sensação tão boa foi crescendo dentro de mim, foi como se meu coração parasse de bater por alguns minutos...

- Sensação de morte? – ele sorriu.

- A boa morte... – ela também sorriu. – Uma morte que a gente deseja... mas quando o ar volta! Ai... – ela mordeu o lábio inferior. – Não dá pra explicar...

- Tente... – ele estava extasiado.

- Ai Alex... você sabe que foi minha primeira vez, isso é difícil de descrever! – ela ficou nervosa com a insistência dele.

- É por isso que quero tanto saber... Depois a gente não se prende mais a detalhes... – ele levantou os ombros.

- Não? – ela arregalou os olhos. – E deixar passar aquela sensação de dor e alegria, de medo, resistência e entrega? Como pode? Deixar de sentir a pele macia em contato com a sua? Sentir o coração pulsando até a sensação de morte? E a vontade de gritar? – ela não se conformava.

- Acha que consegue sentir tudo isso de novo? – ele se divertia com a excitação dela.

- Claro!

- Agora? – ele passou a mão pelos lábios dela e ela assentiu. – Você é realmente encantadora Júlia... – ele se levantou e ela se animou.

Júlia olhou cheia de prazer para Alex que puxava um adolescente de quinze anos pela camiseta, o olhar desesperado dele se fixou no corpo de um outro rapaz que jazia ao lado da cama e depois se virou para aquela jovem que aguardava sobre a cama, o sangue em seus lábios e em seus seios descobertos... Ela o olhou com desejo e o sangue adolescente esquentou, ferveu dentro do corpo apesar do medo e ele viu o prazer nos olhos dela segundos antes dela penetrar os dentes pontiagudos em seu pescoço... sob o olhar deliciado de Alex...