A CRIATURA II

A CRIATURA II

CAPÍTULO I

O PESADELO CONTINUA

- FICÇÃO - JULHO DE 1970....

- Jonh estava sem sono, e no sítio onde estava passando as suas férias, justamente à meia noite, resolveu sair da casa onde estava. Era uma casa grande com muitas janelas de madeira, muito altas e de duas portas em cada janela, que se abriam para fora.

- Jonh, saiu caminhando em direção ao Paiol, onde a Srª Wolker guardava as suas ferramentas de lida do dia - a dia. " No momento em que ele entrou no paiol, ouviu-se um barulho nos fundos, ele muito amedrontado, mas, como não tinha por onde voltar, pois, a porta havia se trancado e o trinco ficava muito longe do seu alcance e ele tinha menos de 1 metro de altura, pois, havia completado seus 10 anos de idade há poucos dias, ele termina ficando por alí. Muito curioso, foi averiguar o que ocorria dentro desse paiol. 'Ratos passeavam sobre a cumeeira do estabelecimento, mas não estava muito preocupado com isto. A sua maior preocupação era realmente com algo maior que estava alí. Tudo estava muito escuro e de repente ouviu-se um grito de um pequeno animal, parecia que tinha sido esmagado... Não demorou muito e logo, ouviu-se outro, e desta vez foi o cachorro que deu aquele grito e latidos de dor... O menino estava pálido e sem uma gota de sangue em seus lábios. O amarelão tomou conta de Jonh e este quase desmaiou de tanto medo. Os barulhos continuavam naquele ambiente. Lá era enorme, quase 300 Metros Quadrados e bastante alto, uns 20 metros de altura. No alto havia um espaço de mais ou menos 40 centímetros entre as telhas e as vigas transversais. De forma que, qualquer animal ou pessoa poderia passar. Mas, Jonh não podia enxergar nada, somente sentia um vento que passava por ele de vez em quando. "Era a criatura que estava por alí". Cometendo aqueles horrores, matando os animais, degolando e sumindo com as suas cabeças.

-De repente um barulho imenso aconteceu na parte de Fora do paiol, e precisamente na cocheira, onde estava o cavalo "Russo", esse era seu nome. O grande Relincho e coices foram ouvidos e não mais do que 10 minutos depois, ele havia quietado, pois, aquela criatura devorou sua cabeça. Eu espreitava pela fresta do paiol, pois, não poderia aparecer, pois aquele monstro ainda não tinha terminado a sua missão, e acho que ainda queria devorar mais criaturas naquele rancho...

- Ele viu quando ainda não havia sol, aquela coisa horrorosa entrou no seu objeto, e saiu voando, sem deixar rastro...

-Já era dia, quando Jonh pulou de sua cama assustado, correu para o paiol, palco das atrocidades, destrancou o mesmo, olhou para o alto e nada viu, tudo estava em ordem.

-Foi até o estábulo e lá viu o cavalo Russo, comendo a sua ração de canas picadas com capim e sal.

- Jonh então, só aí, percebeu que estava tendo, ou teve um grande pesadelo....Ouviu sua mãe o chamando para tomar seu café da manhã com pão de queijo e leite quente com chocolate...

-Ele saiu dalí, meio desconfiado e enquanto amarrava seu sapato, olhou debaixo da sola percebeu que havia pisado em sangue. Agora é que ele ficou mesmo com a cuca quente. Será que foi um pesadelo ou foi coisa real?

-Não viu mais a criatura pelas redondezas..

-Mas, na noite seguinte, lá estava o pequeno Jonh encucado com aquele que parecia ter sido um pesadelo ele pensou, porque estou com os meus sapatos com sinais de sangue, se não pisei em sangue aqui dentro do meu quarto?

-Jonh esperou que o dia começasse a entrar no seu momento de crepúsculo, pois, somente assim é que as criaturas começam aparecer. Ele saiu do seu quarto, aproveitando-se da ausência de seus pais, que foram a um aniversário de adultos e Jonh não se dispôs a acompanhá-los. Ele desce pela janela, para não despertar a atenção da empregada e segue na penumbra da noite e se esconde daqui e dali entra novamente no Paiol e fica aguardando que algo aconteça. Não demorou muito, passaram-se uns 55 minutos e o pequeno Jonh estava lá quieto agachado debaixo de uma grande roda de carro de bois, que se encontrava escorada na parede do grande paiol e observava por entre os furos da roda os movimentos que não paravam. De repente uma grande sombra se aproxima da grande porta que existia ali e ela se abre abruptamente e com violência bate no outro lado e quando estava se fechando novamente, Jonh viu aquele pé enorme escorar a porta. Parecia ser um pé normal de humano, porém, para sua surpresa, haviam 4 pés parados e quando um se movimentava, todos também se movimentavam. O pequeno Jonh não podia fazer nada agora, ele estava com muito medo e estava muito pálido e nem tinha forças para sair dali e não poderia gritar, senão acabaria despertando a atenção daquela outra criatura e que desta vez, não se parecia nada com a anterior. O pequeno Jonh por alguns segundos se arrependeu de ter saído do seu quarto. Tudo o que ele queria naquele momento era estar debaixo das cobertas quentinhas e sem estar passando por aquele tormento, mas, parece que aquilo para ele, era de certa forma muito bom e lhe deixava com os batimentos cardíacos acelerados. Jonh era um menino desobediente e nunca fazia o que a mãe e o pai lhe pediam. Ainda sua tarefa escolar por fazer, Jonh pensou em sair correndo, mas, a porta estava bloqueada por aquela criatura esquisita e mais ainda quando ela acende uma luz esverdeada na cabeça e Jonh pode observar a enorme boca e os seus cinco olhos. Ele nunca tinha visto algo parecido. Sua cara era quadrada e quatro olhos formavam um perfeito quadrado e um olho no centro e piscavam desconexos e o olho central nunca piscava. Era assustadora aquela face.

Jonh, nunca contava para ninguém, nem os seus sonhos e nem as suas aventuras, pois, achava que ninguém iria acreditar e para não sofrer qualquer espécie de censura, preferia ficar no seu silêncio e viver as suas aventuras. Momentos depois, mais criaturas entram no Paiol e agora eram uns 10, só que mais baixos do que os outros e ao contrário do primeiro, só tinha duas pernas e três olhos. Parecia que era uma espécie de evolução dessas criaturas ou uma anomalia em conseqüência de alguma exposição a radiações excessivas. Sendo radiação ou não, o pequeno Jonh nunca viu nada parecido. Todos tinham a tal luz verde e se movimentavam muito rápidos. Ao mesmo tempo em que estavam num canto, ao piscar os olhos, poderiam ser vistos noutro canto. Agora eles estavam devorando todo o milho que estava dentro do paiol e parece que gostavam daquilo. Comiam feito rato no queijo e engoliam até os sabugos e palhas, pois, a Srª Wolker guardava com a palha, justamente para se evitar o ataque de insetos e ratos.

Eram mesmo assustadores o movimento dessas criaturas e o mais interessante, não sobrava nada para trás. Jonh estava assustadíssimo, mas, não poderia sair detrás da roda, senão eles iriam perceber a sua presença. Ele ficou ali, e até que adormeceu no canto. O sol estava raiando quando ele despertou daquele sono pesado e nada viu no Paiol. Sobraram apenas algumas espigas de milho. Jonh retorna para a sua casa e não diz nada a ninguém.

A Srª Wolker, como de costume, bem cedinho vai até ao Paiol para descascar milho para os animais, porcos, cavalos, galinhas , patos e gansos que cria em sua propriedade. Quando ela abre o portão do Paiol, quase teve um ataque. Ela gritava e chorava e correu e foi contar ao seu esposo Trevor. Ambos saíram correndo para lá e disseram que foram ladrões que atacaram seu Paiol e o pequeno Jonh tenta explicar, mas, ninguém dá ouvidos às conversas dele. Jonh tranca-se no seu quarto e fica espiando de longe a movimentação e ouve Trevor dizer que iria se armar e pegar esses safados à noite. A Srª Wolker desaconselha Trevor e diz que poderá ser muito perigoso, pois, não se sabe da capacidade deles. Trevor, não quer nem saber e disse: “Se você quer proteger esses safados, tudo bem! Mas, hoje à noite eu me esconderei aqui dentro deste velho Paiol e veremos o irá acontecer....

A noite está chegando e Trevor se arma com espingardas e revolveres e passa pela janela do pequeno Jonh... Jonh segue-o apenas com os olhos e vê quando a porta se abre e em seguida se fecha.

A Srª Wolker ficou na casa aflita com tudo o que estava acontecendo e quase não dorme à noite. Jonh, esse não pregou os olhos e quando eram quase meia noite, Jonh observa que umas luzes verdes se aproximamando do Paiol. Eram em torno de 20 agora, o dobro dos que estiveram na noite passada. De repente, ouviram-se bastante tiros dentro do Paiol. Jonh logo pensou: “Trevor acabou com todos eles”. Mas, não teve coragem de ir até lá, pois, ainda estava escuro. A Srª Wolker continuou naquela aflição... Mas, não poderia fazer nada também, pois, não tinha nenhuma arma à disposição.

Mal o dia aparenta a sua aurora e a Srª Wolker abre a porta da casa, chamou Jonh e ambos foram ver o que havia acontecido, pois, o seu marido Trevor não havia voltado e ela temia que algo de muito ruim tivesse acontecido com ele.

Ela achou muito estranho, pois, a porta ainda estava trancada e ela precisou abrir o cadeado. Quando abre, teve uma enorme surpresa: O imenso Paiol estava vazio e nem sinal de Trevor, das ferramentas e do restante do milho que ainda estava lá. Sumiu até a grande roda de carro de boi que estava num canto do Paiol. Agora sim, o mistério tomou conta do pedaço de vez.

A Srª wolker olha para Jonh e ele num gesto de suspender os ombros, como se estivesse dizendo: não sei de nada, fica inerte e com os olhos arregalados e a boca quase aberta e com a língua de fora, pasmado e sem entender de nada. A Srª Wolker está mais indignada ainda, pois, não vê nem sinal de Trevor, com quem vem tendo discussões constantes. Ela começa a achar que Trevor está por trás disso. Quando Jonh presenciou aquelas cenas, ele tentou contar aos pais, mas, ninguém deu ouvidos a ele, inclusive Trevor, que deixou todos falando sozinho e saiu. Jonh lembra a Srª Wolker e indaga sobre a questão de Trevor estar por trás disso e ela disse que irá investigar isso direitinho.

Eles deixam o local e a Srª Wolker vai até o outro Paiol, pois, lá tem muito mantimentos e ferramentas, mas, percebe que está bem trancado e retornam para a casa grande.

No começo da noite, quando provavelmente tudo começaria a acontecer novamente, a Srª Wolker disse para Jonh ficar bem quietinho no seu quarto, que ela estaria lá dentro do outro paiol e precisaria ficar escondida para a hipótese de alguém tentar roubá-la novamente. Jonh como era desobediente ao extremo, não ficou, mas a Srª Wolker, assim que o sol se pôs e estava bem escuro ela foi, com apenas uma lanterna de mão.

Quando era meia noite, Jonh estava bem defronte ao Paiol, mas escondido por trás das bananeiras e viu quando a lanterna da Srª Wolker, de vez em quando riscava o teto do Paiol com seu facho de luz. Mas, não demorou muito e as criaturas começaram aparecer novamente e eram agora mais de trinta e eles entram no Paiol e fazem novamente um verdadeiro banquete. Jonh, após uma hora, viu a luz da lanterna da Srª Wolker se apagar de vez, mas, as criaturas demoram ainda uns 30 minutos para sairem. Eles saíram rapidamente e se movimentando como se fossem vaga-lumes e sempre piscando uma luz intermitente.

Assim que amanhece o dia, Jonh retorna a Paiol, abre a porta e nada vê. Nem sinal da Srª Wolker, apenas encontra a sua velha lanterna no chão, com o vidro quebrado. Jonh liga e desliga e vê que ainda funciona. Olha para o alto e nada vê. Agora ele enxerga o tamanho do problema que está acontecendo. Sumiram os dois adultos da casa e ele não tem a que recorrer, pois, num raio de 200 km não existe um só morador. Jonh se vê num mato sem cachorro literalmente, pois, lá não existia nem um cachorro. Quanto aos animais, Jonh foi vê-los, mas, não conseguiu ver nenhum. Desapareceram completamente. Agora Jonh estava realmente perdidão e como iria desvendar este mistério?

A mãe e o pai , SRª Wolker e Trevor , estão desaparecidos a vários anos. Jonh agora tem 17 anos, passou a lidar com tudo o que diz respeito às coisas da fazenda.

Jonh revirava a papelada da fazenda e deu de cara com um documento, que relatava um incidente acontecido no local onde estavam os Paióis. No documento, feito a uns 30 anos, a Srª Wolker e Trevor, aparecem em fotografias tiradas na época, onde os mesmos estavam junto a um objeto que caiu no local e perfurando uma enorme cratera. As fotos mostravam que ali caiu um objeto estranho e nas fotos saia muita fumaça ainda.

Desde a época a Srª Wolker e Trevor resolveram cobrir tudo com uma camada muito espessa de cimento e construíram os galpões no local, pois, as pessoas não davam sossego e a notícia correu léguas e estiveram lá para verificações, gente do governo federal e inclusive da Agencia Espacial Internacional. Fizeram muitas pesquisas e escavações, levaram o que quiseram. E desde esta época, consta no documento, nunca mais aquele local foi o mesmo e sempre havia ali coisas estranhas acontecendo. O que Jonh presenciou, acontecia sempre no período noturno, só não tinha observado ainda, pois, na maioria das vezes, estava dormindo.

Jonh está na administração da fazenda e resolveu contratar uma equipe para fazer trabalhos de escavações no local. O Paiol teve que ser demolido, pois a plataforma onde o mesmo fora construído era muito superior à área do mesmo e com certeza iria comprometer as paredes do paiol e com isso, foi aconselhado que fosse mesmo demolido todo o complexo.

Os trabalhos começaram e as máquinas abriram uma cratera no local e após ocorrer isto uma nuvem de fumaça tomou conta do local. Jonh estava usando máscara e os operários também, porém os animais que estavam por perto começaram a se sentirem mal estar e ficaram muito alvoroçados e uns caíram e morreram.

Jonh e os operários saíram do local, até que a poeira baixasse e assim que tudo aconteceu, eles puderam ver que ainda restavam algumas sucatas, do antigo acidente e junto com as sucatas haviam esqueletos de seres muito estranhos e não se pareciam com humanos. Jonh, avisou as autoridades, mas o mistério continuou, pois, os seus pais nunca mais foram vistos e não acharam nenhum corpo até o presente momento.

Mesmo após 7 anos de intensas buscas , nada foi encontrado e as autoridades acreditam que algo muito misterioso aconteceu. Jonh, tenta levar a sua vida normal, mas, todas as noites ele de sua janela vê tudo acontecer e nada pode fazer. As criaturas voltam para o mesmo local, como se fosse um ritual e depois retornam em seus discos voadores...!!!

Jonh...!!!

28/fev/2008...