SEXTA-FEIRA 13 DE UMA TURMA AVENTUREIRA (Alguns recantistas vão se ver aqui)
Um filete avermelhado escorreu pela brecha do canto da parede no teto de gesso, o que despertou a atenção de Anapujol, que assistia tv na sala. Quando já atingia a metade da parede foi que ela percebeu que era sangue e gritou apavorada para sua prima Crisgaspar, que nesse momento tomava uma ducha em plena hora avançada da noite. E nesse exato momento o relógio de parede começou a anunciar com aqueie famoso "cuco, cuco" que era meia noite. Apenas enrolada numa toalha Crisgaspar saiu do banheiro com os olhos esbugalhados perguntando o que estava acontecendo, já que só ouviu os gritos da prima. Ela só fazia apontar para a parede branca, foi quando Crisgaspar soltou seu grito alucinante, soltando também a toalha. Estavam só as duas naquela casa em meio a uma floresta e beirada por uma estrada de areia, distante do centro da cidade uns cem quilômetros, mais ou menos.
Na verdade elas não estavam sós, tinham alugado aquela casa numa sexta-feira 13 com um grupo de amigos para um final de semana diferente, no meio do mato, melhor dizendo. Queriam sentir como era o clima num ambiente silencioso, em meio a natureza, só que o resto da turma estava explorando o lugar, só pelas redondezas, estando em atraso para a hora combinada para o retorno. A turma toda era composta por Crisgaspar, Anapujol, Verdana, Lumah, Arnormilton e os irmãos Silvanio e Solano, quando saíram para a caminhada noturna, Cris e Ana não quiseram ir, alegaram cansaço da viagem e preferiram papear em casa e ver tv. Agora, já quase meia noite e nada deles chegarem, causava preocupação. A maior preocupação tornou-se depois com esse sangue escorrendo pela parede.
Cris e Ana estavam apavoradas com esse sangue escorrendo, não imaginavam o que poderia ser. Algum cadáver com ferimento? Ou um animal talvez? A escada que dava acesso ao primeiro andar estava ali disponível, mas cadê coragem para uma das duas subir? Nem as duas juntas topavam e as luzes lá de cima estavam apagadas. Pensaram em sair correndo, mas... e os outros? A porta da frente da casa estava trancada e repentinamente ela se abriu e foi escancarada, assustando as moças. Como conseguiram abrir se estava fechada com chave?🔑 Esperaram algum tempo e resolveram as duas que era necessário tomar uma decisão, ou seja, sair dali e tentar localizar os amigos. Isso foi feito, mas lá fora não tinha ninguém. Ouviram um barulho na parte de cima do imóvel e uma luz foi acesa, Cris e Ana só tremiam de medo, tinham vontade de saírem correndo dali, mas a estrada estava escura e ficaram ali paradas. De repente as duas medrosas escutaram uma algazarra no andar de cima e barulho de passos descendo a escada, ficaram na expectativa de saber o que estava acontecendo. Então a porta se abriu e seus amigos surgiram galhofando delas que, claro, ficaram furiosas.
Foi apenas uma brincadeira (de mau gosto) para assustar as duas que não quiseram ir com eles na caminhada noturma, com direito a lanternas e tudo. Quiseram saber como eles chegaram sem serem vistos e tudo foi explicado. Eles chegaram em silêncio já com o intuito de assustar as moças que ficaram sozinhas, subiram pela janela e escalaram a meia grade de madeira que fica no pavimento superior, em silêncio pegaram um saquinho de sangue de galinha que serviria para a cabidela e deixaram escorrer pelo canto da parede. Deu certo a brincadeira e assustou mesmo as garotas. Depois de tudo esclarecido e já passando da meia noite, foram dormir em paz, afinal já era sábado e o fim de semana prometia, mas antes teve alguns puxões de orelhas.