BANGKOK STREET: ONDE TUDO ACONTECE

 

 

Youssef

 

 

As luzes da cidade invadiam o pequeno quarto de tal maneira que ele não precisava de iluminação própria. O cenário era como o de um grande carrossel rodopiando dentro de um porão. Como alguém conseguiria dormir ali? Era difícil dizer. Mas Youssef não estava lá para descansar.

 

Deitado na cama, fumava um cigarro. A cada baforada, a fumaça subia e se misturava às cores vindas de fora formando verdadeiros caleidoscópios. Ele brincou com aquilo por alguns minutos até ouvir um “bip” de seu celular. O tão aguardado “bip”.

 

– Khan. – Era o código.

 

Como um raio, pegou sua mochila e deu o fora, ansioso pelo que estava por vir. Se tudo desse certo, estaria em algum roof top de Dubai no dia seguinte ou, quem sabe, deliciando-se de caviar em Bali.

 

Em minutos, estava na rua suja e agitada, caminhando apressadamente por entre os numerosos transeuntes, tal qual um rato em meio ao lixo. Era o princípio da noite. Naquele local, as pessoas estavam apenas iniciando o seu turno, seja nos bares, seja nos “hotéis”. Ambulantes também davam as caras e vendiam quinquilharias – ou algo a mais.

 

Youssef não se interessava na agitação da zona. Tinha negócios a resolver. Por isso, pegou o primeiro táxi que encontrou e imediatamente deixou o núcleo da metrópole. Estava a caminho de uma espelunca abjeta situada num deck do porto, ponto de encontro com o qual já estava habituado.

 

Meia hora depois, aportava no covil. Era quase indiscernível do que estava ao redor: uma portinhola escura no meio dos armazéns de carga, iluminada apenas por uma pequena lamparina. No limiar da entrada, um minúsculo quadrado de neon em cujo meio se via uma caneca de cerveja piscando.

 

O homem bateu três vezes. Pelo clique metálico que pôde ser ouvido, um microfone parecia ter sido habilitado. No entanto, ninguém disse coisa alguma. Esperava-se que o convidado ditasse a senha.

 

– Khan.

 

A tranca de aço foi destravada com um estalo. Youssef entrou suavemente e fechou a porta atrás de si. À frente, uma escada de metal coberta por neon vermelho que descia até o escuro completo. O verdadeiro portal do submundo. Era para lá que ele ia.

 

Após descer os degraus, encontrava-se em um pequeno anfiteatro bem pouco iluminado senão por alguns poucos holofotes acesos no palco. As poltronas esverdeadas estavam em um estado lastimável. O local fedia a mofo. Sabia-se que aquilo tinha sido um cinema pornô há muitos anos e, depois, um palco para apresentação de prostitutas. Agora, ninguém conhecia a sua utilidade, exceto os bichos mais sorrateiros.

 

Youssef não se deteve diante daquele antro e foi direto para a única poltrona que estava ocupada. A luz que vinha do estrado apenas permitia divisar a silhueta de um homem. Aproximando-se, ouviu sua voz grave:

 

– Sente-se.

 

Assim fez. Então foi possível observar as feições daquele indivíduo, mas apenas parcialmente, pois ele se manteve olhando para o palanque vazio. Um rosto austero e marcado pela experiência, mas também elegante, que lhe conferia certa dignidade. O conjunto todo era de uma refinada decadência, bem adequada ao ambiente.

 

– Quer ganhar uma grana boa? Toma isso aqui. – O homem disse, entregando a Youssef uma maleta de couro. Ele abriu com delicadeza. Seus olhos reluziram.

 

– Vá até Bangkok Street. O intermediário estará esperando. Ele lhe entregará a sua parte.

 

Nada mais foi dito. Youssef aquiesceu com um leve menear da cabeça e pôs-se para fora dali. Subiu as escadas, fechou a portinhola e voltou ao escuro cais. Um sorriso de satisfação atravessava-lhe o rosto, resplandecendo em meio às sombras. Em pouco tempo, tomava um táxi:

 

– Aeroporto.

 

– E aí, cara. O que tá procurando fora da cidade? – Disse o motorista. Ele tentava ser agradável com o passageiro, mas Youssef não respondeu. Permanecia imerso em seus pensamentos enquanto o carro se locomovia.

 

– Você é do tipo low profile... tudo bem. – Youssef mais uma vez não quis saber. Sua disposição se voltava à maleta que estava ao lado. Ao ver a soma de dinheiro que estava lá dentro, não pensou duas vezes. Não temia o velho Khan: os seus tempos áureos não passavam de uma lembrança. Youssef, sabendo disso, aos poucos foi ganhando a confiança do sujeito, como uma víbora preparando-se para dar o bote, até que ele não mais suspeitava de suas intenções. A grande oportunidade surgiu e o ladrão agarrou.

 

Sua ganância era tamanha, que não percebeu quando o motorista desviou da rota, para uma alameda obscura dentre os prédios. Quando se deu conta, já era tarde demais.

 

 

Maya

 

 

Combinaram de encontrar em um bar sofisticado, bem a cara dos riquinhos do outro lado do rio. O encontro seria um mero pretexto para Maya. Não tinha interesse no cara. Bem, pelo menos não na pessoa.

 

Às oito em ponto, lá estava ela na porta do estabelecimento. Cabelos vermelhos esvoaçantes, um corpo escultural destacado pelas vestimentas apertadas. Em cima, apenas um top e uma jaquetinha. Tudo em cores escuras, para realçar a pele alva. Suas feições eram felinas, como uma leoa na caça. 

 

Tomaram uns drinques. Risadas daqui e dali. Um olhar safado foi o suficiente para conquistá-lo. Ficou alegre, solto e distraído. O beijo caloroso como brasa, o roçar quente das mãos da mulher: eram o bastante. Logo um comprimido vermelho caiu no copo do homem sem que ele percebesse.

 

Foram ao hotel sob promessas de uma brincadeira adulta. Contudo, o fulano encontrou Morfeu e entregou-se aos seus braços, para satisfação da leoa. Ela, então, arrastou-o até o quarto, como quando a carniça de uma presa é levada ao matadouro. Claro: contou com a ajuda de um funcionário já conhecido. Gorda a gorjeta.

 

Daí foi fácil fazer a limpa. Dinheiro, cartões, celular, chave do carro. Tudo foi levado. Maya apagou as luzes e despediu-se com um beijinho. Sorrindo, pôs a conta no nome dele e deu o fora. Fizera isso incontáveis vezes: não se cansava de humilhar os homens estúpidos.

 

– Essa foi fácil. – Riu, entrando no automóvel para localizar mais objetos de valor. Nesse momento, porém, intrigou-se com o celular subtraído. Mensagens deslizavam-se incessantemente pela tela como moscas. Aquilo atraiu a sua atenção, pois mencionavam lugares e indivíduos familiares: “Khan”, “Bangkok”, “Pub”. Algo sobre uma "oportunidade imperdível”. O que poderia ser? 

 

Enquanto elucubrava, o aparelhou tocou. Era uma chamada de um número desconhecido. Será que era algo relacionado àquelas mensagens? Curiosa, decidiu atendê-la.

 

– Olá, Maya.

 

Seu sangue gelou. Como aquela pessoa sabia que era ela? Mesmo com o celular de outro...

 

– Quer ganhar uma grana fácil? – A voz grave parecia um zumbido, claramente distorcida por algum mecanismo, de modo que ela não reconhecia quem estava do outro lado. – Esteja no Thai Pub às vinte e três horas. Você saberá quem procurar.

 

Desligou. O que foi aquilo? Teria algo a ver com o crime que ela acabara de praticar? Quem era aquele riquinho? Será que alguém descobrira as suas artimanhas?! Não estava mais raciocinando. Pensou em largar tudo e fugir. Mas a sua curiosidade também falava alto. Conhecia o Thai Pub, o dono era seu amigo. Não deveria ser nenhum problema ir até lá... Sacou o seu próprio telefone:

 

– Jeff! Está aí? Como está o movimento? Certo... Quero conversar uma coisa com você. Sim, ok, até mais.

 

Depois de breves instantes de indecisão, enfim decidiu o que fazer.

 

 

Nico

 

 

Nico estava em seu apartamento escuro e caótico, cercado por telas piscando e sons constantes de notificações. Seu ambiente refletia a desordem de sua mente — um gênio da tecnologia, mas perdido em um mundo de trapaças digitais e fraudes online. Ele lidava com golpes de alta complexidade, envolvendo desde bancos internacionais até mercados negros da deep web.

 

Enquanto trabalhava em um novo esquema para desviar fundos de uma criptomoeda emergente, uma janela de chat inesperada apareceu em uma de suas telas. O texto era breve e enigmático:

 

– Estou te observando. Thai Pub. 23h.

 

Nico tentou rastrear a origem da mensagem, mas todos os seus métodos falharam, o que o deixou ainda mais intrigado. Como alguém poderia ter penetrado suas defesas sem deixar rastro?

 

Um segundo depois, um vídeo curto foi transmitido. Nele, um homem mascarado o observava diretamente através da câmera de seu laptop. Nico tentou desligar o sistema, mas percebeu que estava bloqueado. A voz por trás da máscara era distorcida, mas clara o suficiente:

 

– Tenho algo que te interessa. Não se atrase. – Foi-se.

 

Aquilo soava estranho. Contudo, naquele meio, eram constantes os contatos inesperados. Nico já obtivera vários serviços assim, de modo que decidiu atender ao chamado. Normalmente, ele evitava encontros presenciais, mas decidiu ir de qualquer jeito. Gostava do Thai Pub.

 

Preparou alguns dispositivos de segurança antes de sair. Enquanto separava seus pertences, não conseguia deixar de sentir que havia algo de pessoal naquilo, algo ligado a um passado que ele quase se esqueceu. Enfim, deixou o seu apartamento e foi em direção à Bangkok Street no horário combinado.

 

 

Bangkok Street

 

 

A Bangkok Street concentrava a zona boêmia do centro decadente da cidade. Lá estavam localizados quase todos os pubs, bares, inferninhos e prostíbulos. Cinco quarteirões de perdição entremeados por placas de neon, lixo, esgoto e ratos.

 

Quando Nico desembarcou do táxi, a rua já estava repleta de gente. A noite apenas se iniciava e os boêmios começavam a se aglomerar nos bares e pubs. Grandes letreiros luminosos acima de cada estabelecimento iluminavam as faces embriagadas dos transeuntes, um contraste horripilante entre luz e sombra.

 

Imediatamente, Nico tratou de se dirigir ao Thai Pub, um dos mais famosos botequins de lá. Ficava em uma esquina movimentada e suja. Os vizinhos eram “hotéis” com placas de publicidade asiáticas, nada mais do que prostíbulos disfarçados.

 

Ainda desconfiado, ele observou o movimento. Grupos de homens portando copos de bebida conversavam alto aqui e ali. Ninguém parecia suspeito. Na porta do Thai, porém, uma mulher se destacava: alta e de cabelos ruivos, era deslumbrante. Mas não representava ameaça.

 

Nico, então, decidiu entrar. Estava cheio, mas conseguiu uma cadeira no balcão. Pediu um drinque que tinha uma cor exótica. Era o “khmer”, uma mistura extremamente alcoólica de ingredientes desconhecidos. Mas ele não se importava. Queria apenas abafar o sentimento crescente de apreensão pelo desconhecido, devidamente amplificado pelas batidas graves e abafadas de uma música ignota que tocava.

 

Meia-hora depois, percebeu um leve contato pelas costas. Virou-se: um homem inteiramente trajado de preto lhe observava, como se fosse uma estátua de ébano. Tinha feições espartanas. Os olhos negros profundos e compenetrados emprestavam-lhe ares sombrios, quase ameaçadores.

 

– Estão te aguardando na sala 13. Venha comigo. – Disse com voz firme.

 

Nico olhou pensativo para o sujeito. Após breve momento de dúvida, decidiu acompanhá-lo. Desceram uma escadaria que desembocou num inferninho, no qual uma multidão de drogados estava no mais absoluto estado de delírio ao som de batidas ensurdecedoras. Era a origem da música que o incomodava. Odiou aquilo, mas seguiu.

 

Os dois atravessaram com dificuldade a algazarra até o final do salão, mas logo alcançaram uma abertura guarnecida por seguranças. Após, percorreram um corredor iluminado apenas por uma luz baixa e ladeado por várias portas numeradas. No final, estava uma grande porta negra com um “13” dourado. Entraram naquele recinto.

 

O aposento era caliginoso: paredes em tom escuro, móveis pretos, piso fosco. Era quase impossível discernir os objetos entre si: tudo parecia uma grande sombra. A luminosidade das lâmpadas era baixa, o que deixava o ambiente sinistro. Mas o que mais chamava a atenção naquele negrume era um homem amarrado em uma cadeira no centro do recinto. Amordaçado, ele sangrava e tinha olhos abatidos.  

 

– O que é isso?! – Nico indagou assustado.

 

– Nico, você já prestou serviços que nos renderam muito dinheiro. Está na hora de retribuirmos o favor. – O indivíduo que lhe trouxera até ali respondeu.

 

– Não entendo...

 

– Você me conhece por “Khan”.

 

A neblina de dúvida se dissipava. Nico, há alguns anos, foi procurado por um sujeito obscuro que se intitulava “Khan”. Eles nunca tiveram contato direto. Tudo se deu pela deep web. Ele queria um serviço de espionagem, algo sobre o comércio de drogas da cidade. Nico repassara informações importantes para o contratante, mas, ao mesmo tempo, havia vendido os mesmos dados para concorrentes. Nunca saberiam e ele lucraria em dobro. Ao menos era isso que ele pensava...

 

Abriu-se uma maleta preta de couro à frente de Nico: estava recheada de maços de dólares.

 

– Um agradecimento por ter cedido informações para os nossos inimigos.

 

Então Khan sabia do ardil! Nico engoliu em seco. O que era aquilo? Ainda não compreendia por que ele lhe oferecia o dinheiro. Se conhecia o engodo, logo estava mal-intencionado. Era a única conclusão lógica.

 

– Graças à sua atitude, nossos inimigos pensaram que poderiam nos enganar, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Aceite o dinheiro... e também isto.

 

Khan abriu a sua mão: uma pílula vermelha.

 

– O quê?!

 

– A mais nova droga que circula em Bangkok Street. Chamam de “bang bon”. Experimente! Comemore a surpresa inesperada! – Khan sorriu maliciosamente.

 

Aquilo tudo soava muito estranho. Nico então agradeceu com palavras que mais pareciam sussurros. Recolheu a maleta e a pílula, mas sem que a consumisse. Deixou aquele aposento apressadamente, passou pela rave e subiu as escadas.

 

No momento em que já estava prestes a sair do Thai Pub, Nico foi puxado pelo braço. O toque era feminino. Quando se virou para ver quem era, sobressaltou-se: a ruiva escultural da entrada.

 

– Então... você é o Nico, não é? Podemos conversar? – Uma voz doce.

 

O hacker olhou arregalado para a mulher: era de uma beleza estonteante. Ele estava completamente aturdido.

 

– Sim, claro... – Disse, embasbacado.

 

Sentaram-se em um local mais reservado. Duas poltronas acolchoadas. Maya observou Nico com um olhar de interesse calculado enquanto ele se acomodava no assento adjacente. Ela mantinha o tom de voz suave, misturando doçura e mistério. Começaram a conversar, e Nico, ainda deslumbrado pela presença dela, baixou a guarda. Ele não desconfiava que Maya já o havia identificado: era justamente a pessoa mencionada no telefone.

 

A leoa simulava interesse na conversa do hacker: elogios, vaidades e ostentações. Com um sorriso sedutor, a mulher convidou-o a experimentar uma bebida especial do Thai Pub — um coquetel exótico que ela sugeriu ser ótimo para "relaxar". Nico aceitou sem hesitar, ainda sem perceber a armadilha. Durante a conversa, Maya fingiu beber da sua própria taça, mas de fato apenas simulava, enquanto discretamente dissolveu uma dose da droga "bang bon" na bebida de Nico. O procedimento de praxe.

 

Enquanto Nico começava a falar sobre seus golpes passados e suas façanhas na deep web, seus olhos se tornaram turvos, suas palavras se enrolavam. Ele tentava resistir, mas já era tarde demais: o efeito da "bang bon" era imediato e letal. Sua cabeça caiu lentamente para o lado, e Maya, mantendo a compostura, fingiu preocupação para dissuadir os olhares enquanto Nico desmaiava na cadeira.

 

— Está muito bêbado... — disse aos curiosos.

 

Com a habilidade que desenvolvera ao longo dos anos, Maya rapidamente vasculhou seus pertences e encontrou a maleta cheia de dinheiro. Ela então se levantou, carregando Nico com a ajuda de algumas pessoas. Colocou-o dentro de um táxi, sem saber se ele estava vivo ou morto. Entregou uma nota ao motorista e o carro saiu apressado pelas ruas. Depois, sem perder o ritmo, a mulher recolheu a mala e esgueirou-se satisfeita pela multidão, desaparecendo...

 

Horas depois, já na madrugada, Maya encontrou Jeff, o dono do Thai Pub, em um beco próximo. Ela entregou informações sobre Nico e uma parcela do dinheiro, cumprindo sua parte no acordo. Jeff sorriu, agradecendo pelo serviço prestado, mas seu sorriso escondia intenções sombrias.

 

– Você ainda é a melhor, Maya. – diz Jeff, entregando-lhe um drinque como celebração. Maya, sem perceber o perigo, levantou o copo para brindar, mas, quando tomou o primeiro gole, foi violentamente agarrada por trás num mata-leão. Os braços fortes de um homem envolveram-na enquanto punham um capuz por sobre a sua cabeça. Ela se debatia e tentava gritar, mas sua voz era abafada pelas mãos do agressor. Jeff apenas sorria.

 

 

Khan

 

 

A cabeça de Maya girava, e a escuridão a envolvia. Ela acordou, desorientada e amarrada no centro de um palco. Era o anfiteatro onde Youssef havia estado horas antes. Seus pulsos e tornozelos estavam firmemente presos, e as luzes do local mal iluminavam a silhueta de uma figura aplaudindo lentamente nas sombras.

 

– Bravo, Maya... bravo... – disse o homem, a voz reverberando no ambiente. – Você fez exatamente o que eu esperava.

 

Enquanto ele saía das sombras, sua identidade foi revelada: o mesmo homem que Youssef encontrara, que manipulara cada um deles. Maya o reconheceu: era o indivíduo que chamavam de Khan, que ela conhecera anos antes.

 

– Vocês pensaram que poderiam me trapacear? – Ele riu, uma risada fria e amarga. – Os três cruzaram meu caminho, e hoje, todos pagaram o preço. Youssef, o ladrãozinho; Nico, o hacker que me enganou; e você, Maya, que uma vez tentou me seduzir e roubar meu coração... e meu dinheiro.

 

Ele se aproximou de Maya, que estava fraca demais para lutar, e com um olhar triunfante, terminou:

 

– A vingança é doce, não é? Agora, finalmente, minha história está completa.

 

O som de palmas continuou a ecoar pelo anfiteatro vazio, enquanto a luz se enfraquecia.

 

LS Boynard
Enviado por LS Boynard em 01/09/2024
Reeditado em 13/10/2024
Código do texto: T8141813
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