UMA NOITE TUMULTUADA

Era noite bem escura, não tinha lua no céu, os postes todos apagados, na rua não tinha viva alma, só ele, andando apressado, olhando para todos os lados, conhecia bem o caminho, mas pisava em mais pedras que o normal.

Fazia um pouco de frio, grilos cortavam o silêncio, vez ou outra ouvia o canto de uma seriema, que parece um sorriso do além, assustador. Caminhava firme, levava duas sacolinhas do mercado, com pão e leite para o café da manhã do dia seguinte.

Por mais apressado que andava sua casa custava a chegar, parecia estar mais longe que o normal, um cachorro latiu, levou um susto, ele estava preso, "que bom!", pensou. Ouviu em uma casa o marido brigando com a mulher, apressou o passo, não queria ser testemunha de nada grave, mas era só uma discussão. Não quis saber.

Viu o portão de sua casa, apressou o passo mais um pouco, estava quase correndo, correu nos último metros. Ao chegar em casa a chave não entrou na fechadura, tentou mais uma vez e nada, bateu a campainha, esmurrou a porta e ninguém atendeu. Tentou a porta dos fundos, e nada conseguiu também. todas as janelas estavam trancadas, estava intrigado, como isso podia estar acontecendo? Saiu de casa cedo e sua chave funcionou normalmente.

No desespero resolveu arrombar a porta, precisava entrar, tomar um banho comer alguma coisa e dormir. Ao arrombar a porta e entrar em casa, caiu em um buraco, ele não tinha fim, queda constante. Acordou assustado num espasmo.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 07/08/2024
Código do texto: T8123590
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